A verdade vem à tona.
Será que a presença do Fantasma será o suficiente para impedir os planos do vilão?
Capitão América consegue a ajuda de seu pai, mas será que conseguirão chegar a tempo?
Finalmente algumas respostas surgirão.
A areia da arena já apresentava várias manchas de sangue, o que parecia fazer a plateia vibrar cada vez mais.
- Ptu... Pensei que você conseguisse bater mais forte “majestade”... - Após cuspir sangue, o Homem-Hora aproveitava um momento de pausa para tentar desestabilizar seu adversário. - Desse jeito vou ganhar muito fácil...
O rei de Wakanda, T'Challa, era também o Pantera Negra, grande protetor da avançada nação africana, mas mesmo ele tinha que admitir, ainda que silenciosamente, que estava diante de um inimigo de respeito.
Ainda assim ele sabia que iria ganhar.
O Pantera Negra nunca admitiria uma derrota.
Sem maiores avisos o rei voltou ao ataque, conseguindo encaixar uma sequencia de golpes que fizeram até mesmo seu poderoso inimigo cambalear, mas apenas por um instante.
O Homem-Hora sabia que restavam poucos minutos para terminar o efeito da pílula Miraclo que ele havia tomado.
Quinze minutos? Talvez apenas dez?
Ele não tinha certeza, por isso se esforçou para aguentar alguns golpes até que seu oponente estivesse próximo o bastante, desse modo ele conseguiu acertar um novo soco no Pantera, fazendo o mesmo cair longe, tendo as costas arrastadas e feridas pela areia.
Ali perto o Gavião Arqueiro tentava acertar uma das guarda-costas do rei, que parecia ter uma facilidade incrível para desviar das flechas disparadas pelo herói, ao mesmo tempo que conseguia feri-lo a cada nova investida.
- Merda... - Mais duas flechas. Outros dois erros. - Para de pular tantoooooouch!
Um chute bem aplicado no queixo interrompeu a frase dele, mas fez com que a mulher se aproximasse o suficiente para que ele a atingisse com violência, usando dessa vez o próprio arco.
Mesmo assim a mulher mal tocou o solo e já voltava a atacar.
Enquanto isso a Canário Negro conseguia se manter equilibrada ao enfrentar a outra guarda-costas, acertando e defendendo tantos golpes quanto sua adversária, esta se surpreendendo com as capacidades da americana.
- Não vai usar seus poderes? - Durante uma rápida pausa a wakadiana deu voz à sua curiosidade.
- Você não mostrou nenhuma capacidade fora do comum... - A Canário deu um sorriso, tirando o colar que já estava desativado, sabendo que não precisava mais fingir e não querendo admitir o quanto estava gostando daquela luta. - Não seria justo para você...
As duas agora trocavam um sorriso, voltando em seguida para a luta, fazendo boa parte da plateia masculina urrar de entusiasmo.
Na bancada real estavam a mãe de T'Challa, a rainha de Wakanda, sentada num trono, à sua direita a filha Shuri e à esquerda Mari, que não ousava ajudar seus amigos, uma vez que seus pais ainda eram mantidos como reféns.
Ao lado da bancada uma enorme figura mantinha-se escondida sob grossos panos, não deixando um centímetro de seu corpo à mostra, mas com uma alegria que mal cabia em seu peito.
- Isso mesmo macacos... Continuem a dançar conforme a minha música...
Sem que ninguém visse, outro ator daquela estranha peça, não deixava de olhar para o lado da bancada real, esperando o momento certo, que aconteceria em seguida.
Um estrondo se fez ouvir, instantes antes de uma moderna nave aparecer sobre a arena, atraindo todas as atenções.
“É agora!!” Foi o pensamento compartilhado por várias pessoas na arena e na plateia.
O que aconteceu a seguir foi o resultado de um complexo jogo, que vinha sendo planejado a um bom tempo e que poderia definir um destino trágico ou não para toda a África.

- Chegou a hora! Venham!
Ao ouvir as palavras do Pantera Negra, o Homem Hora jogou em sua boca uma pílula Miraclo e, logo após a engolir, partiu para o ataque, não querendo que nenhum dos seus amigos tivesse sequer a chance de escolher o rei de Wakanda.
Ele sabia que nem Clint, nem Dinah fariam frente àquele oponente.
Desse modo eles se ocuparam de enfrentar as guarda-costas do rei, achando a princípio que elas não seriam oponentes tão difíceis, baseados apenas no pequeno confronto do hotel.
Não poderiam estar mais errados.
As duas mulheres já não tinham mais nome, agora apenas sua missão lhes interessava e era para isso que dedicavam totalmente suas vidas.
Proteger o rei.
Se necessário com suas vidas.
Era o que elas pretendiam, enquanto lutavam contra os americanos, mas sem deixar de prestar atenção na luta do Pantera Negra, caso fosse necessário elas abandonariam seus combates para defender seu rei.
Mesmo assim o Gavião Arqueiro mal conseguia colocar uma flecha em seu arco e mesmo quando ele as disparava, não acertava uma sequer, enquanto sua oponente já havia tirado seu sangue várias vezes.
Mesmo com o corpo cheio de ferimentos, alguns com certa quantia de sangue escorrendo, o Gavião não desistia, nunca iria dar aquele gostinho aos Wakadianos que lotavam a arena.
Já a Canário Negro, mesmo não tendo mais sorte que seu colega, não deixava de surpreender sua oponente, conseguindo se esquivar de muitos golpes e, mesmo sem usar seus poderes, conseguiu até mesmo acertar uma das guarda-costas do rei.
A wakadiana não iria admitir, mas a americana ganhava cada vez mais seu respeito e ela se pegou imaginando por que seu rei estava agindo daquela maneira, algo incomum até mesmo para ele.
Esse momento de distração lhe custou um soco bem aplicado no queixo, que a jogou no chão da arena.
Canário Negro se manteve em posição de luta esticando uma mão e movendo-a de modo a provocar sua oponente, chamando para o combate e a wakadiana, com um sorriso nos lábios, se lançou ao ataque.
“Droga Bucky...” O Gavião finalmente conseguira colocar algumas flechas no arco, mas todas erraram seu alvo “Onde você está?”
Para responder essa pergunta precisamos viajar no tempo algumas horas e para o outro lado do oceano, mais especificamente o topo de um prédio em Nova York.
- James? – Valquíria se aproximava do Capitão América, ajustando as últimas peças de sua armadura. – Posso estar enganada, mas você não é um desses super-humanos que possuem poder de voo não é?
- Não Bru... Na verdade estou esperando nossa carona.
Antes que a asgardiana pudesse responder um forte vento vindo acima das cabeças deles fez levantar uma nuvem de poeira, ao mesmo tempo em que uma imensa nave começava a surgir acima da casa segura, pairando no ar, enquanto uma abertura surgia e, em seguida um raio de luz atingiu o casal, fazendo com que a Valquíria ameaçasse desembainhar sua espada.
Assim que percebeu que o Capitão América permaneceu calmo, a guerreira guardou sua arma, para se sobressaltar novamente, quando sentiu seu corpo seri elevado do telhado da casa segura, em direção à nave.
- Raio trator... – Quando seu companheiro falou, Brunhild percebeu um tom muito tenso na voz dele, decidindo ficar quieta ao ver que o outro falava mais para si. – Realmente o velho tá se superando...
Em poucos segundos eles já estavam caminhando pelo interior da nave, o Capitão seguindo em frente sem mover a cabeça, enquanto a Valquíria olhava tudo ao seu redor, tentando absorver as tecnologias que iam aparecendo ao seu redor.
- Então... Wakanda?
Um homem loiro, aparentando estar por volta dos cinquenta anos, mas cujo corpo aparentava estar em forma, com uma cicatriz sobre o olho direito e trajando um uniforme negro com detalhes azuis e uma estrela branca no peito recebia o casal, sem tirar os olhos do console à sua frente.
Steve Rogers ainda mantinha sua postura de liderança, que inspirava confiança a todos ao seu redor, uma atitude que o ajudou a sobreviver à guerra do Vietnã e todas as demais desgraças que haviam acontecido em sua vida.
Ainda assim era perceptível a tensão entre ele e seu filho.
Steve ligava uma série de aparelhos e em seguida segurou o manche com força, movendo o mesmo para sua direção, o que fez a nave dar um pequeno solavanco, mostrando que estava se pondo em movimento.
- Desculpem... Estou trabalhando para acertar isso...
O Capitão e a Valquíria se sentaram próximos do piloto e enquanto a garota continuava a se espantar com o avanço tecnológico que a Terra tivera desde sua última visita, o outro se voltava para o piloto.
- Pai... Será que vamos conseguir chegar lá a tempo?
- Essa é uma ótima pergunta garoto... - Ainda sem encarar o filho, o piloto fingia conferir alguns instrumentos. - Wakanda é um lugar muito fechado, em todos os sentidos, mas com um pouco de sorte, e se a nova tecnologia dessa belezinha funcionar, talvez, talvez tenhamos uma chance de chegar até seus amigos a tempo.
- Dinah está lá também...
- Eu sei. Talvez ela troque algumas palavras comigo, mas quanto a isso eu tenho ainda menos esperanças... - Pretendendo dar um fim à conversa, ele ajustou mais alguns aparelhos e só então continuou a falar. - Segurem-se... A viagem será turbulenta.
No instante seguinte a nave pareceu sumir em pleno ar.
De volta à batalha na arena principal de Wakanda, enquanto os americanos se mantinham de pé, para surpresa de todos os presentes, um homem se mantinha escondido, observando não a luta, mas um estranho, envolto em um grande manto, ao lado da bancada real.
“Em breve seu maldito...” Rapidamente as memórias dele voltavam à tona, quando descobriu, através do sangue de seus ancestrais, um terrível plano para a conquista total da África por um monstro, o que mergulharia todo o continente numa sangrenta guerra.
“Isso eu não permitirei... Em nome de minha família, não permitirei” com essas palavras ecoando em sua mente, ele apertou com força os cabos das armas que razia nas mãos.
Longe dali dois técnicos seguiam na direção de se local de trabalho, a sala de radares de Wakanda.
Eles conversavam sobre amenidades, principalmente o assunto do dia.
- Não acredito que nosso plantão era justo hoje! Todo mundo deve estar na arena...
- Nem me fala... A luta prometia demais.
- Ouvi falar que a americana é muito deliciosa...
- Loira né? Eu prefiro as morenas...
- Isso porque é o que mais tem aqui né? Duvido que se uma aparecesse te dando bola você não ia... - Após certa dificuldade em achar o cartão de acesso, um deles abriu a sala, interrompendo sua frase. - Mas o que diabos?!!!
Todos os aparelhos de radar estavam destruídos.
Os técnicos se entreolharam, tentando decidir em silêncio qual ação deveriam tomar, mas antes mesmo de trocarem uma palavra, cada um sentiu um braço forte agarrá-los pelos pescoços.
Uma dor aguda demorou alguns segundos para ser registrada por seus cérebros, mas já era tarde demais.
Ambos caíram no chão já sem vida.
- Não vamos estragar a festa que preparei com tanto carinho... - O outro invasor bateu as mãos uma na outra, como se as limpando e, em seguida, empurrou os corpos com os pés até estes ficarem no centro da sala, trancou a porta e se afastou, assobiando o tema do filme “O poderoso Chefão”.
- Estranho...
- O que foi pai?
- Estamos próximos de Wakanda, mas tem algo errado... – Steve Rogers falava sem tirar os olhos dos aparelhos à sua frente, deixando clara sua preocupação. – Mesmo com toda tecnologia dessa nave, com certeza já teriam nos localizado... Tem certeza de que todo mundo foi preso?
- Segundo o Clint sim... Por que?
- Talvez tenhamos algum outro amigo em Wakanda... De todo modo... Vejam! Chegamos!
Diante da visão magnífica de uma das cidades mais avançadas do mundo, até mesmo a Valquíria deixou de olhar o interior da nave, percebendo que realmente os humanos haviam se tornado capazes de feitos páreos com os dos deuses.
- Por Odin... – Ela percebeu, ao olhar nos olhos de James, que este havia escutado seu sussurro e lhe estendido um sorriso que ela achou encantador “Por Niflheim, o que está acontecendo comigo?” Ainda sentindo-se confusa, mas não querendo aparentar, ela ergueu um pouco sua voz. – E... Hã... como vamos entrar?
- Se realmente não tivermos sido pegos pelo radar, não vejo porque não irmos direto para onde eles estão.
Foi assim que, minutos depois, a nave surgia no ar acima da arena, surpreendendo a quase todos os presentes, mas também servindo perfeitamente para os planos de outros.
“É agora!!”
Na arena o Homem-Hora aproveitava os últimos vestígios de força para acertar o Pantera Negra, que foi lançado longe, mas caiu de pé.
Isso distraiu a guarda-costas que enfrentava a Canário Negro, o que foi suficiente para que a heroína americana conseguisse aplicar um golpe, imobilizando a outra.
O Gavião errou uma última flecha, que foi pega pela sua oponente, que já se preparava para usá-la no pescoço de seu oponente, mas foi impedida pelo som de um tiro, que ecoou pela arena.
Os olhares de todos os presentes se voltaram para a figura de um homem que parecia estar com o corpo totalmente coberto de sangue, que escorria, mas mesmo assim não deixava muito de seu corpo à mostra.
Ele empunhava duas armas, mas apenas uma delas tinha fumaça saindo de sua ponta, o que fez com que a multidão voltasse seus olhos na direção da bancada real, para onde o estranho mantinha seus braços esticados.
O que aconteceu a seguir colocou fim ao confronto do rei e de seus inimigos americanos.
E revelou uma intrincada teia, tecida por um terrível vilão.
Fim.
- Ptu... Pensei que você conseguisse bater mais forte “majestade”... - Após cuspir sangue, o Homem-Hora aproveitava um momento de pausa para tentar desestabilizar seu adversário. - Desse jeito vou ganhar muito fácil...
O rei de Wakanda, T'Challa, era também o Pantera Negra, grande protetor da avançada nação africana, mas mesmo ele tinha que admitir, ainda que silenciosamente, que estava diante de um inimigo de respeito.
Ainda assim ele sabia que iria ganhar.
O Pantera Negra nunca admitiria uma derrota.
Sem maiores avisos o rei voltou ao ataque, conseguindo encaixar uma sequencia de golpes que fizeram até mesmo seu poderoso inimigo cambalear, mas apenas por um instante.
O Homem-Hora sabia que restavam poucos minutos para terminar o efeito da pílula Miraclo que ele havia tomado.
Quinze minutos? Talvez apenas dez?
Ele não tinha certeza, por isso se esforçou para aguentar alguns golpes até que seu oponente estivesse próximo o bastante, desse modo ele conseguiu acertar um novo soco no Pantera, fazendo o mesmo cair longe, tendo as costas arrastadas e feridas pela areia.
Ali perto o Gavião Arqueiro tentava acertar uma das guarda-costas do rei, que parecia ter uma facilidade incrível para desviar das flechas disparadas pelo herói, ao mesmo tempo que conseguia feri-lo a cada nova investida.
- Merda... - Mais duas flechas. Outros dois erros. - Para de pular tantoooooouch!
Um chute bem aplicado no queixo interrompeu a frase dele, mas fez com que a mulher se aproximasse o suficiente para que ele a atingisse com violência, usando dessa vez o próprio arco.
Mesmo assim a mulher mal tocou o solo e já voltava a atacar.
Enquanto isso a Canário Negro conseguia se manter equilibrada ao enfrentar a outra guarda-costas, acertando e defendendo tantos golpes quanto sua adversária, esta se surpreendendo com as capacidades da americana.
- Não vai usar seus poderes? - Durante uma rápida pausa a wakadiana deu voz à sua curiosidade.
- Você não mostrou nenhuma capacidade fora do comum... - A Canário deu um sorriso, tirando o colar que já estava desativado, sabendo que não precisava mais fingir e não querendo admitir o quanto estava gostando daquela luta. - Não seria justo para você...
As duas agora trocavam um sorriso, voltando em seguida para a luta, fazendo boa parte da plateia masculina urrar de entusiasmo.
Na bancada real estavam a mãe de T'Challa, a rainha de Wakanda, sentada num trono, à sua direita a filha Shuri e à esquerda Mari, que não ousava ajudar seus amigos, uma vez que seus pais ainda eram mantidos como reféns.
Ao lado da bancada uma enorme figura mantinha-se escondida sob grossos panos, não deixando um centímetro de seu corpo à mostra, mas com uma alegria que mal cabia em seu peito.
- Isso mesmo macacos... Continuem a dançar conforme a minha música...
Sem que ninguém visse, outro ator daquela estranha peça, não deixava de olhar para o lado da bancada real, esperando o momento certo, que aconteceria em seguida.
Um estrondo se fez ouvir, instantes antes de uma moderna nave aparecer sobre a arena, atraindo todas as atenções.
“É agora!!” Foi o pensamento compartilhado por várias pessoas na arena e na plateia.
O que aconteceu a seguir foi o resultado de um complexo jogo, que vinha sendo planejado a um bom tempo e que poderia definir um destino trágico ou não para toda a África.
- Chegou a hora! Venham!
Ao ouvir as palavras do Pantera Negra, o Homem Hora jogou em sua boca uma pílula Miraclo e, logo após a engolir, partiu para o ataque, não querendo que nenhum dos seus amigos tivesse sequer a chance de escolher o rei de Wakanda.
Ele sabia que nem Clint, nem Dinah fariam frente àquele oponente.
Desse modo eles se ocuparam de enfrentar as guarda-costas do rei, achando a princípio que elas não seriam oponentes tão difíceis, baseados apenas no pequeno confronto do hotel.
Não poderiam estar mais errados.
As duas mulheres já não tinham mais nome, agora apenas sua missão lhes interessava e era para isso que dedicavam totalmente suas vidas.
Proteger o rei.
Se necessário com suas vidas.
Era o que elas pretendiam, enquanto lutavam contra os americanos, mas sem deixar de prestar atenção na luta do Pantera Negra, caso fosse necessário elas abandonariam seus combates para defender seu rei.
Mesmo assim o Gavião Arqueiro mal conseguia colocar uma flecha em seu arco e mesmo quando ele as disparava, não acertava uma sequer, enquanto sua oponente já havia tirado seu sangue várias vezes.
Mesmo com o corpo cheio de ferimentos, alguns com certa quantia de sangue escorrendo, o Gavião não desistia, nunca iria dar aquele gostinho aos Wakadianos que lotavam a arena.
Já a Canário Negro, mesmo não tendo mais sorte que seu colega, não deixava de surpreender sua oponente, conseguindo se esquivar de muitos golpes e, mesmo sem usar seus poderes, conseguiu até mesmo acertar uma das guarda-costas do rei.
A wakadiana não iria admitir, mas a americana ganhava cada vez mais seu respeito e ela se pegou imaginando por que seu rei estava agindo daquela maneira, algo incomum até mesmo para ele.
Esse momento de distração lhe custou um soco bem aplicado no queixo, que a jogou no chão da arena.
Canário Negro se manteve em posição de luta esticando uma mão e movendo-a de modo a provocar sua oponente, chamando para o combate e a wakadiana, com um sorriso nos lábios, se lançou ao ataque.
“Droga Bucky...” O Gavião finalmente conseguira colocar algumas flechas no arco, mas todas erraram seu alvo “Onde você está?”
Para responder essa pergunta precisamos viajar no tempo algumas horas e para o outro lado do oceano, mais especificamente o topo de um prédio em Nova York.
- James? – Valquíria se aproximava do Capitão América, ajustando as últimas peças de sua armadura. – Posso estar enganada, mas você não é um desses super-humanos que possuem poder de voo não é?
- Não Bru... Na verdade estou esperando nossa carona.
Antes que a asgardiana pudesse responder um forte vento vindo acima das cabeças deles fez levantar uma nuvem de poeira, ao mesmo tempo em que uma imensa nave começava a surgir acima da casa segura, pairando no ar, enquanto uma abertura surgia e, em seguida um raio de luz atingiu o casal, fazendo com que a Valquíria ameaçasse desembainhar sua espada.
Assim que percebeu que o Capitão América permaneceu calmo, a guerreira guardou sua arma, para se sobressaltar novamente, quando sentiu seu corpo seri elevado do telhado da casa segura, em direção à nave.
- Raio trator... – Quando seu companheiro falou, Brunhild percebeu um tom muito tenso na voz dele, decidindo ficar quieta ao ver que o outro falava mais para si. – Realmente o velho tá se superando...
Em poucos segundos eles já estavam caminhando pelo interior da nave, o Capitão seguindo em frente sem mover a cabeça, enquanto a Valquíria olhava tudo ao seu redor, tentando absorver as tecnologias que iam aparecendo ao seu redor.
- Então... Wakanda?
Um homem loiro, aparentando estar por volta dos cinquenta anos, mas cujo corpo aparentava estar em forma, com uma cicatriz sobre o olho direito e trajando um uniforme negro com detalhes azuis e uma estrela branca no peito recebia o casal, sem tirar os olhos do console à sua frente.
Steve Rogers ainda mantinha sua postura de liderança, que inspirava confiança a todos ao seu redor, uma atitude que o ajudou a sobreviver à guerra do Vietnã e todas as demais desgraças que haviam acontecido em sua vida.
Ainda assim era perceptível a tensão entre ele e seu filho.
Steve ligava uma série de aparelhos e em seguida segurou o manche com força, movendo o mesmo para sua direção, o que fez a nave dar um pequeno solavanco, mostrando que estava se pondo em movimento.
- Desculpem... Estou trabalhando para acertar isso...
O Capitão e a Valquíria se sentaram próximos do piloto e enquanto a garota continuava a se espantar com o avanço tecnológico que a Terra tivera desde sua última visita, o outro se voltava para o piloto.
- Pai... Será que vamos conseguir chegar lá a tempo?
- Essa é uma ótima pergunta garoto... - Ainda sem encarar o filho, o piloto fingia conferir alguns instrumentos. - Wakanda é um lugar muito fechado, em todos os sentidos, mas com um pouco de sorte, e se a nova tecnologia dessa belezinha funcionar, talvez, talvez tenhamos uma chance de chegar até seus amigos a tempo.
- Dinah está lá também...
- Eu sei. Talvez ela troque algumas palavras comigo, mas quanto a isso eu tenho ainda menos esperanças... - Pretendendo dar um fim à conversa, ele ajustou mais alguns aparelhos e só então continuou a falar. - Segurem-se... A viagem será turbulenta.
No instante seguinte a nave pareceu sumir em pleno ar.
De volta à batalha na arena principal de Wakanda, enquanto os americanos se mantinham de pé, para surpresa de todos os presentes, um homem se mantinha escondido, observando não a luta, mas um estranho, envolto em um grande manto, ao lado da bancada real.
“Em breve seu maldito...” Rapidamente as memórias dele voltavam à tona, quando descobriu, através do sangue de seus ancestrais, um terrível plano para a conquista total da África por um monstro, o que mergulharia todo o continente numa sangrenta guerra.
“Isso eu não permitirei... Em nome de minha família, não permitirei” com essas palavras ecoando em sua mente, ele apertou com força os cabos das armas que razia nas mãos.
Longe dali dois técnicos seguiam na direção de se local de trabalho, a sala de radares de Wakanda.
Eles conversavam sobre amenidades, principalmente o assunto do dia.
- Não acredito que nosso plantão era justo hoje! Todo mundo deve estar na arena...
- Nem me fala... A luta prometia demais.
- Ouvi falar que a americana é muito deliciosa...
- Loira né? Eu prefiro as morenas...
- Isso porque é o que mais tem aqui né? Duvido que se uma aparecesse te dando bola você não ia... - Após certa dificuldade em achar o cartão de acesso, um deles abriu a sala, interrompendo sua frase. - Mas o que diabos?!!!
Todos os aparelhos de radar estavam destruídos.
Os técnicos se entreolharam, tentando decidir em silêncio qual ação deveriam tomar, mas antes mesmo de trocarem uma palavra, cada um sentiu um braço forte agarrá-los pelos pescoços.
Uma dor aguda demorou alguns segundos para ser registrada por seus cérebros, mas já era tarde demais.
Ambos caíram no chão já sem vida.
- Não vamos estragar a festa que preparei com tanto carinho... - O outro invasor bateu as mãos uma na outra, como se as limpando e, em seguida, empurrou os corpos com os pés até estes ficarem no centro da sala, trancou a porta e se afastou, assobiando o tema do filme “O poderoso Chefão”.
- Estranho...
- O que foi pai?
- Estamos próximos de Wakanda, mas tem algo errado... – Steve Rogers falava sem tirar os olhos dos aparelhos à sua frente, deixando clara sua preocupação. – Mesmo com toda tecnologia dessa nave, com certeza já teriam nos localizado... Tem certeza de que todo mundo foi preso?
- Segundo o Clint sim... Por que?
- Talvez tenhamos algum outro amigo em Wakanda... De todo modo... Vejam! Chegamos!
Diante da visão magnífica de uma das cidades mais avançadas do mundo, até mesmo a Valquíria deixou de olhar o interior da nave, percebendo que realmente os humanos haviam se tornado capazes de feitos páreos com os dos deuses.
- Por Odin... – Ela percebeu, ao olhar nos olhos de James, que este havia escutado seu sussurro e lhe estendido um sorriso que ela achou encantador “Por Niflheim, o que está acontecendo comigo?” Ainda sentindo-se confusa, mas não querendo aparentar, ela ergueu um pouco sua voz. – E... Hã... como vamos entrar?
- Se realmente não tivermos sido pegos pelo radar, não vejo porque não irmos direto para onde eles estão.
Foi assim que, minutos depois, a nave surgia no ar acima da arena, surpreendendo a quase todos os presentes, mas também servindo perfeitamente para os planos de outros.
“É agora!!”
Na arena o Homem-Hora aproveitava os últimos vestígios de força para acertar o Pantera Negra, que foi lançado longe, mas caiu de pé.
Isso distraiu a guarda-costas que enfrentava a Canário Negro, o que foi suficiente para que a heroína americana conseguisse aplicar um golpe, imobilizando a outra.
O Gavião errou uma última flecha, que foi pega pela sua oponente, que já se preparava para usá-la no pescoço de seu oponente, mas foi impedida pelo som de um tiro, que ecoou pela arena.
Os olhares de todos os presentes se voltaram para a figura de um homem que parecia estar com o corpo totalmente coberto de sangue, que escorria, mas mesmo assim não deixava muito de seu corpo à mostra.
Ele empunhava duas armas, mas apenas uma delas tinha fumaça saindo de sua ponta, o que fez com que a multidão voltasse seus olhos na direção da bancada real, para onde o estranho mantinha seus braços esticados.
O que aconteceu a seguir colocou fim ao confronto do rei e de seus inimigos americanos.
E revelou uma intrincada teia, tecida por um terrível vilão.
Fim.
+ comentários + 6 comentários
Muito bom, João! Gostei demais dessa conclusão da história.
Valeu garoto.
mas assim, FIM? JÁ? COMO PODE?? mwhaha! semg raça você, joão. hunf. mwhaha,de qualquer forma, belo trabalho, o qual acompanhei e voltarei a ler - sem ou com atualização!
Muuuito bom MESMO!
Fiquei tão empolgado na leitura que li super rápido!! Tudo ficou excelente, João! Clint apanhando ficou de mais e a Dinah mostrando suas habilidades de luta foi incrível!
Sensacional!
Que venham os próximos!!!
Eita!!!
Muito boas as descriç~eos das lutas... Sou fanzaço do seu Homem Hora... e ver ele peitando um lutar experiente como o Pantera foi demais!!
E o Steve.. puxa... quero saber o motivo de ele não ter um bom relacionamento com o bucky e com a DInah...
Valeu Raven!
Eu tentei mesmo dar mais detalhes das lutas, que seriam parte importante dessa edição... que bom que, pelo visto, ficou legal!
Ainda irei desenvolver algumas ones ou minis focando nos personagens coadjuvantes do Capitão... Eles estão, aparentemente, fazendo sucesso...hahaha
E em breve haverá explicações sobre a família Rogers/Lance...
Valeu demais, um abração e até a próxima!!
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