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Ultimate UNF: Thor #1

Os deuses nórdicos foram abandonados, seus poderes não são nada comparados ao que foram no passado. O que fará Thor diante da iminência do Ragnarok? O início da saga do Senhor dos Trovões. Fanfic escrita por lelecoaa / capa por João Norberto Em sua fúria, ele continuou golpeando a criatura que já estava morta, os ossos se partiam sob suas marteladas, o sangue e os pedaços de carne manchavam suas roupas.

Olhando ao seu redor ele viu a destruição: as crateras nas ruas, os prédios danificados, os telhados arrancados. Ele sentiu as pessoas que de suas janelas o espiavam, algumas com medo, algumas com admiração e outras – e essas são as que realmente importam – com fé.

Ele se sentia bem, seus poderes ainda eram uma sombra do que foram no passado, mas estava mais forte do que estivera por muito tempo.

Uma voz – a do mortal que servia como seu avatar – sussurrava em sua mente que aquilo tinha sido fácil demais, que o poderoso Fenrir não deveria ser tão fraco, mas ele era orgulhoso e simplesmente ignorou.

Ergueu Mjolnir acima de sua cabeça e, por sua vontade, a chuva caiu. A água molhou seus cabelos loiros e limpou o sangue e o suor da batalha. Os ultimos raios de sol eram refletido por sua armadura, o envolvendo em uma aura de poder.

Seus pés saíram do chão, ele flutou acima da carcaça do lobo gigante e cada vez mais alto. Pensava em seu pai e nos outros de sua raça. Eles festejariam, banquetes seriam feitos em sua homenagem e mais um de seus feitos – o maior deles - ficaria gravado para sempre na história, fechou os olhos saboreando aquela idéia.

- Eu sou Thor - gritou para todos os mortais que pudessem ouvir. - Filho do poderoso Odin. Eu sou Thor, o senhor do Trovão.

E os raios encheram a noite que acabava de começar.

(...) Alguns meses antes, Asgard.

Deuses, fraqueza, velhice e morte.

Thor andava pelos caminhos de Asgard, outrora brilhante como o mais puro ouro, a cidade tornara-se negra pelo esquecimento. O deus seguiu em direção ao castelo de seu pai com a confiança que mesmo os séculos não conseguiram tirar.

No passado, sua chegada seria anunciada por cornetas, e os empregados correriam para atender qualquer um de seu desejos, mas isso ficara no passado. As sombras dos corredores realçavam mais ainda seu aspecto espectral, seus cabelos brancos, sua pele pálida e enrrugada, seu corpo magro.

Ele chega ao grande salão, onde seu pai o espera sentado no trono com visão para todo o mundo. Intimamente, o deus se pergunta se o trono ainda tem aquele poder, mas não aborreceria seu pai com esse tipo de pergunta.

Odin balbuciou um cumprimento, mas Munin e Hugin não estavam ali. Sem memória e conhecimento uma conversa seria impossível, então Thor esperou. Provavelmente não ia demorar, não sobraram muitos lugares que eles pudessem visitar.

Enquanto o deus observava os dois lobos deitados aos pés de seu pai, os corvos entraram no salão, deram algumas voltas no ar e pousaram no ombro de Odin.

- Que bom que viestes, filho. – disse o senhor dos deuses fazendo uma mesura que nós consideraríamos muito formal.

- Chamou-me, eu não poderia deixar de vir, mas sejamos breves. O que queres, pai?
O olho bom do senhor dos deuses focou Thor. Odin alisou sua enorme barba branca, num gesto pensativo.

- Tu não percebeste, filho? Os sinais estão cada vez mais evidentes...

- Sinais!? Fale logo o que queres!

- Respeite-me, posso não ser mais o que fui no passado, mas ainda sou o teu pai e o senhor dos deuses!

- Desculpe-me – disse o deus dos Trovões, à contragosto – O que está acontecendo? Eu não percebo...

- Thor, também custou-me perceber, mas todos os sinais me indicam que algo grande e que todos nós tememos está próximo meu filho. Algo grande como...

- Ragnarok? Não acredito que esses tempos tenham chegado.

- Eu realmente espero que estejas certo, mas nós não podemos ficar parados, esperando. Temos que fazer algo.

O rosto de Thor se encheu de tristeza.

- Mas como, pai? – perguntou apontando para o seu próprio corpo, agora frágil – Os malditos mortais nos abandonaram quando aqueles que não nos conheciam chegaram trazendo seu deus único. Eles fizeram isso conosco e, se realmente for o tempo do Ragnarok, eles também sofrerão as consequências.

- Há algo que eu preciso mostrar. Algo que eu venho guardando há algum tempo, mas não há mais por que escondê-lo.

Odin se levantou de sua cadeira com muito esforço, deu alguns passos vacilantes e caiu de joelhor no chão. Thor se apressou para ajudá-lo, mas quando percebeu que ele fazia alguns gestos com a mão resolveu esperar.

O senhor dos deuses se levantou, havia runas no lugar onde ele caira.

- Isso realmente deve ser importante. Não gastarias o pouco de tua magia que resta para nada.
Odin ignorou seu filho e sussurou as palavras mágicas. As runas tremeluziram. Uma pequena caixa decorada brotou do chão de pedra.

- Abre. Estou cansado – disse o deus caolho, sentando-se em sua cadeira.
Thor pegou a caixa do chão e abriu, dentro havia algo que lembrava uma pedra preciosa e lançava um suve brilho verde, mas se você olhasse mais de perto você perceberia que não era.

- Isso é...?

- Sim, uma das maçãs de Idun, as maçãs que nos concediam a eterna juventude.

- Mas eu pensei que eles pararam de nascer logo depois do desaparecimento de Idun.

- E elas pararam, no entanto eu guardei uma e, como não é uma fruta normal, ela não apodreceu.
- Por que resolvestes mostrar-me isso agora?

- Como eu já disse, o nosso fim está chegando. A magia Asgardiana caiu em mãos humanas, antigos inimigos se levantam, o clima está louco: vários invernos se sucedem. Vá, meu filho! Veste tua armadura e parte para Midgard, os domínios de tua mãe, talvez tenhamos alguma chance.

- Mas e o grande decreto?

- Esquece-o! Conecte-se aos humanos com fé e vá.

Thor fez uma mesura e correu para sua casa, vestiu a antiga armadura que mesmo com os séculos continuava brilhante ( ele a polia todos os dias, relembrando os tempos em que podia participar de uma boa guerra) e percebeu que ela estava folgada. Pegou o martelo Mjolnir, forjado do metal Uru pelos próprios anões.

Quando chegou no lugar onde ficava Bifrost, (antes de Odin mandar destruí-la) seu pai já o esperava, apoiando-se em seus lobos.

- Come a maçã.

Ele comeu a fruta calmamente, aproveitando cada mordida, sentindo o ótimo gosto. Sentiu-se disposto, podia perceber as mudanças. Uma mecha de cabelo loiro caiu na frente de seus olhos, os músculos voltaram, deixando a armadura perfeita em seu corpo.

Fechando os olhos, ele sentiu. Havia alguns, muito poucos, mas havia. Esses tinham fé nele. Um bombeiro, uma garçonete, uma punk, alguns na terra antiga... esses eram os que chamavam mais atenção.

Cada um deles pedia ou agredecia aos deuses por algo que consideravam importante. E essa crença move a magia Asgardiana.

Ao abrir os olhos, Thor viu uma sombra da Bifrost verdadeira, ela não inspirava muita confiaça, mas ele era um deus corajoso e seguiu em frente.

Odin ficou sozinho, observando seu filho seguir em frente. Sabia que alguns deuses o observavam, mas eram orgulhosos demais para aparecer.

Viu ao longe, os grandes campos verdes onde uma de suas filhas(Brunhild, a maior de todas as Valquírias) costumava treinar todos os dias. Os seus filhos estavam indo para a terra, sabia que eles lutariam e se sacrificariam para defender Asgard, mas sabia muito mais que isso, coisas que ainda não deveriam ser ditas.

Afinal, ele é o pai-dos-deuses.Uma trombeta soou por Asgard e além, e o deus voltou para os seus aposentos.
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+ comentários + 3 comentários

18 de setembro de 2010 às 03:44

Finalmente!! Eis uma estréia que eu estava esperando ansioso!
O Thor do Léo ficou sensacional! Uma ótima nova visão sobre o personagem!
O lance da doença se espalhando entre os deuses, a decadência em que se encontram e a decisão do Odin em dar a maçã ao Thor foi emocionante!
Agora é ver se ele merece né?
E o seu Thor já mostrou que tem ligações com o título do Capitão América! Hehehehe
Meus parabéns Léo! Mandou muuuuito bem!!
Um abração e até mais!!

18 de setembro de 2010 às 10:19

Muito bom Léo! História ótima e como os dois aí encima disseram, você nos mostrou deuses totalmente diferentes. Adorei e espero pelo próximo.

25 de setembro de 2010 às 16:29

Incrível capítulo de estréia, Leleco!
A idéia adaptada da cultura grega para os deuses asgardianos foi uma ótima sacada, cara! O gancho do Ragnarok dialogando com o Capitão ficou bem legal mesmo!
Parabéns pela história, cara!

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