Blake corria com todas as forças. Desesperadamente, escolhendo por instinto seus caminhos. Os túneis eram quentes, o ar rarefeito, e já não havia tanto fôlego para a fuga. No seu encalço, um inimigo mortal.
Abaixo da floresta, no subterrâneo, longos túneis se interligavam. Para alguém que desconhecia a planta do lugar, como Edmond Blake, era um verdadeiro labirinto. Qualquer lugar que se escondesse, os passos do seu caçador estavam sempre muito pertos.
Até que desistiu, cansado e vencido, escorregou pela parede de pedras do lugar, e sentou.
O perseguidor logo apareceu. Um homem magro, tão magro quanto o próprio Blake. Barbudo e de cabelos sem corte. Como se estivesse perdido há dias. A camisa social aberta e a calça jeans cheias de rasgos. Nas mãos, um rifle.
- Não pode fugir. Não mais. – Disse o homem, apontando o rifle.
Blake, enfurecido, porém sem forças, tenta convencer o seu algoz:
- O que aconteceu com você, Reverendo? Olhe pra si mesmo, olhe seu infeliz! Maldito! MALDITO! – Gritou.
- A maldição consumiu você, Blake. Deus tenha piedade de ti. Não é mais o mesmo homem. Está infectado. – O perseguidor respondeu friamente.
- É você que não é mais o mesmo, amigo. Lembra-se? Nós éramos amigos!
- A amizade com o mundo, é inimizade com Deus. Epístola de Tiago, capítulo quatro, versículo quatro... – Citou para si mesmo.
- Você está perdido, Reverendo. Mais perdido do que pensa. – Disse Blake, desistindo do amigo. – Você se tornou o próprio diabo...
- Não diga blasfêmias, Blake. Não diga nada, deixe-me cumprir a vontade divina...
Dito isto, o perseguidor que era chamado de Reverendo disparou o rifle contra Blake, marcando a parede com sangue espirrado e pedaços de cérebro.
Abaixo da floresta, no subterrâneo, longos túneis se interligavam. Para alguém que desconhecia a planta do lugar, como Edmond Blake, era um verdadeiro labirinto. Qualquer lugar que se escondesse, os passos do seu caçador estavam sempre muito pertos.
Até que desistiu, cansado e vencido, escorregou pela parede de pedras do lugar, e sentou.
O perseguidor logo apareceu. Um homem magro, tão magro quanto o próprio Blake. Barbudo e de cabelos sem corte. Como se estivesse perdido há dias. A camisa social aberta e a calça jeans cheias de rasgos. Nas mãos, um rifle.
- Não pode fugir. Não mais. – Disse o homem, apontando o rifle.
Blake, enfurecido, porém sem forças, tenta convencer o seu algoz:
- O que aconteceu com você, Reverendo? Olhe pra si mesmo, olhe seu infeliz! Maldito! MALDITO! – Gritou.
- A maldição consumiu você, Blake. Deus tenha piedade de ti. Não é mais o mesmo homem. Está infectado. – O perseguidor respondeu friamente.
- É você que não é mais o mesmo, amigo. Lembra-se? Nós éramos amigos!
- A amizade com o mundo, é inimizade com Deus. Epístola de Tiago, capítulo quatro, versículo quatro... – Citou para si mesmo.
- Você está perdido, Reverendo. Mais perdido do que pensa. – Disse Blake, desistindo do amigo. – Você se tornou o próprio diabo...
- Não diga blasfêmias, Blake. Não diga nada, deixe-me cumprir a vontade divina...
Dito isto, o perseguidor que era chamado de Reverendo disparou o rifle contra Blake, marcando a parede com sangue espirrado e pedaços de cérebro.
Os Corvos
Episódio III:
A Tumba
por Renan Duarte (Ocelot)
Os mercenários desceram a longa passagem da casamata ao subterrâneo. A princípio, no ponto de entrada, era escuro, mas aos poucos avistaram uma luz tímida, que vinha das luzes nas paredes dos túneis.
A entrada dava para o teto de uma construção antiga. Estruturada com colunas de madeiras e rochas, não se assemelhava a uma base militar.
- Me sinto no filme Um Lobisomen americano em paris... ou seria um lobisomen europeu em nova Iorque? Nem lembro... – Comentou Ramirez, que não conseguia ficar calado.
- É antigo. Pela estrutura, e os blocos, parece da época da guerra civil. Provavelmente algum forte para abrigo de tropas. – Disse Giovanni.
- O que você entende disso? Acaso é algum engenheiro? – Ramirez perguntou debochado.
- Eu leio, oras!
- Tá de brincadeira, viu...
- Calem a boca! Deus... – Lewis finalizou o papo.
O túnel não era largo demais como os esgotos de uma grande cidade, nem apertado como as minas. Apresentava um espaço razoável. No ponto em que os Corvos se encontravam apenas se podia ir para frente, e Hughes não hesitou em colocá-los para andar.
- Não me façam chutar suas bundas! Vamos lá rapazes!
---
A maioria dos túneis e conexões davam para um só lugar: o salão de entrada do hangar. Era um grande salão rústico que assegurava a entrada para a base militar subterrânea. No fundo do local, havia um elevador de carga que descia para níveis inferiores.
No salão, que antes era ocupado por soldados, estavam alguns poucos civis de rifles nas mãos e uma missão nobre: proteger a entrada da base, para que nada saísse ou entrasse.
Havia caixas de madeira e pequenos containeres espalhados pelo salão, talvez futuras cargas que seriam levadas para dentro da base se as coisas não tivessem desandado.
Alguns homens vigiavam o local. Estavam aguardando o retorno do líder, conhecido como Reverendo, que fora buscar um desertor.
--
Os Corvos caminharam por um bocado de tempo, entre túneis e outras escolhas.
- Então chefe, esses túneis parecem não ter fim. – Disse Lewis.
- Não tem mesmo, cabrón, estamos andando há quantas horas já? – Ramirez perguntou.
- Horas? Que horas rapaz, não tem nem meia hora que entramos neste lugar. – Giovanni retrucou.
- Estás loco? Perdeu a noção do tempo, aposto uma cabra que estamos andando a pelo menos umas duas horas...
- Humpf... Vocês dois são um saco. – Desabafou Lewis.
- Então você também duvida é?
- As pessoas na America do sul são exageradas como você? – Caçoou Giovanni.
- Ei Cabrón! Não desrespeite a América do Sul! Eu não tenho culpa se você não sabe contar!
- EI EI! – Hughes finalizou o papo. – 49 minutos okay? 49 Minutos! Agora pelo amor de Deus, calem as bocas vocês dois! Parecem poodles no cio!
- Hahahahahah! Au au! – Gargalhou Lewis.
- Vamos andando!
Os Corvos permaneceram em silêncio. Menos Ramirez, que continuava murmurando:
- Agora já são 50. 50 minutos é quase uma hora...
- Ramirez! – Hughes gritou.
- Certo chefe! Nem um pio...
- Será possível... – Lamuriou Hughes.
- Ei Hughes, você precisa ver isso. – Disse Wong, que andava a frente.
No chão estava um corpo com a cabeça estourada. Pelo jeito, o cérebro havia grudado na parede e descido lentamente. Os rastros condenavam.
- Tiro na face. Execução. O que acha Wong?
- Não dá pra dizer precisamente, chefe. Mas, parece ser algum tipo de rifle. Talvez um de caça.
- Também acho. Alguma identificação?
- Não encontrei nada. – Disse Wong após examinar o corpo.
- Isto é um problema, Hughes. Temos alguém armado andando por aí. – Fineas deduziu.
- Certo. Não é um problema que não possamos resolver. Só vamos encontrar a porcaria da entrada da base, que esses túneis já estão me cansando. Vamos!
Após alguns minutos de caminhada intensa, os Corvos perceberam que estavam descendo a níveis cada vez mais inferiores. A luz estava fraca, e os rapazes ainda mais atentos. Pouca conversa e muita desconfiança. Então ouviram passos...
Hughes sinalizou para todos ficarem em posição vigiando a frente e retaguarda. Alguém estava se aproximando. Junto com os passos, vieram lamuriações, como um choro contido. Até que finalmente, a figura apareceu.
- Mas olha só que coisa. – Disse Lewis.
- Uma... mulher? – Ramirez estranhou.
Era uma mulher em trapos, suja e cheia de hematomas. Mas ainda assim, carregava certa beleza. Tentava conter o choro, parecia estar fugindo.
- Fique onde está! – Disse Fineas apontando a arma.
Ela não parou. Desabou a chorar livremente e se jogou nos braços de Lewis, que mesmo posando de inflexível, teve alguma misericórdia.
- Ei ei... Acalme-se ok?!- Disse Lewis.
- Imobilize-a! – Disse Fineas, que suspeitava de tudo.
- Ei cara! Dá um tempo, não tá vendo? Ela não é ameaça... – Lewis pediu.
Fineas não compreendia.
- Vamos, sente-se aqui. – Lewis a conduziu para um canto do túnel.
- Fiquem em posição, corvos! – Hughes ordenou. – Essa mulher sabe de alguma coisa.
- Então, o que aconteceu? Hã? Por que está chorando? – Perguntou Lewis.
A mulher engoliu o choro, limpou o rosto e tentou dizer:
- Eles... Ele... O Rever... Mataram ele! Mataram Blake.... – Voltou a chorar.
- Quem? Quem matou quem? – Insistiu Hughes.
- Eles... Estão... Estão matando as pessoas! Eles deveriam proteger a gente! Mas estão matando as pessoas! Pelo amor de Deus... Nos ajude!
- Ei ei... Acalme-se, okay? Vamos com calma... Respire fundo. Vamos devagar, okay?
A mulher concordou.
- Certo... Quem é você?
Buscou forças, tentou se acalmar e por fim, começou a dizer:
- Meu nome é Sora, eu sou geneticista, e... eles mataram meu marido. Mataram ele!
- Okay, okay... Então, você é alguma pesquisadora do governo?
- Sim... Até que... Tudo aconteceu, então... O exército nos colocou para fora, mas já era tarde demais. Alguns já estavam infectados, e acabou virando um inferno, e todos começaram a morrer, e depois a se levantarem... então o Reverendo...
- Espera! Espera um minuto! Está tudo muito confuso. O que raios está havendo nessa base?
- Base? Isso não é uma base...
- Não?
- É uma colônia. É muito mais do que uma base, fazíamos pesquisas avançadas aqui. Coisas que jamais poderiam ir a tona. Coisas ilegais.
- Merda, é tipo uma área 51! – Sugeriu Ramirez.
- Quase... – Concordou a mulher.
- Então, o que diabos aconteceu?
- Estávamos desenvolvendo algo, queríamos dar habilidades as pessoas. Coisas que elas jamais poderiam pensar em fazer...
- Como super-soldados? – Perguntou Lewis.
- Talvez... Mas algo deu errado. Eu não sei, eu só monitorava os testes... As pessoas começaram a morrer. E depois que elas morriam, elas voltavam...
- Ressuscitadas? – Perguntou Ramirez.
- Mortas. Completamente mortas, e violentas.
- Deus! – Exclamou Hughes. – É como o velho que o sargento nos mostrou lá fora... Pensei que fosse algum tipo de... raiva.
- Não. Não é raiva. São mortos-vivos.
- Merda! – Ramirez gritou. – Que porcaria de missão é essa?
- Mas os mortos estão contidos. O Reverendo os conteve.
- Quem?
- O Reverendo. Ele era um capelão. Mas ele... Surtou... Estávamos esperando o resgate e ele surtou. Só tínhamos que deixar as portas fechadas para que as bestas não saíssem, enquanto o sargento LeRoy fosse buscar por resgate. Vocês encontraram o LeRoy?
- Digamos que sim. – Respondeu Lewis, dando uma risada seca.
- Vocês vieram nos resgatar?
Os Corvos se entreolharam. Deixaram Hughes responder:
- Viemos apenas fazer o nosso trabalho. Agora, nos conte o que esse... Reverendo... Tem feito aqui.
- Somos parte de um grupo de sobreviventes do incidente. Nós trancamos todas as saídas e entradas da colônia. O sargento LeRoy deixou o Reverendo no comando. Ainda não sabemos como se dá a contaminação. Por isso estamos todos aqui embaixo ainda... Não sabemos se estamos contaminados...
- Os soldados de LeRoy disseram que a contaminação se dá por uma mordida, arranhão, ou algo do tipo...
- Talvez. Mas não temos certeza.
- Então o Reverendo está vigiando o lugar? Para que ninguém saia, e ninguém entre?
- Sim. Mas ele está louco... Ele está matando as pessoas... Por favor nos ajude...
- Por que ele ainda está no comando?
- Estão drogando as pessoas. Todos são submissos o bastante para fazer qualquer loucura que ele ordenar.
- Só nos mostre o caminho...
A mulher se levantou e começou a andar. Os Corvos a seguiam.
- Essa merda não faz o menor sentido. Há um ataque de mortos vivos neste lugar. Por que alguém iria querer ficar aqui? – Hughes disse para Fineas.
- Vamos ficar atentos. Há muito mais neste lugar do que os nossos contratantes nos contaram.
---
A mulher seguia adiante, enquanto os Corvos trilhavam o mesmo caminho. Atentos, sem papo, apenas esperando pelo sinistro.
Os Corvos seguiram-na apressados, e se depararam com o salão onde estavam os sobreviventes. Maltrapilhos e de rifles na mão. Surpresos, apontaram para os Corvos.
No meio deles, o Reverendo. O líder estava visivelmente destacado. Todos os outros olhavam para ele, esperando alguma reação. Era como uma divindade. O grupo permanecia imóvel.
- Temos visitas. Serão eles enviados de Deus? – Disse o Reverendo.
- Você é o Reverendo? – Perguntou Hughes.
O líder não respondeu. Apenas sussurrou alguma coisa.
Hughes tomou a palavra.
- Então Reverendo, se esse é mesmo seu nome, o que está rolando?
O Reverendo disse com uma voz metálica:
- Não se preocupe com meu nome. Vocês não são o resgate, são?
Hughes olhou para os companheiros, que riram.
- Talvez.
- Como eu presumi. Vocês não são o resgate.
- Garoto esperto.
O cenário estava armado. De um lado, os trapos com rifles de caça do Reverendo. Do outro, os mercenários preparados para uma guerra. Completamente desigual.
- Então, Sora. Sua vadia infiel. Você traiu a Deus, assim como seu marido. Edmond Blake. Era um bom homem. Fizemos coisas incríveis neste lugar. Mas o mal tomou a sua mente e corpo. Eu só fiz o que tinha que fazer. Mas você... Ainda havia lugar no céu para você Sora. Agora, não mais.
Sora não respondeu, apenas chorou. O Reverendo continuou:
- Este lugar não pertence a vocês. Vão embora.
- Ou o que? – Provocou Hughes.
- Ou coisas ruins vão acontecer...
Os Corvos gargalharam.
- Olha... Reverendo... Você não gosta da gente, e nós nem sabemos o motivo.
- Não lhe devo satisfações. Apenas vá embora. Voltem para suas casas, suas famílias, e deixe-nos fazer o nosso trabalho.
- Trabalho?
- Nós temos um trabalho divino aqui. E Ninguém vai entrar nessa colônia para atrapalhar isso.
- Reverendo, se você não percebeu. Não somos homens de bem. Deixe-me exemplificar... Fineas!
Fineas jogou a mulher no chão e atirou na cabeça dela, espalhando cérebro pelo piso.
- Merda Hughes! Não era necessário. – Disse Lewis.
- Cale a boca, Lewis. Reverendo... Não estamos de brincadeira, Reverendo. Acha que pode nos deter com uma equipe estúpida dessa? Você tem rifles de caça. E nós não somos veadinhos, rapaz. Temos metralhadoras de guerra, pistolas, granadas, e até mesmo uma sniper. Somos soldados, e temos sede de sangue. Então, por que não sai da nossa frente, e nos deixe assegurar uma morte tranqüila para cada um de vocês?
- Você não entende, mercenário. Você é um tolo.
- Me explique.
- Nós não podemos morrer. Somos imortais. Em breve teremos um corpo glorificado como dizem as escrituras.
Hughes coçou a careca.
- Então rapazes, me parece que algum maluco fugiu do catecismo.
Os Corvos gargalharam.
O Reverendo ficou em silêncio por alguns segundos. Virou-se para os seus comandados e gritou.
- Abram!
Rapidamente, abriram as portas dos containers. Um cheiro de carne podre tomou conta do lugar.
- Este é o meu exército, mercenário!
De dentro dos cointainers saíram dezenas de mortos. Famintos e agressivos. Antes soldados, civis, funcionários, dentre outros. Em questão de segundos os zumbis tomaram o salão, ficando entre os Corvos e o grupo do Reverendo.
- Santa Maria! – Exclamou Ramirez.
- Agora ficou interessante. – Disse Lewis.
- Rapazes, abram fogo. Estourem cada miolo mole que se move. – Hughes ordenou.
O que se seguiu foi uma saraivada de tiros das metralhadoras dos Corvos. Pedaços de carne e sangue voando para todo lado. Os mortos caíam, e se levantavam novamente. Quando não podiam, por perderem as pernas, rastejavam monstruosamente pelo chão. Era uma cena infernal.
A medida que os mortos avançavam, os Corvos recuavam de volta para os túneis. Eram muitos. O Reverendo e seus homens aproveitaram a deixa para descerem no elevador para a Colônia. A frente do elevador, uma grande comporta começou a descer, fechando a entrada. Separando o grupo dos mortos.
- Hughes, eu vou pegá-los! – Disse Fineas, impaciente.
Hughes não o deteve. Aquele era seu melhor combatente.
Fineas colocou sua metralhadora para trás, retirou duas pistolas automáticas do coldre preso ao colete e avançou velozmente pela multidão de mortos. Atirando de forma certeira na cabeça dos que se aproximavam. Em questão de segundos, ele havia passado por todo o salão.
Antes que a comporta do elevador alcançasse o chão, rolou por debaixo. Fineas estava sozinho do outro lado. O Reverendo e seu grupo já haviam descido. Havia apenas o grande foco do elevador. Profundo demais para apenas pular. A única maneira era esperar que o elevador voltasse.
Finalizando os últimos mortos andantes, ainda com o cano da arma fumegando, Hughes soltou um suspiro:
- Então, agora estamos sem Fineas.
- Olhem pra essa merda. É pior que o Iraque, o Afeganistão e o Kosovo junto. – Disse Ramirez.
- Você nunca esteve no Kosovo. – Disse Giovanni.
- Não importa. São cadáveres que andam, e... e tentam nos morder...
Um dos zumbis no chão, partido ao meu, agarrou o pé de Ramirez.
- Filho da mãe! Você quer meu pé? Quer? Toma, cabrón!
Esmagou a cabeça do zumbi.
- E agora Hughes? Nossa única passagem está fechada. – Disse Wong.
- Está tudo bem. Vamos encontrar uma maneira. E nós temos um homem lá dentro. Já é alguma coisa.
Nicolai, que finalizava com suas botas outros zumbis rastejantes, fez sua observação:
- Me desculpe, chefe. Mas não sei se deixar Fineas sozinho lá dentro foi uma boa ideia.
Hughes estranhou.
- Por que não?
- Fineas está ferido, Hughes. Quem sabe o que pode acontecer?
- O que? Como assim ferido?
- Uma dessas bestas o feriu. Na floresta.
Hughes ficou enfurecido.
- Por que raios ninguém me disse nada?
Todos ficaram em silêncio. Nicolai se aproximou de Hughes, e respondeu com toda sua presença russa, cuspindo no chão.
- Hughes. Se Fineas, o homem afetado, não te disse, por que nós diríamos?
Hughes coçou a careca preocupado.
- Merda!
Do outro lado da comporta, Fineas esperava pelo elevador. Sua mão, que havia levado o ferimento, formigava. Abria e fechava o punho para circular o sangue, mas não parecia melhorar.
“Preciso de respostas. Rápido. Eu não me tornarei um deles.” Pensava.
--
Continua...
+ comentários + 4 comentários
Grande capítulo ein, Renan. Estes são os mercenários natos dos EUA. Aquele Ramirez é chato ein? Não consegue ficar quieto, huahuhuhsuhaus. Muito bom! Ah, tadinha da mulher.
sensacional o capítulo Renan!
Esse Reverendo merece uma morte lenta e agonizante!!Os Corvos estão muito bem escritos e desenvolvidos cara! Cada um apresenta uma personalidade muito legal, em alguns momentos eu até lembro dos pinguins de Madagascar e suas manobras...hahahaah... Deixando bem claro que esses personagens do desenho são uma sátira a esse tipo de grupo que você montou, claro!
Mal posso esperar pelo próximo capítulo!
meus parabéns, um abração e até mais!!
Puxa João, Pinguins de Madagascar é o melhor grupo de mercenários que exista cara hahahahaahhah agora fiquei com saudade, acho que vou voltar a ver aqueles pinguins. Aquel que cospe qualquer arma é sensacional. hahaha
Obrigado pelo comentário e pela leitura.
Cara!!! Muito bom mesmo!
O climão de suspense o tempo todo e Os Corvos mostrando pro Reverendo do que são capazes! Me lembrou bastante de Resident, cara!
Pow, os Pinguins de Madascar são fodas!
Muito bom, Ocelotman!
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