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Ultimate UNF: Capitão América #9.

T'Challa, o Pantera Negra, Rei de Wakanda.
Qual o motivo que o leva a um confronto com os heróis americanos?
E será que o Homem-Hora, a Canário Negra e o Gavião Arqueiro sobreviverão à Arena?

















A noite nas florestas da África nunca são silenciosas, mas qualquer barulho diferente poderia ser ouvido a milhas de distância.

Por isso o rei caçava, procurando não produzir nenhum som.

“Ele deve estar perto” Seus pensamentos, no entanto, ele não conseguia calar.

O Pantera Negra saltava entre os galhos das árvores, tentando permanecer oculto nas sombras, enquanto ele acreditava na vantagem que a visão do alto lhe concedia.

Seria um dos vários erros cometidos naquela noite.

T'Challa acordou após um pesadelo que parecia terrivelmente real, real o suficiente para que ele se levantasse e corresse até a área de floresta ao redor de Wakanda, procurando uma criatura que ele acreditava que poderia destruir seu reino.

Não querendo acionar a guarda real por algo que poderia ser apenas fruto de sua imaginação e, portanto visto como sinal de fraqueza, T'Challa vestiu seu traje cerimonial, que alguns insistiam em chamar de uniforme e partiu sozinho para uma caçada.

“Caçada a que?” Era uma pergunta que ele insistentemente se fazia, ainda que insistisse em seguir mais seus instintos que a lógica.

Ele parou num galho, procurando retomar o fôlego, percebendo só agora como ele havia percorrido tamanha distância sem sequer pensar no que estava fazendo e começando a imaginar que era tudo uma besteira, que era melhor voltar logo para casa.

Foi nesse instante que algo atingiu o galho, forçando o Pantera Negra a imitar os felinos, caindo graciosamente de pé numa clareira logo abaixo.

- Chega de ataques furtivos! Mostre-se e me enfrente!

Em resposta várias lanças apareceram do meio das árvores próximas, forçando o rei a se desviar e também a acertar algumas delas com precisos chutes e socos, mas nada disso impediu que ele acabasse por ser atingido em seu flanco direito.

Em poucos instantes ele permanecia em pé rodeado pelas armas de seus misteriosos inimigos.

Com uma das mãos sobre o ferimento, respirando com certa dificuldade, o suficiente para não deixar que o sangue em sua boca acabasse por molhar sua máscara, já que esta cobria totalmente sua face, o Pantera decidiu aguardar em silêncio pelo próximo ataque.

Nesse meio tempo ele aproveitou para ver uma lança que havia ficado caída aos seus pés, percebendo que a arma não pertencia a nenhuma tribo que ele conhecesse.

“Invasores estrangeiros dificilmente usariam armas primitivas, mesmo com essas apresentando um acabamento tão refinado...”

Só então ele se deu conta da verdadeira armadilha, poucos segundos antes de alguns detalhes das lanças caída se abrirem, liberando energia elétrica o suficiente para derrubar um elefante.

Ainda acordado, mas não conseguindo mover um dedo sequer, o Pantera teve seu campo de visão totalmente encoberto pela imagem do responsável pelos pesadelos e pelo ataque traiçoeiro.

- Vo-você...

- Sim “majestade”... Sou eu... É bem verdade o que dizem sobre o dia da caça e do caçador...

E então uma sinistra risada ecoou pela floresta.




- T'Challa? O Pantera Negra? Nunca ouvi falar...

- Ai, Clint... Se tivesse um pouco mais de interesse na comunidade de super heróis mundiais não ficaria pagando mico... Ele é o rei de Wakanda, uma país que une alta tecnologia a várias tradições antigas... São famoso também por nunca terem sido invadidos ou dominados por nenhum outro povo, seja africano ou não e o grande líder é o Pantera Negra, título dado geralmente a quem vence o anterior, se tornando assim o rei.

Após a “aula” Dinah percebeu que todos a olhavam surpresos.

- Que foi? Se tivessem tido um pai como o meu saberiam dessas coisas...

- Está muito bem informada senhorita... - T'Challa se levantava do sofá, permitindo aos pais de Mari a se abraçarem, enquanto ele se aproximava dos recém-chegados. - Agora devo pedir aos americanos que partam, deixando minha irmã aos meus cuidados...

Shuri se encolheu atrás de Mari e imediatamente Rick e Clint se puseram na frente das duas.

- Acho que ela não quer ir... - Enquanto falava, Rick levava a mão ao bolso, onde uma pílula Miraclo já estava na ponta de seus dedos. - “Majestade”

O rei não estava acostumado com aquele tipo de insolência nas palavras de quem lidava com ele, o que o surpreendeu por alguns instantes.

- Acho que vocês não estão entendendo... Recebi informações de que minha irmã estava em sua companhia, por isso Mari eu vim direto para a casa de seus pais, eu sabia que vocês não tentariam fugir sem passar aqui antes... Mas agora deixemos de besteira... Me entreguem minha irmã.

- Se não você vai fazer o que?

Como se em resposta, no instante seguinte a casa estava tomada por vários guerreiros da guarda de honra do Pantera, apontando armas que oscilavam entre modernos rifles e lanças primitivas para todos os presentes.

- Sei que todos vocês têm habilidades especiais que, talvez, pudessem ser páreos para meus guerreiros, mas poderiam agir sem ferir os pais de Mari? Gostariam de arriscar?

- O que houve com você T'Challa? - Mari agora caminhava na direção do rei, tendo seu caminho barrado por duas lanças que ela afastou, estendendo um dedo bem no rosto dele. - Eu me lembro de um homem honrado, que nunca faria algo assim! Ameaçar meus pai?! Não se lembra de como o abrigamos quando você teve de sair em peregrinação? Nós comemos da mesma mesma e eu... E você...

Rick percebeu imediatamente no tom da namorada que ali havia uma história, o que o fez apertar ainda mais a pílula em seu bolso.

- O passado não importa... Nada mais importa, apenas que preciso levar minha irmã de volta a Wakanda e... - Ele interrompeu a frase, levando uma das mãos à cabeça, como se tivesse ficado confuso, mas logo voltou a falar. - É claro... Podemos resolver isso de outro modo... Se vocês, americanos, aceitarem claro...

- Isso não tá me cheirando bem pessoal...

- Sério Clint? Você não para de me surpreender...

- Qual é Dinah? Dá um tempo...

- Parem vocês dois. - Rick olhava fixamente para o Pantera Negra, sentindo uma tensão crescer cada vez mais dentro dele. - Qual a proposta “majestade”...

- Eu... - A cada vez que era chamado daquele jeito, o rei precisava de muito autocontrole para não atacar o insolente naquele instante. - Eu desafio vocês três... Uma luta contra mim e minhas duas guarda-costas... Se vencerem estão livres e poderão partir, levando até minha irmã, mas se perderem... - Uma pausa dramática, para que suas próximas palavras alcançassem o efeito desejado. - Vocês se tornarão meus escravos e Mari... Minha rainha.

- Eu sabia... - Rick agora estava com a Miraclo dentro de seu punho cerrado, pronto para saltar em sua boca e fazer com que ele pudesse acertar o convencido que estava à sua frente. - Vai sonhando seu...

- Espera. - Dinah se colocava diante dos amigos. - É só isso? Uma luta e você vai manter sua palavra? Vai libertar não só a gente como também os pais da Mari?

- Tem minha palavra real.

- Sei... Pessoal, o que vocês acham?

- Por mim a gente quebrava a cara desse desgraçado já...

- Eu concordo Clint, mas temos que pensar nos pais da Mari...

- Saco... Tá bom, tá bom... Mas tenho certeza de que a gente vai se arrepender...

Desse modo os amigos se deixaram levar pela guarda de honra, logo entrando num moderno transporte aéreo.

Em menos de uma hora já entravam no espaço aéreo de Wakanda.

A cidade era ainda mais surpreendente, a arquitetura era claramente baseada em uma típica tribo africana, com animais estilizados e desenhos tribais, mas ao mesmo tempo apresentava uma tecnologia avançadíssima, com muitas placas solares sobre as construções, entre outros aparatos cujo propósito os americanos mal podiam imaginar.

Assim que desceram da nave, sendo conduzidos em veículos não poluentes, repararam como as ruas eram limpas, sem sinal algum de mendigos ou outras características clássicas de cidades grandes como aquela.

O povo parecia feliz, saudando seu rei com entusiamo e em seguida retornando aos afazeres diários.

- Cacete... Esse lugar é demais! Mal posso esperar prá ver nossos quartos!

Momentos depois os três americanos se encontravam em celas individuais. Cada um com apenas uma latrina e um catre para deitarem.

Nos aposentos reais, T'Challa tirava sua máscara, mostrando um rosto crispado pelo esforço que estava fazendo.

“Ainda tentando se livrar do meu controle Majestade?” Uma voz ressoou na mente do rei, deixando ainda mais enojado do que já estava.

“Não vai conseguir... Assim como você, os demais governantes de Wakanda, bem como as pessoas mais próximas de você, como suas guarda-costas já estão sob meu domínio... A princesa Shuri, que havia conseguido escapar eu manterei simplesmente apática, como já está... Desse modo, em breve você conseguirá uma princesa e novos escravos... Antes, é claro, eles devem provar suas capacidades na arena, só então eu os dominarei... Tendo Wakanda sob meu controle será fácil conquistar minha terra natal e, em seguida, o mundo...”

Sem conseguir se controla, T'Challa acabou por vomitar, caindo de joelhos no chão e amaldiçoando o fato de ter sido tão facilmente dominado.

“Hahahahahaha! Isso não vai ajudar “reizinho”... Mas continue tentando... é divertido!”

As risadas ecoaram na mente do Pantera Negra até que este, exausto, acabou por desmaiar.

A madrugada avançava na África e logo um homem desmontava de seu cavalo, a apenas alguns metros dos muros do lado sul de Wakanda, que segundo as vozes de seus ancestrais, era um dos locais mais desprotegidos.

O que não significava que seria fácil, no entanto.

Ele procurava alguma brecha na segurança e, para sua surpresa, reparou num outro invasor, que acabava de entrar por um pequeno buraco num muro ali perto, provando que não eram apenas seus ancestrais a conhecer aquele ponto fraco.

Assim que ele entrou, percebeu alguns guardas mortos, com os pescoços quebrados, deixando o segundo invasor surpreso com a velocidade do outro, mas não era o momento de ficar admirando o trabalho dos outros.

Ele sabia que, com os primeiros raios de luz do dia seguinte, aconteceria um evento na arena principal de Wakanda e seria o único momento em que ele poderia agir, por isso deixou de lado o outro invasor e partiu, procurando um lugar onde permaneceria escondido até a hora certa.

De volta à área da prisão, os amigos permaneciam tentando entender o que estava acontecendo.

Exceto Clint, é claro.

- Eu devia ter imaginado... - Ele estava sentado, olhando para a porta da cela, falando alto o suficiente para que seus colegas pudessem ouvir. - Podiam ter deixado eu pegar a minha gaita pelo menos...

- Se tivessem feito isso eu preferiria que tivessem matado logo a gente...

- Muito engraçado Rick... Dinah, você tá bem?

- Mais ou menos... Esse colar inibidor coça um pouco...

- Entramos numa boa dessa vez, heim? Droga... Se eu estivesse com o meu celular podia ligar pro Bucky e...

Sem nenhum aviso um pequeno pacote entrou na cela de Clint, indo parar exatamente aos pés dele.

- Mas o que? - Assim que ele pegou o pacote percebeu se tratar de seu celular e, sem se importar com quem havia jogado o aparelho lá, Clint imediatamente apertou as teclas para entrar em contato com o amigo que havia ficado na América. - Bucky? Você nem imagina o que aconteceu!

Enquanto Clint falava da situação deles, Rick mantinha na mão uma das pílulas Miraclo, que ele havia pego do pacote que foi jogado dentro de sua cela.

“Agora sim... Espera só um pouco Mari... Vou te salvar com certeza.”

Dinah permanecia calada, após testar a chave eletrônica que desativava o colar inibidor que ela estava usando e que havia vindo no pacote que ela recebera.

Eles tinham um aliado dentro de Wakanda, mas quem poderia ser?

Após desligar o celular e avisar seus amigos que a ajuda estava a caminho, os três permaneceram em silêncio, esperando o dia nascer e a hora finalmente chegar.

- Vamos! - Seus uniformes foram jogados dentro das celas e então foram o Homem-Hora, Canário Negro e Gavião Arqueiro que saíram. - Venham conosco americanos...

Com os primeiros raios de Sol, um grupo de dez guardas apareceram para guiá-los até uma imensa arena, por onde caminharam até ficar frente a frente com seus oponentes.

- Bom dia... - Apesar do esforço, o Pantera Negra não parecia muito bem, por isso ele decidiu não falar muito. - Chegou a hora! Venham!

Eles foram e a luta finalmente começou, mas seu final seria marcado por uma grande sucessão de surpresas.

Conclui a seguir.
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+ comentários + 5 comentários

14 de agosto de 2010 às 08:34

me admira muito a forma como você vai construindo os fatos, numa espécie de reparação pro que estar por vir!! clint cada dia se supera mais, mwhaha!

15 de agosto de 2010 às 19:32

Muito bom! Esse mistério sobre o aliado dentro de Wakanda e o modo como você descreveu a cidade foi realmente inteligente! Parabéns João, continue com esse ótimo trabalho.

16 de agosto de 2010 às 05:38

Valeu Shadow.

22 de agosto de 2010 às 11:30

Podemos realmente acertar alguns detalhes e eles serem irmãos sim... O Roy foi trampar para o governo e o Clint não, ambos tentando ser dignos da herança do Arqueiro Verde... Podia ser uma boa!

23 de agosto de 2010 às 10:03

Sensacional capítulo!
Gostei da participação do Fantasma novamente! Ainda quero ver quais são as intenções dele... Gostei do Pantera também e estou curioso pra saber de quem é a voz na mente dele! A Dinah está sensacional!
Parabéns João!

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