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Star Wars: Resgate à Caminho


Eles mal dormiram aquela noite. Era impossível se dormir num ambiente hostil como aquele.

Jackfly olhou para os lados. Os clones estavam todos se arrumando, colocando seus capacetes e pegando suas armas. O sol ainda estava nascendo, dando uma baixa iluminação por entre as árvores.

— Vamos lá homens, temos um longo caminho pela frente. – disse Jackfly.

— Senhor, sinceramente, quando fomos atacados por aqueles droides, nos desviamos de nosso caminho. – disse Bright. – Estamos perdidos.

— Garoto, eu sei que é sua primeira vez numa batalha e que você está ferido. Mas aqui, ninguém desiste, e eu lhe garanto, não estamos perdidos. – explicou Jackfly.

Todos se levantaram e andaram para o norte. Jackfly parecia saber para onde ele estava indo. E realmente sabia. No capacete do capitão ficavam todas as informações de coordenadas, caminhos e outras coisas importantes. Portanto do mesmo jeito que ele saiu da trilha, ele podia voltar.

Uma gigantesca sombra se abateu sobre o grupo, fazendo-os olhar para cima. Era uma nave separatista, carregava um exército inteiro ali dentro. E como se um já não fosse um problema, mais oito naves surgiram. Sua origem com certeza era do cruzador separatista que tampava o caminho da República. Eles precisavam de um jedi para ajudá-los naquela missão. Jackfly olhou para o grupo, que ainda estava olhando para cima, dizendo:

— Devemos estar pertos da base separatista. Devemos nos apressar.

Os clones concordaram e avançaram com mais rapidez. Bright era auxiliado por Skin, e ficavam por último. Brow dava cobertura para os dois. Dwin seguia de perto Jackfly. Heavy Duty prestava muita atenção no caminho, com sua metralhadora sempre apontada.

Jackfly acenou com a mão para o grupo, para que todos parassem. Moveu seu pulso para o lado esquerdo e todos foram para o lado esquerdo. Ele se escondeu rapidamente em uma árvore, e todos o imitaram, ele tinha visto algo. A árvore era grande o bastante para poder esconder o grupo inteiro. Vozes mecânicas declararam que droides de batalha estavam nas proximidades. Jackfly olhou rapidamente, porém não pôde ver nada. Um alto morre lhe tampava a visão. Ele ordenou que Gunfire e Brow fossem investigar. Os dois obedeceram na hora, rastejando até o morro.

Gunfire pegou seu binóculo e olhou para a direção das vozes. Brow apontou seu rifle também e ambos viram uma grande concentração de droides e tanques em marcha, em direção à eles. O droide comandante, que tinha a cor amarela pintada sobre a cabeça, braços e barriga disse:

— Se apressem todos, perdemos contato com o batalhão vermelho, Conde Dokan nos pediu para investigar! Ande mais rápido com esse tanque! Oh Oh, Esquadrão Amarelo, prossigam além destes muros e se certifiquem que nosso caminho está limpo.

— Ah, por quê nós senhor?

— Porque eu mandei e eu sou o comandante daqui! Agora se mexam!

— Positivo.

Gunfire pulou para trás junto com Brow e foram alertar Jackfly.

— Senhor. – disse Gunfire – São muitos droides se dirigindo para cá! Precisamos pensar numa solução se quisermos viver.

— Não podemos enfrenta-los, caso eles sejam muitos como você disse. Vamos contornar esse batalhão e ver onde paramos.

— Senhor. – agora Heavy Duty falou – Achei um caminho opcional enquanto estávamos nos dirigindo para cá. Talvez possamos andar por ele e ver onde ele dá. Se atrás deste exército ficar a base separatista, então a nave do capitão Norlan deve estar perto.

— Ele está certo. Vamos homens!

Jackfly acenou com a cabeça para que eles prosseguissem para o caminho que Heavy Duty tinha suposto que a nave dos clones feridos podia estar. Os passos de metal dos droides ficaram para trás, se transformando apenas num zumbido. Porém eles precisavam se apressar, o batalhão era grande o suficiente para acabar com eles. Eles não tinham equipamento antitanque, não estavam preparados para aquilo.

O mato era amassado sob o pé do esquadrão alfa, que mantinha o mesmo ritmo a um tempo. Bright já podia se locomover bem com sua muleta improvisada. Ao seu lado, Skin dava cobertura ao fiel amigo ferido.

— Como você está? – perguntou ele.

— Estou bem. Só vai ser difícil me proteger ou batalhar apenas com uma mão. – respondeu Bright.

— Você se esqueceu de que eu estou do seu lado? Relaxa parceiro.

Bright deu um meio sorriso e continuou a caminhar, atento a qualquer barulho. Skin se virava várias vezes para trás para ter certeza de que mais droides ou aqueles tigres não estavam por perto. Jackfly acenou com a mão novamente para todos pararem. Heavy Duty foi para trás do amigo, com sua metralhadora em mãos. Jackfly apontou para o lado esquerdo e ordenou que todos se escondessem. Skin pegou o amigo pelo braço e o levou rapidamente para uma árvore. E todos aguardaram. De trás das árvores, muitos e muitos droides, maior que o batalhão anterior, com tanques, droidekas, super droides de batalha, caminhavam e desciam um pequeno morro.

No meio deles, os clones abatidos estavam com as mãos na cabeça. Estavam todos presos.
Jackfly excitou em atacar e quando viu que Gunfire ia fazê-lo, ordenou que ele ficasse em silêncio. Agora eles precisavam resgatá-los daqueles clones. Bright suava frio, assim como Skin, que estava ao seu lado. Tigres droides também pularam de trás das moitas, uns vinte no mínimo.

Um deles deu uma breve olhada para o lado dos clones escondidos. Jackfly olhou vagarosamente para o tigre, que se virou e foi embora junto com as tropas droides. Os passos foram se afastando e Jackfly falou:

— Precisamos resgatá-los. Vamos invadir o quartel.

— O quê? – se pareceu indignado Brow – Senhor, o senhor sabe que não podemos invadir aquilo.
– disse ele apontando em direção às tropas droides.

— Essa pode ser a nossa missão mais arriscada, senhor. – disse, quase sussurrando, Heavy Duty.

— Não me importo. São nossos irmãos que estão ali! – disse Jackfly – Eu não vou deixa-los sendo torturados como cães.

— Jackfly está certo. – disse Gunfire. – São nossos irmãos que estão ali. Eu vou ajuda-los se puder.

Bright se sentou, tirando seu capacete. Skin o imitou, dizendo:

— Fomos criados para isso mesmo. Fomos criados para morrer. Eu sei que é. Eu encontrei no tempo em que eu fiquei na academia dos clones, um clone que eu acho que me auxiliou muito.
Seu nome era Sev. Ele era mais experiente que eu. Fazia parte do Comando Delta da República. Era um exímio sniper. Ele me disse quando eu estava de folga, em seu mesmo aposento, que os clones não eram nada mais nada menos que a força que um Jedi precisava, mas que não era devidamente bom o bastante para poder enfrentar os droides. Ele sabia que nesse mundo em que eu fui criado, não podemos enfrentar esses droides. Fomos criados para limpar a barra dos Jedis. Então, eu não temo a morte. Sev também não temia, porém, seu destino foi o mesmo que um milhão de clones. Ele morreu em uma batalha em Kashyyk.

— Seja onde o senhor for eu irei senhor. – disse Bright.

— Então vamos Alfa! – gritou Jackfly.

Eles caminharam em direção ao morrinho, atentos aos droides que tinham acabado de passar ali. Brow deitou no chão arenoso do pequeno morro e mirou seu rifle de precisão. Do binóculo que vinha instalado na arma, ele podia ver os droides caminhando junto com os clones. Porém não havia nenhum sinal dos tigres robóticos. Ele procurou qualquer sinal deles, quando um rugido chamou sua atenção. Ele olhou vagarosamente para trás, assim como todos os outros, e viu os tigres parados ao lado de uma árvore. Os tigres rugiram mais uma vez. Ao lado dos tigres, droides normais apareceram e disseram:

— Abaixem as armas.

— Positivo. – disse um droide abaixando a arma.

— Você não seu idiota, eles!

Jackfly não obedeceu. Continuou mirando para os quatro droides que estavam parados à sua frente.

— Gunfire! Heavy! Atirem!

Os dois clones obedeceram e acertaram os cinco droides, porém os tigres pularam sobre eles, tentando abocanhar seus pescoços. Jackfly atirou sobre os dois tigres que atacavam seus amigos, porém ele deixou sua guarda aberta e um tigre pulou sobre ele, jogando-o para baixo do morrinho. Ele rolou com violência, seu corpo se chocava ferozmente contra o chão arenoso. O tigre não o seguiu, ao invés disso foi em direção à Bright. O clone recruta atirou e acertou a perna do tigre, fazendo-o cair, então Skin terminou o trabalho com um tiro na cabeça daquele droide.

Brow atirava com precisão no tigre que vinha em sua direção, acertando-o várias vezes na cabeça e no peitoral. Dwin correu para trás, se botou em posição de batalha e atirou sem muita precisão. Seus tiros acertavam as árvores ao lado do tigre, até que enfim conseguiu acertar o seu alvo com um tiro certeiro na cabeça. Ele respirou aliviado.

Enfim todas as criaturas estavam caídas. Gunfire olhou para Heavy Duty e pensou se não estava esquecendo-se de nada. Eles se lembraram de Jackfly que estava caído no final do morro. Brow se virou com seu rifle e examinou seu capitão. Ele estava sendo levado de refém também por dez droides de batalha. Ele tinha sido pego também. A missão tinha se tornado muito difícil sem seu principal integrante nela.

— Droga! – disse Brow – Agora estamos perdidos.

— O que aconteceu? – perguntou Heavy Duty.

— Jackfly foi pego. – informou o sniper.

— Oh merda! – exclamou Gunfire.

— Precisamos resgatá-lo! – disse Bright.

— Ei garoto! – disse Will – Não se precipite. Precisamos pensar bem antes de cometer tal ato.
Perdemos três homens nessa guerra, não podemos perder mais.

Todos abaixaram a cabeça. Tinham que pensar bem antes de agir. Qualquer erro poderia valer a vida do esquadrão. Will se encolheu no chão quando lembrou de que seus três parceiros tinham morrido em missão. Era uma coisa difícil de esquecer. Goks, o sniper oficial do esquadrão, era um grande amigo do grupo. Seu estilo era silencioso e mortal.

Jungle era de assalto e era o braço direito de Jackfly. Seus ataques eram mortais, porém seu coração era de ouro. Morreu tentando salvar Goks, que foi encurralado por dez droides de batalha. Ele não conseguiu salvar seu amigo, porém morreu junto com ele e levou a todos os droides com ele.

Hanson era a força da equipe, passava dias e dias na academia para definir seu físico. Ele era mais forte que qualquer outro clone, e era fleet. Ele acompanhava Jackfly, e por mais que não fosse confiável, ele cuidava de propor as melhores formas de atacar um batalhão. As causas de sua morte foi o Conde Dookan, que o capturou e para tirar informações da República, acabou matando-o.

Heavy Duty tirou pela primeira vez durante toda a missão seu capacete. Seus olhos eram sombrios, uma cicatriz com um X em sua face, feita pela sua própria faca. Ele respirou ofegante e jogou seu capacete no chão, colocou sua arma de lado e se recostou numa árvore. Passou levemente as mãos em sua face, para enxugar o suor. Ele fitou os outros membros do esquadrão e disse:

— Se formos agir, precisamos agir agora. Cada minuto que passa pode ser crucial ao nosso Capitão.

— Heavy está certo. Vamos agir! – disse Gunfire.

— Não. Precisamos de um plano antes de um plano. – Brow disse.

Brow era o clone que tinha a cabeça mais no lugar. Ele sempre pensava em um plano antes de agir. Essa era sua vantagem, que o transformava em um exímio atirador, porém também era sua desvantagem, já que ele tinha a fama de nunca agir, apenas pensar. Porém, durante toda a sua vida, ele se apresentou um ótimo atirador.

Um longo tempo de silêncio se abateu sobre o grupo. Até que, o único que todos não esperavam receber uma ideia, falou:

— Eu tenho um plano. – disse Skin.


Próximo Capítulo: Missão de Risco

Shadow
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+ comentários + 2 comentários

4 de setembro de 2010 às 17:33

Muito boa essa edição!
Legal os conflitos entre os Clones, alguns parecendo desenvolver personalidades próprias, outros aceitando que nada mais são que “droids biológicos” cuja única função é servir de bucha de canhão...
Mandou muito bem garoto.
Um abração e até mais!!!

4 de setembro de 2010 às 17:37

Opa valeu! É esse mesmo o objetivo, mostrar a psicologia dos clones. Afinal... Eles são pessoas como nós. Que bom que gostou, parceiro, continue a acompanhar a série e tenho certeza de que vai gostar.
Abração parceiro!

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