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Revolt #6

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Com a derrota de D, Marcelo resolveu tirar uma noite de paz e sossego junto de sua namorada, Daniella. Mas mal sabe ele que os comparsas de D estão tramando a sucessão do império do crime.

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Capítulo 6: “Os Tetrarcas de Herodes”[1] - Parte 1.

Por: Anderson Oliveira

— Bem... se é assim que você quer... vamos lá... Só digo que um de nós não vai sair vivo dessa! — Daniella está determinada. Seu inimigo é astuto e sorrateiro. Ela está sozinha em casa, exceto pelos seus dois cães e um gato. Seu irmão menor está brincando na rua e sua mãe foi na vizinha. Era dia de faxina. — Se eu não te pegar, minha Tropa de Choque pega... Tá rindo da minha cara, né? Vai ver só, seu--
Os cães, Girassol e Biscoito, mais o gato Billy estão confusos. Sentados um ao lado do outro, dentro da casa, o que é raro para os cães, pois nunca entram na casa, eles observam sua dona de joelhos com uma vassoura na mão olhando dentro de um armário de madeira. Os cães inclinam as cabeças e gemem em sinal de completa dúvida. Já o gato está atento e arregala os olhos.
— PEGA!! — Dani grita enquanto uma ratazana, quase do tamanho do gato Billy, escapa do armário e corre desesperadamente enquanto Daniella a fulmina com a vassoura e os cachorros latem e correm desengonçados. O gato se arrepia e persegue o rato, mas uma infeliz vassourada põe fim a sua perseguição. — Ah não! Billy! Desculpa!! — O gato responde com um olhar duvidoso. — Ei!! Tá fugindo!! — Dani atenta para ver o rato escapar pela porta.

Há dias Marcelo tem vontade de passar algum tempo a sós com sua namorada. A última semana foi um tanto agitada. Após resgatar sua irmã das mãos de Criminal D, Marcelo passou os oito dias seguintes ocupado com o trabalho de motoboy, cuidando secretamente de seus ferimentos e fazendo reparos na sua moto danificada. Não mais vestiu o traje de Revolt, e nem o pretende. Agora, um sábado, só quer convidar a moça mais linda do bairro para uma noite de diversão.
Com essa intenção ele vai até o portão de Daniella, logo ao lado do seu. Porém ao chegar lá escuta ela gritando, os cachorros latindo e coisas caindo. Assustado, abre o portão e entra para ver o que está havendo. Mas ao chegar ao meio do quintal vê um pequeno roedor vir em sua direção e passar por entre suas pernas. Logo em seguida vê Daniella, com a vassoura na mão, seguida pelos dois cães, sair da casa gritando:
— PEGA O RATO!!
— Hein?!
— Pega o rato, caramba!! — ela passa por ele euforicamente e segue o animal que ganha a rua. Marcelo logo vai atrás, confuso e acanhado.
Ao sair ao portão Marcelo vê Daniella parada no meio da rua, aparentemente confusa, procurando o alvo de toda essa confusão. Ali perto também estão Mateus, o irmão da moça, um jovem de treze anos que empina pipa e Eugênio, que acaba de sair de casa e, confuso, se senta no meio-fio. Marcelo vai até Dani que permanece atenta:
— Dani... eu queri--
— Shhh! Cadê aquele bicho safado?!
— Deixa esse rato pra lá!
— Sem essa, Marcelo! É uma questão de honra... Lá está ele!! — Daniella corre até um trecho de calçada coberto pelo mato onde o rato se escondia, sendo visto agora por fazer o mato balançar por onde passa. A garota investe fortes vassouradas contra o animal, mas não o atinge. Por fim o rato corre em direção a casa de Marcelo. — PEGA!!
O rato corre desesperadamente em direção a Eugênio, que só então vê o animal e, junto com o grito de Daniella, se assusta e se levanta instintivamente. Acontece que na hora passava um casal que não é da região. Quando o homem ouviu o grito “pega” e viu o rapaz ir pra cima dele logo se preparou para dar um soco.
— Olha o rato!! Pega!! — Gritou a namorada do homem, e só então ele entendeu o que se passava.
Ele então, para não passar apuros junto da namorada, obviamente, começou a perseguir o rato também. A essa altura Mateus já tinha largado o pipa e também cercava o animal. Daniella chegava com a vassoura e Marcelo enfim se juntava ao grupo. O pobre animal não teve outra escapatória e acabou contra um muro, após ser violentamente chutado pelo transeunte pego de surpresa.
— Pô... pensei que vocês iam me roubar! Ela gritou “pega” e ele veio pra cima... — Acabou por dizer o desconhecido que logo caiu na gargalhada junto aos demais.
Após cumprir a missão de extermínio e recolher os cães soltos na rua, Daniella volta pra casa a fim de terminar a faxina. Marcelo vai com ela e fica encostado na porta da cozinha enquanto ela suspende as cadeiras sobre a mesa. Marcelo então finalmente diz o que veio dizer:
— Até que enfim nós dois estamos livres essa noite... Que tal sairmos pra jantar?
— Jantar?! Hmm.... que romântico! — Daniella caçoa enquanto joga um balde de água com sabão no chão.
— Ué? Eu pensei em te chamar pra dançar... Mas como nem eu e nem você sabemos fazer isso... — diz Marcelo levantando o pé para não se molhar.
— Verdade! Mas olha... nada de restaurantes chiques... não me dou com um ambiente desses. — Dani começa a esfregar o chão com a vassoura, fazendo espuma.
— E muito menos eu posso pagar um restaurante chique! Pensei numa pizzaria.
— Aí sim! Vou adorar! — Daniella interrompe seu trabalho, vai até Marcelo com cuidado para não escorregar e lhe dá um beijinho nos lábios.
— Por isso que eu gosto de você... Além de ser linda é econômica!
— Econômica, é...? Seu pão-duro! — Daniella lhe dá um soco no ombro.

Longe dali, numa casa na região do Jardim Nélia, Itaim Paulista, velhos conhecidos se reúnem:
— Se passaram oito dias e não o encontraram... — diz Jeremias, o dono da casa, sentado numa poltrona. A sua frente, em uma mesa, um telefone ligado no viva-voz.
— Já era... D tá morto. — completa Pé-de-Boi, de pé encostado na parede.
— Não... não pode ser... — diz uma voz no telefone. É Metralha-7, falando de uma prisão usando um celular. — Se não acharam o corpo... ele pode tá vivo em algum lugar...
— Olha, eu sei que vocês dois eram amigos de infância, mas são os fatos... — diz Jeremias. — Agora temos que nos organizar pra continuar o que D começou... Só tem um jeito... Alguém vai ter que assumir os negócios... — nesse instante, três homens entram pela porta da sala. O que vem a frente é um chinês, usando terno, camisa e sapatos pretos com óculos escuros. Ao seu lado dois seguranças, um de longos cabelos pretos e outro obeso, com um bigode fino. Os dois também chineses. — Ah... Su Long! — diz Jeremias espantado.
— O quê?! — pergunta Metralha. — Que quê tem o china?
— O... “china”... está aqui, Metralha-7. — diz Su Long, com seu sotaque carregado.
— Caralho... — responde Metralha ao telefone.
— Pra você vir aqui, só por um bom motivo, Su Long. — diz Jeremias estendendo a mão.
— Motivo? Sim, tenho bom motivo... — Su Long aperta a mão de Jeremias e, em seguida, se senta no sofá. — Ouvi você falar em assumir negócios... Isso... me interessa.
— Com D morto, alguém tem que ser o cabeça de tudo... — enquanto fala, Jeremias dá sinal para Pé-de-Boi servir uma bebida.
— De acordo. — diz Su Long recebendo um copo de uísque. Logo dá um gole na bebida e diz sorrindo: — Esse não é dos meus!
— Claro... seu uísque é uma merda! — responde Jeremias amistosamente. — Então... D me encarregou de cuidar das drogas pra ele... a maior fonte de renda... acho que eu sou o mais apto a liderar o grupo.
— Ah, nem vem! — diz Metralha-7 do telefone. — D era meu mano, meu irmão! Se alguém tem que cuidar da casa, esse alguém sou eu!
— Seu brutamontes! Você mal sabe ler e escrever! — Jeremias reage com ironia.
— Cala a boca, sua bichona! Eu tenho armas, eu tenho homens pra te por fora daqui em dois tempos... — Metralha-7 responde à altura.
— Calma, cavalheiros! — apazigua Su Long. — Há meios melhores para se resolver isso.
— Saquei a sua, china! Tu quer passar a perna na gente e ficar com tudo! — diz Metralha.
— Devo concordar com ele. — atalha Jeremias com o olhar desconfiado. Su Long responde com um sorriso calmo.
— Senhores... creio que tenho igual direito de almejar liderança, pois detenho iguais poderes que vocês. Mas, do contrário, não sou bandidinho de favela... Sou um homem de honra. E com honra proponho resolver esse impasse.
Su Long se cala por um instante. Jeremias se recosta na poltrona curioso com o que ele tem a dizer. Pé-de-Boi olha os presentes na sala com confusão no olhar. Metralha-7, ao telefone está quieto, mas sabemos que está irritado. Os seguranças de Su Long permanecem estáticos, de pé, ao lado do seu patrão.
— Então... Fala aí, china. — Metralha quebra o silêncio.
— Proponho um jogo justo. — Su Long enfim abre a boca. — O que será ao certo, não sei ainda, mas os convido cada um de vocês para um jantar de negócios onde discutiremos as regras do jogo. — Peraí... como assim “jogo”? Tirar no palitinho ou numa partida de futebol? — diz Metralha.
— Certo... vou explicar melhor. Faremos uma competição para ver quem tem melhores meios para se tornar líder. Um teste de liderança. Por exemplo... Não me vem nada... Isso discutiremos de noite.
— Hmm... Uma boa ideia. — diz Jeremias. — Enquanto não se resolve nada, iremos dividir os negócios em partes iguais. Para que cada um tenha recursos justos.
— De acordo. — diz Su Long.
— Tá... legal... boa ideia... Mas como eu tô aqui no xadrez, vou mandar um amigo no meu lugar... ele será meus olhos e ouvidos aí fora. — diz Metralha-7.
— Os tetrarcas de Herodes! — Pé-de-Boi fala. Jeremias e Su Long o olham com estranheza. — Opa, pensei alto!
— Pé-de-Boi não parece, mas tem certos conhecimentos em teologia e história antiga... — explica Jeremias. Su Long levanta a sobrancelha em sinal de espanto. Pois quem iria imaginar que aquele homem forte e de aparência simplória teria alguma cultura, ainda que inútil.
— Só lembrei disso... O reino de D dividido como o reino de Herodes. — rebate Pé-de-Boi.
— Tanto faz. — diz Jeremias. — Bem, para a reunião de logo mais, que tal na pizzaria Bonna Pettit? É um lugar limpo e discreto. Além disso, seu proprietário me deve favores...
— Certo. Tanto melhor. — Su Long concorda.
— Falou, sei onde é... Vou mandar meu mano lá... Agora tenho que desligar... Falou aí. — Metralha-7 desliga. Su Long se levanta ajeitando o paletó. Depois estende a mão para Jeremias.
— Está combinado. Espero que não haja trapaças. — diz o chinês com seu sorriso amarelo.
— Eu também espero... — responde Jeremias apertando a mão do “aliado”.

Já de noite, na casa da Família Bastos:
Marisa olha seu guarda-roupa com um olhar infantil. Suas roupas lindas, imitações de marcas famosas, em diversas cores e modelos. Suas muitas bolsas e seus muitos sapatos. Ela olha como se rencontrasse velhos amigos. Como se, por um instante, percebesse que naquelas roupas baratas estava sua verdadeira felicidade.
Uma lágrima escapa do seu olho. Ainda não esqueceu as barbaridades por que passou. Ainda se sente imunda por dentro. Deitar a cabeça no travesseiro é algo difícil, pois tão logo adormece sua mente é inundada por lembranças horríveis. Quando entra no banho e vê no espelho os sinais da brutalidade que sofreu, tem vontade de vomitar. Mas responde dizendo consigo mesma “já passou... foi só um pesadelo”.
— Marisa? — Marcelo chega à porta do quarto que ela divide com sua mãe.
— Hã... oi. — ela volta à realidade e limpa a lágrima do rosto. Marcelo compreende o que se passa. Ele nem quer imaginar o que sua irmã sofreu nesses poucos dias que esteve nas mãos de D.
— Tem telefone pra você... É o Kleber. — Marcelo fala com cautela.
— Kleber? Quem é Kleber?
— Diz que te conhece de uma festa...
— Ah sim... Irmão da Gabriela.
— Fala com ele... sai, se distrai um pouco.
— É... tem razão. Ele parece ser legal. — Marisa deixa o quarto.
“Minha irmã sofreu um grande trauma... E isso não vai passar da noite pro dia. Mas eu conheço essa menina, sei que por trás dessa ingenuidade (que agora não deve existir mais) tem uma mulher forte, que aprendeu com nosso querido pai grandes valores. Ela vai superar tudo... pouco a pouco... Tá na hora de tocar a vida! São quase oito horas e eu tenho uma noite pela frente com a moça mais linda do mundo! Já lavei minha Titan e tomei meu banho, agora preciso me vestir... Uma noite de lazer... Uma noite... Uma noite igual àquela noite... Onde vi o corpo de D despencar no rio após receber um tiro meu... Não... melhor esquecer isso...”

Minutos depois, Marcelo retira sua moto do quintal e para em frente ao portão de Daniella. Ele, vestindo calças e sapatos sociais, uma camisa preta sob sua melhor jaqueta, toca a buzina para chamar a namorada. Não espera muito e Marcelo a vê saindo pela porta e cruzando o quintal. Não com suas típicas roupas de skatista, mas vestida com uma blusa preta com bordados brancos, uma saia rodada até a altura dos joelhos nas cores cinza e branco e sandálias de salto baixo.
— Uau!! — exclama Marcelo, imaginado se era possível ver Daniella mais bonita do que ela já era normalmente. A moça cruza o portão com uma certa vergonha no rosto, agora levemente maquiado enquanto seus cabelos dourados pendem por seus ombros numa cascata que brilha à luz noturna.
— Seu bobo! — ela diz lhe ofertando um beijo no rosto. — Tava pensando o quê? Também sei me vestir de patricinha!
— Você tá... espetacular! — diz Marcelo lhe entregando um capacete que Daniella põe com cuidado para não desmanchar o penteado feito com muito custo, pois raramente ela se livra do seu velho boné.
Sem mais nada dizer, Daniella sobe na garupa da moto cuidando para não enroscar sua saia, em seguida Marcelo dá a partida e segue rumo ao local do encontro. Poucos minutos os separam da Pizzaria Bonna Pettit, localizada no Jardim das Oliveiras, ainda no bairro do Itaim Paulista. Marcelo encosta a moto no modesto estacionamento e logo conduz Daniella até a entrada.
— Que lugar legal! — diz a moça ao entrar e ver o ambiente. Apesar de simples, nada deve às grandes cantinas italianas com suas mesas, música ambiente e cozinha à vista do público com seus dois fornos à lenha.
— Antes de ir pro Haiti eu trabalhei aqui como entregador. Na época o Sr. Baggio não tinha tudo isso. — Marcelo diz enquanto puxa a cadeira para Daniella se sentar, se sentando a sua frente logo em seguida. Não demora meio minuto e um garçom passa com o cardápio.
Enquanto o casal inicia sua noite, na frente do mesmo recinto um Audi estaciona. No lado do carona desce Jeremias, estando Pé-de-Boi ao volante que leva o carro para o estacionamento enquanto o traficante entra na pizzaria normalmente. Na recepção tem a sorte de encontrar o Sr. Baggio:
— Sr. Jeremias! — exclama o homem vermelho como os molhos de suas pizzas.
— Olá, Baggio... Reservou a mesa que lhe pedi? — Jeremias responde com ironia, pois traz o italiano “no bolso”.
— Claro senhor! A melhor da Bonna Pettit!
— Ótimo! — Jeremias sorri. Nesse instante Pé-de-Boi chega ao seu lado, os dois entram guiados por um dos garçons que os leva até uma mesa para oito lugares, nos fundos da pizzaria, passando pela mesa onde Marcelo está.
“Espera... Aquele lá é o... Jeremias! Um dos comparsas de D!”, pensa Marcelo seguindo o homem com o olhar enquanto Dani se distrai escolhendo sua pizza. “Pensei que a polícia tinha apertado o cerco após toda a confusão que o Revolt armou. Soube que Metralha-7 foi preso depois daquela noite, esperava que todos os outros também! Ledo engano confiar na polícia... já deveria saber disso!”
Nesse instante, Su Long e seus seguranças entram pela porta. Após algum tempo, o contrabandista avista Jeremias nos fundos. Logo vai até ele, sendo acompanhado apenas pelo segurança de cabelos longos, deixando o outro do lado de fora.
“Quem é esse aí?”, continua Marcelo a observar a cena. “Só pode ser o tal Su Long, o cara da pirataria. Jeremias e Su Long juntos... é óbvio que resolveram fazer uma reunião...”
— ... Será que esse negócio de Aliche é bom? Hein?! Marcelo?! — chama Daniella.
— Hã?! Oi... Não sei... ouvi dizer que é horrível... — Marcelo é pego de surpresa.
— Onde você tava? Ficou aéreo.
— Eu? É que eu tava admirando a sua beleza!
— Para com esse papo furado! Assim eu fico sem graça... — Daniella diz naturalmente enquanto Marcelo se vê atraído em descobrir o motivo da reunião dos criminosos.
Nesse instante outro homem vai até a mesa. Um completo desconhecido para Marcelo, assim como para Jeremias e Su Long. Trata-se de um homem robusto, com cabelo bem curto e barba cerrada, vestido com um casaco azul marinho e com fones de ouvido. Ele estende a mão para os bandidos na mesa e se apresenta:
— Eu sou amigo de Metralha-7, ele me pediu para encontrá-los aqui. — Jeremias lhe cumprimenta e o convida a sentar. Marcelo, disfarçadamente tenta ouvir a conversa, o que é impossível graças à música ambiente e os demais sons da pizzaria.
— Qual seu nome? — pergunta Su Long ao recém chegado.
— Nomes têm poder, prefiro não usá-los a menos que seja necessário. E creio que agora não é necessário. Porém, podem me chamar de Barthez, é um velho apelido. — Jeremias e Su Long se entreolham estranhando a resposta de Barthez.
— Bom... então vamos logo ao assunto. — inicia Jeremias. — Os negócios de D serão divididos em quatro partes iguais. Cada um de nós fica com uma parte.
— Como assim, quatro? — interrompe Su Long, que em seguida conta com os dedos: — Eu, você, Metralha... Somos três...
— Ah claro... Por um segundo ainda contava com Jezebel. Mas não tão cedo a veremos. Bom, neste caso...
— Neste caso... — toma a palavra Su Long. — Os negócios se dividem em três partes. Agora iniciaremos a nossa competição... — nesse instante, a música da pizzaria acaba, paira um pequeno momento de silêncio. Momento bastante para Marcelo ouvir Su Long dizer: — Decidiremos de uma vez por todas quem reinará no lugar de D!

“Essa não!”

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[1] - Os Tetrarcas de Herodes - Herodes I, o Grande, “rei da Judéia” (Lc. 1,5), aterrorizou a Palestina durante seus 43 anos de reinado: de 47 a 4 a.C. Apesar disso, empreendeu grandes realizações, sendo a maior delas a reconstrução do Templo de Salomão, que iniciou 20 anos antes do nascimento de Cristo (Jo 2,20), — Deixou o reino divido a três de seus filhos: a Judéia, propriamente dita (capital: Jerusalém) com a Samaria e a Idulméia, para o crudelíssimo Arquelau (Lc. 2,22) que governou 10 anos (4 a.C até 6 d.C.).
A Traconítide e a Ituréia para Felipe, o tetrarca (Mt. 14,1). E a Galiléia com a Peréia para Herodes Ântipas I. este, no ano 6, tornou-se por astúcia, tetrarca também da Judéia, após obter o exílio de Arquelau, decretado por Roma (Lc. 13,32). Herodes Ântipas era apelidado “rei” pelo povo, embora não tivesse tal título oficialmente. Primou pela crueldade e licenciosidade durante seus 42 anos de governo (de 4 a.C. até 39 d.C).

Continua...
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