Ultimate UNF Apresenta:
Caçadora #5
Por MatrixBrazilBH
Gotham City – Anos atrás
Bertinelli dirigia seu carro em direção à escola de Helena. Já era noite, a garota teve de esperar seu pai chegar ao local para busca-la, afinal a diretora queria conversar com ele.
-Droga, Helena! Logo hoje?! – Reclamava ele enquanto acelerava o carro.
Ele para na porta da escola e sai apressado do carro. A passos largos, ele alcança o hall de entrada e toca o sino, chamando a secretária.
-Boa noite, o que deseja?
-Minha filha está na sala da diretora, eu preciso busca-la.
-Ah, deve ser o senhor Bertinelli.
-O próprio.
-Tudo bem, me siga.
A mulher abre uma porta atrás de si e caminha por um grande e largo corredor.
O caminhar dela é como o de alguém que Bertinelli já vira antes. A mulher era familiar.
-Te conheço de algum lugar?
-Desculpe, senhor. Não posso flertar enquanto trabalho.
Eles continuam a andar pelo corredor. Ao final já se pode ver uma porta larga. Nela, estão estampadas as palavras: “DIRETORIA, RESPONSÁVEL – Dra. Anna McPhee”.
-Entre por favor.
Assim que ele entra na sala, vê a diretora amarrada em uma cadeira com uma mordaça na boca. Helena está em pé ao seu lado.
-Oh, filha. Eu já disse pra não espancar, prender, amordaçar ou ameaçar os diretores da escola. Solte-a.
A menina permanecia imóvel.
-Vamos, Helena! Estou com pressa.
-S-Seu...
-O quê?
-ASSASSINO!!!
A garota pula em seu pai e começa a tentar furar o pescoço dele com um lápis. Ele tenta bloquear os golpes da menina, mas a ponta fina do lápis finca em sua mão e cria vários buracos. Sem ter mais o que fazer, ele joga a menina para trás.
-Sabe, quando vi o potencial de luta que essa menina desenvolveu, fiquei impressionada. Sabia que você era louco, Sloan, mas não imaginava que era tanto assim.
-Q-Quem é você?
-Você é ridículo mesmo. – A mulher tira sua peruca negra e olha para o homem. – Reconhece agora?
-Sara! Eu pensei que estava morta!
A mulher começa a tirar a roupa, mas embaixo delas, havia uma espécie de uniforme reforçado, roxo e branco com alguns detalhes em preto. Ela põe de volta a peruca e coloca uma máscara cobrindo sua face.
-Sim, Sloan. Você me matou naquela noite. Mas a Caçadora nasceu. E você meu caro, é meu primeiro alvo.
-Então você é a vadia que vem atrapalhando meus negócios com a máfia nessas últimas semanas! Bem que o Gordon avisou! Sua vadia! Eu vou te matar de novo.
Ele sai correndo em direção à mulher, que toma impulso e salta por cima dele. Ainda no ar, ela saca sua Besta e atira uma flecha na perna esquerda do homem.
-Acho que não, querido. Você me enganou uma vez. Me fez pensar que me amava, me engravidou e quando descobri que você só queria uma herdeira e ameacei fornecer provas de seus crimes aos promotores do Gotham e pedi ajuda ao antigo Comissário, você ateou fogo à casa, me espancou e atirou em mim. Em seguida, matou o comissário e pagou à polícia para encobertar tudo. Se for na delegacia, vai encontrar um registro de “Caso Fechado” se procurar em “Explosão na Rua Murphy”. Mais ainda assim, Sloan, eu estou aqui. Isso só mostra o quanto você é impotente. Bem, o quanto você ERA impotente. Porque agora você está morto.
A mulher aponta a arma para Bertinelli e quando está prestes a puxar o gatilho, alguém chuta a porta.
-Esse panaca é meu, sua piranha colorida!
Era Johnny Sabatino. Ele estava armado com uma pistola 9mm e tinha uma espécie de lâmina no lugar da mão arrancada. Parecia uma figura retirada dos filmes de terror em que um assassino retorna para se vingar de algo acontecido no passado.
Ele atira duas vezes. Uma das balas acerta a parede atrás de Sara, e outra passa de raspão pelo ombro de Bertinelli, que cai atrás da mesa da diretora.
-Meu Deus, você é péssimo! – Sara o coloca na mira e atira uma flecha, prendendo a mão de Sabatino na parede e fazendo-o largar a arma. – Agora, de volta pra onde estávamos, Sloan.
-Espere aí, piranha! Acha que é só isso? – Ele aponta a lâmina para a mulher.
-Acho que não calculou direito o alcance de sua faca.
-Vadia. – De repente, a lâmina que antes estava presa na mão de Sabatino, é disparada em direção à Sara e faz um profundo corte em seu braço. Ela cai no chão.
Helena vê a mulher ao chão. Sua mãe.
-Mamãe! – Ela se abaixa – Mamãe, você está bem?
Sloan Bertinelli se levanta. Ele passa a mão sobre o ombro machucado e vê o sangue.
-Sabatino, você é um imbecil. Não viu o que helena fez com você da última vez? E olha que ela era bem mais nova. Agora que já está mais crescida imagine o que pode fazer. E olha que você anda está preso. Helena? Cuide dele pro papai.
-Não.
-O quê?
-Pai, você acha que eu sou idiota? Mamãe me contou o que você fez com ela. Ela disse que você só está me usando para conseguir dinheiro e proteção. Que você não me ama de verdade.
-Querida, isso é mentira. Vai acreditar em uma mulher que nunca viu?
-Eu sei que posso confiar nela. – Helena se vira para trás e pega uma Besta igual à da mãe. – Ela me deu isso.
Helena mira em Sabatino, mas bem na hora em que ia puxar o gatilho, a janela da sala se quebra, e dela, aparecem duas mulheres. Uma jovem da idade de Helena e uma mulher mais madura, de aparentemente trinta anos.
-Lady Shiva! – Disse Helena.
-Mas que diabos você está fazendo aqui? Achei que já tínhamos nos acertado! – Exclamou Sloan Bertinelli.
-Não se lembra do teste final que lhe falei? Cada Lady Shiva treina duas sucessoras, que se enfrentam em um duelo até a morte. A que vencer se torna a próxima Shiva. Lyra, mostre-a o que você tem.
A garota, de olhos puxados e cabelos negros corre em direção à Helena, desferindo uma série de golpes em pontos localizados. Em menos de trinta segundos, a filha de Bertinelli está caída ao chão.
-Humpf. Termine com isso, Lyra.
-Você é louca? – Sara Bertinelli, que estava caída no chão se levanta e protesta. – Colocar duas crianças em uma luta até a morte é ignorância.
-Você não entende, mulher. Não é questão de ignorância. è uma questão de honra. Além do mais, Helena QUER lutar. Olhe para ela.
Helena se levanta do chão e limpa o sangue da boca.
-Do tempo que eu estou ouvindo essa conversa, já entendi que você é a mãe de Helena. Se quer um consolo, sua filha não dura nem mais quarenta segundos nas mãos de Lyra.
-Não fale assim dela!
-Você nem a conhece. Esteve ausente por toda a vida da garota. E de repente aparece pra conquista-la? Ingênua. Ela não quer você.
Respondendo à provocação, Sara salta em direção a Shiva. Pelo que as circunstâncias indicavam, a mãe de Helena não teria a mínima chance contra uma das melhores lutadoras do mundo. Mas a fúria de uma mãe para proteger sua filha pode fazer milagres.
Ao ver sua mãe e sua treinadora lutando, Helena não percebe Lyra se aproximar. A oriental acerta um chute no estômago da oponente e em seguida, um forte soco, que a faz se afastar alguns metros.
Sabatino, ainda pregado na parede tenta se soltar. Ele puxa a flecha, e sem hesitar, arranca-a de sua mão.
-Aaarghh!
Bertinelli vê o rival se soltando e indo em direção à arma. O mafioso pula sobre o rival e tenta empurra-lo para longe da arma.
Diante de todas aquelas brigas, está a diretora da escola. Ainda amarrada e presa à cadeira não pode fazer nada, a não ser ficar parada. Ela torce para que nenhum tiro a acerte. Tomara que a sorte esteja com ela.
O confronto entre Sara e Shiva é violento. A Caçadora acerta um soco vertical no queixo da oponente, que perde por alguns instantes o equilíbrio. Em seguida, ela desfere uma seqüência de socos e chutes na mulher, que cai no chão. Quando Sara vai finalizar seus ataques, Shiva agarra o pé dela e acerta-lhe um chute no rosto. Ela se levanta e novamente chuta Sara, mas desta vez acerta o estômago. Um soco novamente na face, seguido por um tapa nos dois ouvidos – para tirar o equilíbrio da oponente – e um chute no torso. Sara bate contra uma estante, que cai sobre ela.
Helena olha para Lyra e sem pensar duas vezes, corre em direção à garota armando um chute, mas o golpe é bloqueado pela rival, que tenta acertar um soco em Helena, mas a garota bloqueia, e novamente arma um golpe, desta vez com sucesso. Acerta um murro no rosto de Lyra, segue com um chute no estômago e um giro 360° acertando novamente o rosto da garota.
Bertinelli segura Sabatino com uma mão, e coma outra, tenta acertar socos no rosto do oponente. Com certa dificuldade, Sabatino bloqueia um dos golpes de Bertinelli e aproveitando acerta-lhe uma cabeçada. Ele olha para arma de novo e começa a ir em direção à ela.
Sara sai do meio dos livros e dos pedaços de madeira e se recompõe. Ela já havia sido espancada, alvejada e deixada para morrer em uma casa pegando fogo. Uma estante não faria muito mal pra ela. Ela olha para Shiva, que vai correndo em direção à ela. Usando o que o ambiente dispunha, Sara pega um pedaço de madeira e joga na direção da rival, que se desvia, mas por um instante baixa a guarda. Aproveitando esse descuido, a Caçadora acerta um forte soco no rosto dela e agarrando sua blusa, joga-a contra a parede.
Lyra tenta se recompor, mas não tem tempo. Helena acerta-lhe uma série de socos e chutes, que a fazem cair no chão e começar a chorar. Helena se prepara para dar o golpe final, mas ao ver as lágrimas da oponente, ela se contém e vê que não era a única sofrendo ali. Mas Lyra, já usava deste truque de choro há muito tempo. Aproveitando a deixa, ela se levanta e acerta um chute em Helena, e com rapidez, se desloca para trás da menina e acerta outro chute nas costas. Helena bate com a cabeça em uma mesa e cai desmaiada.
Bertinelli vê Helena no chão e Sabatino tentando pegar a arma. A mão dele estava furada, então pegar a arma seria difícil. Aproveitando a deixa, Bertinelli se levanta e corre em direção ao oponente. Sem parar de correr, ele agarra Sabatino e leva-o em direção à janela quebrada. Chegando perto, ele empurra o homem, que cai do lado de fora do prédio desmaiado. Em seguida ele corre em direção à Helena, se agacha e começa sacudir a menina.
-Helena! Helena! Acorde! Por favor!
Shiva vê o triunfo de sua discípula. Sara vê sua filha caída no chão e seu ex-marido tentando reanima-la.
-Muito bem, Lyra. – Disse Lady Shiva. – Você superou minhas expectativas. Vamos embora, temos que te apresentar para a vila. Adeus Sloan Bertinelli. E você, mulher, devia estar feliz. Conseguiu fazer uma Lady Shiva sangrar. – Dizendo essas palavras, Shiva e Lyra pulam pela janela e desaparecem na noite nebulosa de Gotham City.
Sara se junta a Bertinelli tentando reanimar a filha.
-Temos que chamar uma ambulância.
-Como vamos explicar isso?
-Chame a polícia também, Sloan. Eles sempre te encobriram.
-Bem pensado. – Ele coloca Helena no colo. – Aqui, me ajude. – Diz ele apontando para a mesa. – Tire essas coisas daí de cima.
A diretora começa a se balançar na cadeira.
-Solte-a. – Diz Sara.
Bertinelli vai em direção à mulher.
-Espere. Ela nos viu. Ela pode falar alguma coisa aos promotores ou à imprensa.
-Não está pensando em mata-la, está? Se estiver, saiba que não permitirei.
-Não, não. Não vou mata-la. – Ele tira a fita da boca da mulher.
-Por favor não me mate! Por favor! Eu faço qualquer coisa!
-Escute. Se a imprensa te procurar, a história que você vai contar é essa: Você estava aqui com Helena me esperando, quando um grupo de marginais chegou e te prendeu na cadeira. E quando cheguei, eles pediram dez mil dólares para não matar Helena. Mas, a Caçadora chegou e chutou o rabo de todos os bandidos, que fugiram com medo.
-Tudo bem. Eu digo o que quiserem.
Bertinelli desamarra a diretora, tira seu celular do bolso e liga para a polícia e em seguida chama uma ambulância.
-Sara, eu sinto muito mesmo pelo que eu fiz. Sei que estava errado mas você não me deixou escolha. Eu só queria mais dinheiro. Uma vida melhor. E é isso que eu tenho agora. E eu te convido para compartilhar isso comigo.
-Você deve achar que sou idiota, né? – Sara caminha pega um papel e uma caneta. – Quando tiver notícias de Helena, ligue para este número. – Dizendo isso, Sara pula pela janela e desaparece.
E a noite terminara daquele jeito. Alguns satisfeitos, outros decepcionados.
Helena está no hospital. Bertinelli está junto dela. A diretora disse à imprensa o que Bertinelli mandou. Sara voltou para seu apartamento. Lady Shiva, exibiu sua aluna para todos de sua vila. E Sabatino novamente estava de volta à sua mesa para preparar sua nova vingança.
Epílogo
Helena está deitada na cama do hospital. Sua cabeça está enfaixada. Seu pai está ao seu lado.
O médico entra na sala com uma prancheta.
-Senhor Bertinelli?
-Sim?
-Tenho más notícias para o senhor.
-Oh, Deus. Diga.
-Helena perdeu a memória.
+ comentários + 2 comentários
quantos acontecimentos!!! muito legal, matrix! mas olha, demora mais pra postar a continuação não, viu? mwhahaha! abs!
Caraca! Deixa eu pegar um fôlego aqui!
Edição alucinante cara! Ação desenfreada do começo ao fim, e o que foi essa batalha?
Foram tantas idas e vindas que a gente fica até zonzo!
E esse final? Mal posso esperar prá ver o que vai acontecer com a Helena!!
Parabéns Matrix! Tu mandou muito bem!!
Um abração e até mais!
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