A situação na Rússia piora, obrigando Leonid Kovar a interceder junto aos Sovietes Supremos.
Enquanto isso, Victor Stone tem uma dura conversa com seu pai.
Universo Nova Frequencia Apresenta:
Ultimate Titãs # 11 – Sobre Pais e Filhos - Parte 3
Deserto Mojave
Base da Agência Titã
Nos largos corredores que parecem não ter fim, uma figura de grande porte, segue em direção a uma porta, onde se vê escrito “S. Stone”
- Pai, cadê você? - Fala o rapaz, entrando bruscamente sem bater.
- Victor? O que está fazendo aqui a esta hora? – Responde um senhor de meia idade, vestindo jaleco, e com feições cansadas, visivelmente ainda trabalhando em algo no seu laboratório.
- O que estou fazendo aqui a esta hora? O que eu estava fazendo no meio daquela lama toda, naquela hora, onde a droga da minha vida mudou? – Victor golpeia uma das mesas, que se parte, deixando cair alguns objetos de seu pai.
- Victor..meu filho... Já fazem mais de 2 anos que...
- Dane-se! Alguém perguntou se eu queria estar lá? Quando eu disse que não era aquilo que eu queria pra mim você veio me apoiar? Pois não me apóie agora...!
- Se acalme , filho. O que está acontecendo com você? O que quer de mim?
- Quero a minha vida de volta. É isso que eu quero... Tá vendo essa droga de pele sintética? Tá vendo? – Com sua mão direita, Victor arranca facilmente a pele sintética de seu braço esquerdo, mostrando ao pai o quão o material é falho.
- Tá vendo isso? Tá bom pra você?? Será que se eu te pedir pra consertar isso , cê vai me implantar outro dispositivo de defesa que nem aquela droga de “modo automático”?? Quem sabe, da próxima, você me coloca um “modo de destruição”, e eu explodo junto com todo mundo, só pra cumprir uma merda de missão??
- Filho, não é bem assim...
- Como acha que uma garota se sentiria quando visse que minha pele descasca enquanto mandamos ver? Se é que eu posso fazer isso ainda, porque até então eu não tive coragem de encarar uma garota...
- Filho, eu prometo que vou aperfeiçoar o processo, você vai ver. Sabe que a única parte que teremos dificuldade em emular será seu rosto... é uma parte delicada, mas sei que conseguiremos. Um dia, filho, você terá muito orgulho de mim.
- Teria meu orgulho se tivesse do meu lado quando não queria me alistar no exército, pai.
- Sei que agi errado, filho, não pensei em você, não pensei no que você queria. Pensei só em mim mesmo. Mas desde a morte de sua mãe...
- Não bota minha mãe no meio. Ela seria a última a ter qualquer tipo de orgulho de você... e de mim, pai....
- Você agora está acima dessas coisas banais, filho. Você se tornou um grande homem, um grande soldado. Mulheres só dão dor de cabeça.
- Tenho 22 anos de idade, pai. Tem certeza do que está dizendo? Quer mesmo que eu desista da minha vida pra viver assim, como um robozinho? Quer que eu pare de viver e me dedique a uma vida que eu não escolhi? Viva a sua vida, e deixe que eu vivo a minha.
- Victor, não se preocupe. Vamos trabalhar nós dois nisso, e logo-logo, terá quantas mulheres quiser...
- Valeu, pai...
*****T*****
Rússia
Vários homens estão parados em volta de um helicóptero, que pousou ao lado de um prédio isolado e condenado. Leonid Kovar está conectando os últimos cabos de um equipamento de vídeo ao sistema que alimenta a nave. Em suas mão se encontram o que restou de uma armadura de Soviete Supremo, pertencente ao único sobrevivente de uma tragédia que matou algumas dezenas de pessoas no complexo militar russo, onde eram feitos testes para o programa militar batizado de Soyuz.
- Muito bem, general, está tudo pronto. Só nos resta conectar o cabo da interface da armadura na entrada serial, e logo saberemos o que realmente aconteceu.
- Faça-o logo, Leonid. Preciso ver o que arruinou meu projeto.
- Hmmm... são vários arquivos. Parece que nosso camarada Dimitri conseguiu baixar algumas filmagens internas também.
Leonid aciona aparelho, e a gravação mostra que os soldados enfrentaram o próprio sistema de defesa do lugar, que , por algum motivo desconhecido, os atacou. As filmagens culminam nos últimos minutos de vida do capitão Korsakov.
- Foram bravos. Até o fim.
- Korsakov e seus homens eram os melhores, General. A Mãe Rússia sofreu uma grande perda.
- General! Leonid! Analisamos o arquivo de registro, onde constam as entradas e saídas de todas as pessoas que estiveram no complexo... e dentre eles realmente se encontravamam o Dr. Ramsen Norton, Dr. Brad Bedlam, Dra. Katerine Antipoff e o Dr. Ivan Borodin. Um grupo das maiores autoridades em genética dos últimos anos.
- Do qual, dois eram americanos, correto?
- Sim, senhor.
- Dimitri está em condições, soldado?
- Ainda não, General. Os médicos estão avaliando e afirmam que poderemos falar com ele dentro de algumas horas.
*****T*****
Base Mojave
Victor Stone caminha desolado após uma dura conversa com seu pai, o doutor Silas Stone. Todos os funcionários e soldados com quem cruza o caminho se afastam, temendo o mau humor que seu rosto expressa naquela noite. Quando finalmente acha que terá um pouco de paz, o alarme em seu pulso acusa um chamado.
- Mas que droga. A essa hora? O que será que o Eiling quer numa hora dessas.
Victor muda seu percurso e parte em direção a sala de reuniões, e lá encontra seus colegas de trabalho Garth, Donna, Joey, Rachel e Mite.
- Beleza, rapaziada? General, como está o senhor?
- Tudo bem, Victor. Sente-se. Onde está o Harper?
*****T*****
Quarto do Agente Harper
Roy Harper estava descansando quando seu comunicador de pulso começou a tilintar, e logo depois foi arremessado contra a parede.
- Mas que merda... o que aquele porra do Eiling quer numa hora dessas, chá com bolachas?
- Roy? – Seguidas vezes, alguém bate à porta do quarto de Roy.
- Quê que foi?
- Roy, levante-se temos uma missão.
- Vão se danar, todos vocês. Eu preciso descansar um pouco.
- Roy, é sério. Um dos nossos pode estar morto. Nós temos de investigar.
- Já morreu, não morreu? Ou por acaso alguma das aberrações desse grupo pode ressuscitar pessoas?
Bastou essa ultima piada, para que Victor derrubasse a porta do quarto, sem ao menos perder uma gota de suor.
- Mas que mer.. aê, ô negão. Cê não pode entrar assim no meu quarto.
Antes que o tanque humano parta pra cima de Roy, a jovem Rachel entra na frente dos dois, e senta-se ao lado de Roy, demostrando amizade.
- Roy. Está se drogando de novo?
- Quê? Eu... não, eu... droga, gata... não consigo esconder isso de você... prometo que e´a ultima vez, ta bom?
- Não prometa o que não pode cumprir, Harper. Essas atitudes põem em risco nossa equipe. Serei obrigado a tomar a liderança de você.
- Que mane´ tomar o que, cara. Vê se te coloca no teu lugar. Eu to bem, cê não ta vendo?
- Sinceramente? Creio que não. Está decidido.
- Espera. Deixa eu ir tomar um banho. Eu juro que to bem.
- Tem certeza? Não quer ficar? – Rachel toca no queixo de Harper, mas não só por compaixão, mas para ter certeza, vendo no fundo de sua alma, que ele pode continuar a ser o líder de campo do grupo.
- Tenho, sim, vampirinha... tenho sim...
- Ok, Roy. Vá se arrumar. Grant está esperando no helicóptero.
O helicóptero os aguarda no heliporto. Victor Stone está sentado ao lado do piloto, Grant Wilson. Nos bancos de trás estão Garth, Rachel, Joseph, Mite e Donna. Eis que de longe o olho cibernético de Victor avista Roy Harper, armado e pronto. Ele caminha em direção ao veículo terminando de fechar a jaqueta de seu uniforme negro, com detalhes em vermelho,o padrão usado por todos os membros da elite da Agencia Titã. e carregando um longo arco em suas mãos.
- É isso aí, meus bróders. Pensaram que se livrariam fácil de mim? Vamos nessa.
Grant aciona alguns comandos e o helicóptero parte em direção ao seu destino: Rússia.
*****T*****
Rússia
Uma enfermeira acaba de deixar um dos aposentos provisórios, montados especialmente do lado de fora do complexo russo destruído para atender os sobreviventes. Tudo estaria certo se não fosse um pequeno detalhe. Não houve sobreviventes.
A única pessoa que está sob tratamento agora é Dimitri Pushkin. Curiosamente, um dos homens enviados para resgatar os sobreviventes, e teve de ser resgatado. Ao seu lado está o homem que salvou sua vida, Leonid Kovar, um meta-humano que trabalha para o exército russo. Dimitri também trabalha para o exercito russo. Ele serve a pátria como um Soviete Supremo, tropa de soldados treinados, que utilizam uma armadura de alta tecnologia, que se encontra em constate aperfeiçoamento desde a década de 50, como um dos projetos russo para criar um exército que emule poderes meta-humanos.
- Dimitri, está tudo bem? O homem ruivo, de trajes militares, e portando uma estrela vermelha no peito, segura na mão de Dimitri, que abre os olhos e gesticula afirmativamente.
- Leonid... sim? Obrigado por ter salvo minha vida camarada. Estou em débito, e não folgarei em retribuir o favor um dia.
- Claro que sim, Dimitri. Claro que sim. Então, como se sente?
- Estou bem, mas a equipe do capitão Kosakov... meu Deus... uma criatura... um ser ... gigante. Matou a todos. Temos de destruir o lugar, camarada Leonid. Para que aquela coisa não escape para a superfície.
- O que é essa coisa, soldado? Um homem,? Um meta-humano?
- Ele com certeza não é um homem, senhor. Não é deste mundo. Disso eu posso ter certeza. Aquele monstro parecia ter uns 20 metros de altura.... não é humano...não é....
Após alguns minutes de conversa, do lado de fora do abrigo, um rugido de motor toma forma, até que uma ventania toma conta do acampamento improvisado.
Um helicóptero se aproxima, e pousa no meio do acampamento.
O General Yurij prontamente comanda um pelotão de soldados que estão com armas a postos , afim de recepcionar os visitantes. Logo que vê o veículo descendo, Yurij se aproxima, querendo se certificar de quem poderia chegar em hora tão difícil para seu país.
- Mas quem...?
- Saudações amigos russos. Eu sou o Agente Roy Harper, comandante da Tropa de Interceptação Tática Avançada de Superseres, ou se preferir, somos os Titãs.
- Ao meu lado estão Victor, Garth, Donna, Joseph, Mite e Rachel, meus operativos.
- Americanos? Porque vieram?
Sem pensar, um dos soldados ruma em direção a Harper empunhando uma arma, e salta em sua direção, derrubando-o.
- Eii, mas o que é isso? Sai de cima de mim, cara.
- Americanos! Por sua causa, bons homens morreram lá dentro.
- Calminha aê, ô esquentadinho! – Roy empurra o homem, enquanto Leonid o puxa pelo colarinho e o retira de cima do estrangeiro.
- Americanos malditos. Um de vocês sabotou projeto!
- Cale-se e retire-se, soldado!
- Obrigado, amigo...- Roy Harper estende a mão para Leonid.
- Sou Leonid Kovar. Muito prazer, agente Harper. Sejam bem vindos á Rússia.
- um momento. O que querem aqui?
- General Yurij, eu presumo. Pode nos contar o que aconteceu aqui?
- Tudo aconteceu muito rapidamente. Nossos cientistas estava finalizando a última etapa de um projeto chamado Soyuz, que visava gerar uma nova linha de defesa para o nosso país, mas ontem, a noite, aconteceu algo. Uma espécie de gás tóxico matou todos os presentes, bem como todos que estava dentro do complexo. Hoje pela manhã foram enviados homens para garantir atendimento aos sobreviventes, mas estavam todos mortos.
- E por acaso, o Dr. Ramsen Norton era um desses cientistas?
- Infelizmente, sim, senhor Harper.
- Não... pai... vivo... grunhe Limite, o gigante dourado.
- O que é esta... criatura?
Victor Stone toma a frente, sabendo que seu amigo Harper poderia soltar alguma besteira, e explica a origem de Limite.
- Este é Limite, um de nossos operativos. Ele é fruto de um dos projetos inspecionados pelo Dr. Norton, anos atrás. Talvez resultante do mesmo projeto feito em parceria com vocês, russos.
- Sim, claro, eu me recordo. Me disseram que a parte americana do projeto ficou meio.. prejudicada.
O homem olha atentamente para o gigante dourado, que esboça curiosidade.
- Acha mesmo que a palavra “prejudicado” se aplica ao nosso amigo? – Interroga Victor, enquanto Limite mostra grande força física pegando, com uma mão só, Leonid pela cintura.
Os soldados prontamente travam mira em Limite, que etá com Leonid em suas mãos.
- Calma, amigo. Parece que ele, de alguma forma , me reconheceu. Prazer, Limite. Eu sou Leonid Kovar, sua contraparte russa no projeto Limite.
- Limite... tem... irmão...?
- Sim, Limite... nós somos como irmão, ganhamos nova vida através de um projeto do doutor Norton.
- Pai...
- Muito bem, pessoal, chega de conversa. É hora de agir. Por que vocês estão dizendo que a explosão foi causado por um americano?
- Não existe fundamento para as coisas que aquele soldado estava dizendo, Harper. Só temos de oficial, que tínhamos dois americanos envolvidos no projeto: o Dr. Ramsen Norton e o Dr. Brad Bedlam. Por favor , desconsidere.
Enquanto isso, Victor observa atentamente uma pequena tela localizada em seu pulso esquerdo, onde ele está baixando os arquivos de imagem de todos os cientistas cadastrados nos sistemas do Cadmus.
- E podem desconsiderar mesmos, amigos. Não existe nenhum registro de nome Bad Bedlam como cientista em qualquer parte do mundo. Com certeza não é americano, e nem russo. Estamos atrás de um fantasma.
Yurij vai de encontro a Victor, pedindo para que ele viesse até os sistemas de computador onde estão salvos os registros de identificação de todos que estava no complexo, e abre na tela a página onde mostra a imagem do supostos Brad Bedlam.
- Senhor...
- Stone. Victor Stone.
- Senhor Stone, está me dizendo que este homem não existe?
Imediatamente, o olho cibernético de Victor capta a imagem facial de Bedlam, e cruza com todos os bancos de dados disponíveis através de uma rede especial que o conecta a todas as redes de inteligência americanas e algumas redes mundiais a qual ele tem acesso.
- Não existe absolutamente nenhum registro desse homem. Sinto muito.
- Camaradas, temos o homem que procuramos. Só nos resta saber suas motivações. Qual o interesse em sabotar o projeto Soyuz? Pra quem trabalhava?
- Estas perguntas, general, só serão respondidas se encontrarmos o canalha vivo.
- Leonid, acredita que o maldito possa ter sobrevivido a este inferno?
Instintivamente, Rachel Roth dá um passo a frente.
- Não há ninguém lá dentro. Não restou ninguém com vida. Não sinto mais suas almas. Não sinto nada.
_ General Yurij. Nós precisamos levar o corpo de Norton de volta ao solo americano. Antes de tudo, ele era um cientista do Cadmus. Temos de levá-lo.
- Concordo, senhor Stone. Só peço que nos ajude a desvendar esse mistério, e se possível, achar alguém com vida.
- Minha colega aqui já afirmou não existir mais vida lá dentro. Acredite, Rachel não erra.
- Camaradas. Como já sabem, o ambiente lá dentro é altamente toxico. Queiram vestir este protótipo de armadura dos Sovietes Supremos. Elas vão proteger vocês do gás, que , no momento, presume-se ter diminuído desde o acontecimento de ontem.
- Oque? Essa não, agora somos cobaia pras armaduras novas desses caras ? - Leonid Kovar se vira, já vestindo um dos protótipos, e encara Roy.
- Coloque. Eu lhe garanto. Ela funciona.
- Donna, eu não vou com vocês.
- Porque, Rachel? O que está acontecendo?
-Eu sinto a dor dessas pessoas que perderam a vida. Não vou suportar entrar lá. Eu não sou uma agente de campo.
Roy olha para a garota, com um sorriso bobo no rosto.
- Tudo bem, vampirinha. Pode ficar com o pessoal aqui de fora.
- Esperem!
Um homem sai de dentro de um dos abrigos, com uma armadura de Soviete Supremo, segurando o capacete em suas mãos.
- Será um prazer trabalhar ao seu lado, Dimitri. Está pronto?
- Como nunca, Leonid.
Ainda do lado de fora, os membros dos Titãs fazem os últimos ajustes em suas armaduras, para garantir que não se rompam em contato com o gás.
Todos prontos, um a um, os destemidos soldados americanos e russos partem rumo ao desconhecido, abrindo a comporta que leva para o complexo condenado. Entram Leonid, Dimitri, Roy, Victor, Donna, Garth, Joey e Mite, seguindo em silêncio, até a escotilha que dá acesso ao níveis inferiores do complexo. Dimitri e Victor possuem a planta do local em seus computadores pessoais, guiando o pequeno e poderoso grupo até a fonte de toda aquela destruição.
- Muito bem , pessoal, parece que a partir daqui, teremos problemas... meu sistema acusa que o sistema de defesa já sabe da nossa presença. Alguns módulos de ataque já estão nos aguardando.
- Deixem comigo, Vic, pois assim que eu entrar lá, eu acabo com eles.
Não tenha tanta pressa, Roy. Na verdade são quatro canhões já apontados para a abertura da escotilha, que está danificada, segundo Dimitri nos informou anteriormente.
- Vamos usar o elemento surpresa...
no nível inferior, quatro canhões de energia estão postos em direção da entrada da escotilha. A luz vermelha acesa no fronte dos equipamentos mostra que estão todos devidamente ativados em modo rastreio. Qualquer movimento captado pelas máquinas resultará em rajadas altamente destrutivas.
Subitamente , dois rombos no solo, em locais afastados da escotilha, mas quase que no centro de cada par de canhões, se abres, provavelmente feitos de um lado por Donna, e do outro por Dimitri. Em seguida saltam do rombo, Roy e Leonid. Todos atacam certeira e simultaneamente. Donna com sua espada, corta os fios que ligam os canhões ao sistema de defesa, tornando-o inoperante. Dimitri utiliza sua força e, antes que o canhão consiga se mover em sua direção, ele é arrancado da base e arremessado contra a parede. Roy, ao mesmo tempo em que gira o seu corpo para a direção oposta em que o canhão tende a se mover, atira uma flecha contendo números de dois dígitos que tem em seu mostrador algo como 03,02,01... após, uma explosão é ouvida pelos membros que ficara um nível acima. Leonid destrói o canhão reservado a ele com apenas um simples soco.
- Um soco... o cara derrubou o canhão com um soco...
- Porque estranha, camarada Harper?
- Você não parece ser tão... hã... ah, deixa pra lá.
- Provavelmente minha força física seja equivalente ao de seu amigo Limite.
Limite acaba de descer ao nível em que seus companheiros se encontram, ao lado de Joey e Garth.
- Limite... forte...
Joey e Leonid esboçam um sorriso por debaixo dos capacetes.
- Bom, vamos nessa pessoal. - Diz com voz de comando, o agente Harper.
- Alguém sabe explicar porque não ativam todo o sistema de defesa pa matar a gente?
- Talvez os geradores teriam sido danificados com a explosão inicial, ou, talvez, porque “querem” que a gente chegue em algum lugar lá embaixo, Roy.
- Hmmm... talvez seja uma armadilha...
Os oito soldados alcançam o nível seguinte, mas são surpreendidos por um dos automatos mecânicos do sistema de defesa.
- Um robô! Cuidado, pessoal, espalhem-se.
Um metralhadora chaingun acoplada ao ombro de Victor começa a girar, e dispara uma rajada de projeteis em direção ao droide de combate, enquanto Dimitri e Donna voam até sua cabeça, golpeando o pescoço do autômato até sentirem que ele se desencaixou do tronco. Com um jogo de corpo, rapidamente a criatura de metal consegue se desvencilhar dos dois, inicia um combate corpo a corpo com Leonid e Garth, que entram num embate com a criatura.
- Meus projeteis não fazem efeito. De que materiais são feitos?
- Não tenho certeza, mas dizem que o metal não é da Terra, camarada Victor.
- Metal alienígena? Mas como...?
- Tem coisas que é melhor nem saber, camarada.
Leonid e Garth são meta-humanos de força física ímpar, e logo são auxiliados por Limite, que apesar de não entender muito do que está fazendo, se diverte com aquilo.
Com sua espada, Donna abre um rombo na couraça externa das costas do droide, enquanto Roy atira uma flecha que dá uma descarga elétrica, causando um curto-circuito no robô, que começa a atacar a esmo, sem uma mira fixa. Ele consegue derrubar Leonid e Limite com um golpe, e pega Garth pelas pernas, arremessando-o contra Victor... Garth se levanta, e furioso, parte pra cima da criatura metálica, que, distraído por Joey, que atira no andróide com um rifle, e crava seus dois braços na abertura anteriormente feita por Donna, atravessando o droide com as mãos.
O autômato pára, e golpeia Garth, que cai ao chão.
Joey Wilson dispara conta a cabeça do robô.
O droide cai ao seu lado. Os braços da armadura de Garth foram danificados. O gás penetrou na rachadura da armadura. Ele começa a se debater, querendo retirar o capacete. Donna tenta o ajudar a se livrar do equipamento, mas é impedida por Leonid, que afirma que ele morrerá mais rápido, se fizer isso.
- Garth! Garth, fala comigo!
Todos ficam cabisbaixos diante do corpo caído do companheiro.
Instintivamente, Donna o pega nos braços, e começa a chorar.
Continua...
Deserto Mojave
Base da Agência Titã
Nos largos corredores que parecem não ter fim, uma figura de grande porte, segue em direção a uma porta, onde se vê escrito “S. Stone”
- Pai, cadê você? - Fala o rapaz, entrando bruscamente sem bater.
- Victor? O que está fazendo aqui a esta hora? – Responde um senhor de meia idade, vestindo jaleco, e com feições cansadas, visivelmente ainda trabalhando em algo no seu laboratório.
- O que estou fazendo aqui a esta hora? O que eu estava fazendo no meio daquela lama toda, naquela hora, onde a droga da minha vida mudou? – Victor golpeia uma das mesas, que se parte, deixando cair alguns objetos de seu pai.
- Victor..meu filho... Já fazem mais de 2 anos que...
- Dane-se! Alguém perguntou se eu queria estar lá? Quando eu disse que não era aquilo que eu queria pra mim você veio me apoiar? Pois não me apóie agora...!
- Se acalme , filho. O que está acontecendo com você? O que quer de mim?
- Quero a minha vida de volta. É isso que eu quero... Tá vendo essa droga de pele sintética? Tá vendo? – Com sua mão direita, Victor arranca facilmente a pele sintética de seu braço esquerdo, mostrando ao pai o quão o material é falho.
- Tá vendo isso? Tá bom pra você?? Será que se eu te pedir pra consertar isso , cê vai me implantar outro dispositivo de defesa que nem aquela droga de “modo automático”?? Quem sabe, da próxima, você me coloca um “modo de destruição”, e eu explodo junto com todo mundo, só pra cumprir uma merda de missão??
- Filho, não é bem assim...
- Como acha que uma garota se sentiria quando visse que minha pele descasca enquanto mandamos ver? Se é que eu posso fazer isso ainda, porque até então eu não tive coragem de encarar uma garota...
- Filho, eu prometo que vou aperfeiçoar o processo, você vai ver. Sabe que a única parte que teremos dificuldade em emular será seu rosto... é uma parte delicada, mas sei que conseguiremos. Um dia, filho, você terá muito orgulho de mim.
- Teria meu orgulho se tivesse do meu lado quando não queria me alistar no exército, pai.
- Sei que agi errado, filho, não pensei em você, não pensei no que você queria. Pensei só em mim mesmo. Mas desde a morte de sua mãe...
- Não bota minha mãe no meio. Ela seria a última a ter qualquer tipo de orgulho de você... e de mim, pai....
- Você agora está acima dessas coisas banais, filho. Você se tornou um grande homem, um grande soldado. Mulheres só dão dor de cabeça.
- Tenho 22 anos de idade, pai. Tem certeza do que está dizendo? Quer mesmo que eu desista da minha vida pra viver assim, como um robozinho? Quer que eu pare de viver e me dedique a uma vida que eu não escolhi? Viva a sua vida, e deixe que eu vivo a minha.
- Victor, não se preocupe. Vamos trabalhar nós dois nisso, e logo-logo, terá quantas mulheres quiser...
- Valeu, pai...
*****T*****
Rússia
Vários homens estão parados em volta de um helicóptero, que pousou ao lado de um prédio isolado e condenado. Leonid Kovar está conectando os últimos cabos de um equipamento de vídeo ao sistema que alimenta a nave. Em suas mão se encontram o que restou de uma armadura de Soviete Supremo, pertencente ao único sobrevivente de uma tragédia que matou algumas dezenas de pessoas no complexo militar russo, onde eram feitos testes para o programa militar batizado de Soyuz.
- Muito bem, general, está tudo pronto. Só nos resta conectar o cabo da interface da armadura na entrada serial, e logo saberemos o que realmente aconteceu.
- Faça-o logo, Leonid. Preciso ver o que arruinou meu projeto.
- Hmmm... são vários arquivos. Parece que nosso camarada Dimitri conseguiu baixar algumas filmagens internas também.
Leonid aciona aparelho, e a gravação mostra que os soldados enfrentaram o próprio sistema de defesa do lugar, que , por algum motivo desconhecido, os atacou. As filmagens culminam nos últimos minutos de vida do capitão Korsakov.
- Foram bravos. Até o fim.
- Korsakov e seus homens eram os melhores, General. A Mãe Rússia sofreu uma grande perda.
- General! Leonid! Analisamos o arquivo de registro, onde constam as entradas e saídas de todas as pessoas que estiveram no complexo... e dentre eles realmente se encontravamam o Dr. Ramsen Norton, Dr. Brad Bedlam, Dra. Katerine Antipoff e o Dr. Ivan Borodin. Um grupo das maiores autoridades em genética dos últimos anos.
- Do qual, dois eram americanos, correto?
- Sim, senhor.
- Dimitri está em condições, soldado?
- Ainda não, General. Os médicos estão avaliando e afirmam que poderemos falar com ele dentro de algumas horas.
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Base Mojave
Victor Stone caminha desolado após uma dura conversa com seu pai, o doutor Silas Stone. Todos os funcionários e soldados com quem cruza o caminho se afastam, temendo o mau humor que seu rosto expressa naquela noite. Quando finalmente acha que terá um pouco de paz, o alarme em seu pulso acusa um chamado.
- Mas que droga. A essa hora? O que será que o Eiling quer numa hora dessas.
Victor muda seu percurso e parte em direção a sala de reuniões, e lá encontra seus colegas de trabalho Garth, Donna, Joey, Rachel e Mite.
- Beleza, rapaziada? General, como está o senhor?
- Tudo bem, Victor. Sente-se. Onde está o Harper?
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Quarto do Agente Harper
Roy Harper estava descansando quando seu comunicador de pulso começou a tilintar, e logo depois foi arremessado contra a parede.
- Mas que merda... o que aquele porra do Eiling quer numa hora dessas, chá com bolachas?
- Roy? – Seguidas vezes, alguém bate à porta do quarto de Roy.
- Quê que foi?
- Roy, levante-se temos uma missão.
- Vão se danar, todos vocês. Eu preciso descansar um pouco.
- Roy, é sério. Um dos nossos pode estar morto. Nós temos de investigar.
- Já morreu, não morreu? Ou por acaso alguma das aberrações desse grupo pode ressuscitar pessoas?
Bastou essa ultima piada, para que Victor derrubasse a porta do quarto, sem ao menos perder uma gota de suor.
- Mas que mer.. aê, ô negão. Cê não pode entrar assim no meu quarto.
Antes que o tanque humano parta pra cima de Roy, a jovem Rachel entra na frente dos dois, e senta-se ao lado de Roy, demostrando amizade.
- Roy. Está se drogando de novo?
- Quê? Eu... não, eu... droga, gata... não consigo esconder isso de você... prometo que e´a ultima vez, ta bom?
- Não prometa o que não pode cumprir, Harper. Essas atitudes põem em risco nossa equipe. Serei obrigado a tomar a liderança de você.
- Que mane´ tomar o que, cara. Vê se te coloca no teu lugar. Eu to bem, cê não ta vendo?
- Sinceramente? Creio que não. Está decidido.
- Espera. Deixa eu ir tomar um banho. Eu juro que to bem.
- Tem certeza? Não quer ficar? – Rachel toca no queixo de Harper, mas não só por compaixão, mas para ter certeza, vendo no fundo de sua alma, que ele pode continuar a ser o líder de campo do grupo.
- Tenho, sim, vampirinha... tenho sim...
- Ok, Roy. Vá se arrumar. Grant está esperando no helicóptero.
O helicóptero os aguarda no heliporto. Victor Stone está sentado ao lado do piloto, Grant Wilson. Nos bancos de trás estão Garth, Rachel, Joseph, Mite e Donna. Eis que de longe o olho cibernético de Victor avista Roy Harper, armado e pronto. Ele caminha em direção ao veículo terminando de fechar a jaqueta de seu uniforme negro, com detalhes em vermelho,o padrão usado por todos os membros da elite da Agencia Titã. e carregando um longo arco em suas mãos.
- É isso aí, meus bróders. Pensaram que se livrariam fácil de mim? Vamos nessa.
Grant aciona alguns comandos e o helicóptero parte em direção ao seu destino: Rússia.
*****T*****
Rússia
Uma enfermeira acaba de deixar um dos aposentos provisórios, montados especialmente do lado de fora do complexo russo destruído para atender os sobreviventes. Tudo estaria certo se não fosse um pequeno detalhe. Não houve sobreviventes.
A única pessoa que está sob tratamento agora é Dimitri Pushkin. Curiosamente, um dos homens enviados para resgatar os sobreviventes, e teve de ser resgatado. Ao seu lado está o homem que salvou sua vida, Leonid Kovar, um meta-humano que trabalha para o exército russo. Dimitri também trabalha para o exercito russo. Ele serve a pátria como um Soviete Supremo, tropa de soldados treinados, que utilizam uma armadura de alta tecnologia, que se encontra em constate aperfeiçoamento desde a década de 50, como um dos projetos russo para criar um exército que emule poderes meta-humanos.
- Dimitri, está tudo bem? O homem ruivo, de trajes militares, e portando uma estrela vermelha no peito, segura na mão de Dimitri, que abre os olhos e gesticula afirmativamente.
- Leonid... sim? Obrigado por ter salvo minha vida camarada. Estou em débito, e não folgarei em retribuir o favor um dia.
- Claro que sim, Dimitri. Claro que sim. Então, como se sente?
- Estou bem, mas a equipe do capitão Kosakov... meu Deus... uma criatura... um ser ... gigante. Matou a todos. Temos de destruir o lugar, camarada Leonid. Para que aquela coisa não escape para a superfície.
- O que é essa coisa, soldado? Um homem,? Um meta-humano?
- Ele com certeza não é um homem, senhor. Não é deste mundo. Disso eu posso ter certeza. Aquele monstro parecia ter uns 20 metros de altura.... não é humano...não é....
Após alguns minutes de conversa, do lado de fora do abrigo, um rugido de motor toma forma, até que uma ventania toma conta do acampamento improvisado.
Um helicóptero se aproxima, e pousa no meio do acampamento.
O General Yurij prontamente comanda um pelotão de soldados que estão com armas a postos , afim de recepcionar os visitantes. Logo que vê o veículo descendo, Yurij se aproxima, querendo se certificar de quem poderia chegar em hora tão difícil para seu país.
- Mas quem...?
- Saudações amigos russos. Eu sou o Agente Roy Harper, comandante da Tropa de Interceptação Tática Avançada de Superseres, ou se preferir, somos os Titãs.
- Ao meu lado estão Victor, Garth, Donna, Joseph, Mite e Rachel, meus operativos.
- Americanos? Porque vieram?
Sem pensar, um dos soldados ruma em direção a Harper empunhando uma arma, e salta em sua direção, derrubando-o.
- Eii, mas o que é isso? Sai de cima de mim, cara.
- Americanos! Por sua causa, bons homens morreram lá dentro.
- Calminha aê, ô esquentadinho! – Roy empurra o homem, enquanto Leonid o puxa pelo colarinho e o retira de cima do estrangeiro.
- Americanos malditos. Um de vocês sabotou projeto!
- Cale-se e retire-se, soldado!
- Obrigado, amigo...- Roy Harper estende a mão para Leonid.
- Sou Leonid Kovar. Muito prazer, agente Harper. Sejam bem vindos á Rússia.
- um momento. O que querem aqui?
- General Yurij, eu presumo. Pode nos contar o que aconteceu aqui?
- Tudo aconteceu muito rapidamente. Nossos cientistas estava finalizando a última etapa de um projeto chamado Soyuz, que visava gerar uma nova linha de defesa para o nosso país, mas ontem, a noite, aconteceu algo. Uma espécie de gás tóxico matou todos os presentes, bem como todos que estava dentro do complexo. Hoje pela manhã foram enviados homens para garantir atendimento aos sobreviventes, mas estavam todos mortos.
- E por acaso, o Dr. Ramsen Norton era um desses cientistas?
- Infelizmente, sim, senhor Harper.
- Não... pai... vivo... grunhe Limite, o gigante dourado.
- O que é esta... criatura?
Victor Stone toma a frente, sabendo que seu amigo Harper poderia soltar alguma besteira, e explica a origem de Limite.
- Este é Limite, um de nossos operativos. Ele é fruto de um dos projetos inspecionados pelo Dr. Norton, anos atrás. Talvez resultante do mesmo projeto feito em parceria com vocês, russos.
- Sim, claro, eu me recordo. Me disseram que a parte americana do projeto ficou meio.. prejudicada.
O homem olha atentamente para o gigante dourado, que esboça curiosidade.
- Acha mesmo que a palavra “prejudicado” se aplica ao nosso amigo? – Interroga Victor, enquanto Limite mostra grande força física pegando, com uma mão só, Leonid pela cintura.
Os soldados prontamente travam mira em Limite, que etá com Leonid em suas mãos.
- Calma, amigo. Parece que ele, de alguma forma , me reconheceu. Prazer, Limite. Eu sou Leonid Kovar, sua contraparte russa no projeto Limite.
- Limite... tem... irmão...?
- Sim, Limite... nós somos como irmão, ganhamos nova vida através de um projeto do doutor Norton.
- Pai...
- Muito bem, pessoal, chega de conversa. É hora de agir. Por que vocês estão dizendo que a explosão foi causado por um americano?
- Não existe fundamento para as coisas que aquele soldado estava dizendo, Harper. Só temos de oficial, que tínhamos dois americanos envolvidos no projeto: o Dr. Ramsen Norton e o Dr. Brad Bedlam. Por favor , desconsidere.
Enquanto isso, Victor observa atentamente uma pequena tela localizada em seu pulso esquerdo, onde ele está baixando os arquivos de imagem de todos os cientistas cadastrados nos sistemas do Cadmus.
- E podem desconsiderar mesmos, amigos. Não existe nenhum registro de nome Bad Bedlam como cientista em qualquer parte do mundo. Com certeza não é americano, e nem russo. Estamos atrás de um fantasma.
Yurij vai de encontro a Victor, pedindo para que ele viesse até os sistemas de computador onde estão salvos os registros de identificação de todos que estava no complexo, e abre na tela a página onde mostra a imagem do supostos Brad Bedlam.
- Senhor...
- Stone. Victor Stone.
- Senhor Stone, está me dizendo que este homem não existe?
Imediatamente, o olho cibernético de Victor capta a imagem facial de Bedlam, e cruza com todos os bancos de dados disponíveis através de uma rede especial que o conecta a todas as redes de inteligência americanas e algumas redes mundiais a qual ele tem acesso.
- Não existe absolutamente nenhum registro desse homem. Sinto muito.
- Camaradas, temos o homem que procuramos. Só nos resta saber suas motivações. Qual o interesse em sabotar o projeto Soyuz? Pra quem trabalhava?
- Estas perguntas, general, só serão respondidas se encontrarmos o canalha vivo.
- Leonid, acredita que o maldito possa ter sobrevivido a este inferno?
Instintivamente, Rachel Roth dá um passo a frente.
- Não há ninguém lá dentro. Não restou ninguém com vida. Não sinto mais suas almas. Não sinto nada.
_ General Yurij. Nós precisamos levar o corpo de Norton de volta ao solo americano. Antes de tudo, ele era um cientista do Cadmus. Temos de levá-lo.
- Concordo, senhor Stone. Só peço que nos ajude a desvendar esse mistério, e se possível, achar alguém com vida.
- Minha colega aqui já afirmou não existir mais vida lá dentro. Acredite, Rachel não erra.
- Camaradas. Como já sabem, o ambiente lá dentro é altamente toxico. Queiram vestir este protótipo de armadura dos Sovietes Supremos. Elas vão proteger vocês do gás, que , no momento, presume-se ter diminuído desde o acontecimento de ontem.
- Oque? Essa não, agora somos cobaia pras armaduras novas desses caras ? - Leonid Kovar se vira, já vestindo um dos protótipos, e encara Roy.
- Coloque. Eu lhe garanto. Ela funciona.
- Donna, eu não vou com vocês.
- Porque, Rachel? O que está acontecendo?
-Eu sinto a dor dessas pessoas que perderam a vida. Não vou suportar entrar lá. Eu não sou uma agente de campo.
Roy olha para a garota, com um sorriso bobo no rosto.
- Tudo bem, vampirinha. Pode ficar com o pessoal aqui de fora.
- Esperem!
Um homem sai de dentro de um dos abrigos, com uma armadura de Soviete Supremo, segurando o capacete em suas mãos.
- Será um prazer trabalhar ao seu lado, Dimitri. Está pronto?
- Como nunca, Leonid.
Ainda do lado de fora, os membros dos Titãs fazem os últimos ajustes em suas armaduras, para garantir que não se rompam em contato com o gás.
Todos prontos, um a um, os destemidos soldados americanos e russos partem rumo ao desconhecido, abrindo a comporta que leva para o complexo condenado. Entram Leonid, Dimitri, Roy, Victor, Donna, Garth, Joey e Mite, seguindo em silêncio, até a escotilha que dá acesso ao níveis inferiores do complexo. Dimitri e Victor possuem a planta do local em seus computadores pessoais, guiando o pequeno e poderoso grupo até a fonte de toda aquela destruição.
- Muito bem , pessoal, parece que a partir daqui, teremos problemas... meu sistema acusa que o sistema de defesa já sabe da nossa presença. Alguns módulos de ataque já estão nos aguardando.
- Deixem comigo, Vic, pois assim que eu entrar lá, eu acabo com eles.
Não tenha tanta pressa, Roy. Na verdade são quatro canhões já apontados para a abertura da escotilha, que está danificada, segundo Dimitri nos informou anteriormente.
- Vamos usar o elemento surpresa...
no nível inferior, quatro canhões de energia estão postos em direção da entrada da escotilha. A luz vermelha acesa no fronte dos equipamentos mostra que estão todos devidamente ativados em modo rastreio. Qualquer movimento captado pelas máquinas resultará em rajadas altamente destrutivas.
Subitamente , dois rombos no solo, em locais afastados da escotilha, mas quase que no centro de cada par de canhões, se abres, provavelmente feitos de um lado por Donna, e do outro por Dimitri. Em seguida saltam do rombo, Roy e Leonid. Todos atacam certeira e simultaneamente. Donna com sua espada, corta os fios que ligam os canhões ao sistema de defesa, tornando-o inoperante. Dimitri utiliza sua força e, antes que o canhão consiga se mover em sua direção, ele é arrancado da base e arremessado contra a parede. Roy, ao mesmo tempo em que gira o seu corpo para a direção oposta em que o canhão tende a se mover, atira uma flecha contendo números de dois dígitos que tem em seu mostrador algo como 03,02,01... após, uma explosão é ouvida pelos membros que ficara um nível acima. Leonid destrói o canhão reservado a ele com apenas um simples soco.
- Um soco... o cara derrubou o canhão com um soco...
- Porque estranha, camarada Harper?
- Você não parece ser tão... hã... ah, deixa pra lá.
- Provavelmente minha força física seja equivalente ao de seu amigo Limite.
Limite acaba de descer ao nível em que seus companheiros se encontram, ao lado de Joey e Garth.
- Limite... forte...
Joey e Leonid esboçam um sorriso por debaixo dos capacetes.
- Bom, vamos nessa pessoal. - Diz com voz de comando, o agente Harper.
- Alguém sabe explicar porque não ativam todo o sistema de defesa pa matar a gente?
- Talvez os geradores teriam sido danificados com a explosão inicial, ou, talvez, porque “querem” que a gente chegue em algum lugar lá embaixo, Roy.
- Hmmm... talvez seja uma armadilha...
Os oito soldados alcançam o nível seguinte, mas são surpreendidos por um dos automatos mecânicos do sistema de defesa.
- Um robô! Cuidado, pessoal, espalhem-se.
Um metralhadora chaingun acoplada ao ombro de Victor começa a girar, e dispara uma rajada de projeteis em direção ao droide de combate, enquanto Dimitri e Donna voam até sua cabeça, golpeando o pescoço do autômato até sentirem que ele se desencaixou do tronco. Com um jogo de corpo, rapidamente a criatura de metal consegue se desvencilhar dos dois, inicia um combate corpo a corpo com Leonid e Garth, que entram num embate com a criatura.
- Meus projeteis não fazem efeito. De que materiais são feitos?
- Não tenho certeza, mas dizem que o metal não é da Terra, camarada Victor.
- Metal alienígena? Mas como...?
- Tem coisas que é melhor nem saber, camarada.
Leonid e Garth são meta-humanos de força física ímpar, e logo são auxiliados por Limite, que apesar de não entender muito do que está fazendo, se diverte com aquilo.
Com sua espada, Donna abre um rombo na couraça externa das costas do droide, enquanto Roy atira uma flecha que dá uma descarga elétrica, causando um curto-circuito no robô, que começa a atacar a esmo, sem uma mira fixa. Ele consegue derrubar Leonid e Limite com um golpe, e pega Garth pelas pernas, arremessando-o contra Victor... Garth se levanta, e furioso, parte pra cima da criatura metálica, que, distraído por Joey, que atira no andróide com um rifle, e crava seus dois braços na abertura anteriormente feita por Donna, atravessando o droide com as mãos.
O autômato pára, e golpeia Garth, que cai ao chão.
Joey Wilson dispara conta a cabeça do robô.
O droide cai ao seu lado. Os braços da armadura de Garth foram danificados. O gás penetrou na rachadura da armadura. Ele começa a se debater, querendo retirar o capacete. Donna tenta o ajudar a se livrar do equipamento, mas é impedida por Leonid, que afirma que ele morrerá mais rápido, se fizer isso.
- Garth! Garth, fala comigo!
Todos ficam cabisbaixos diante do corpo caído do companheiro.
Instintivamente, Donna o pega nos braços, e começa a chorar.
Continua...
+ comentários + 3 comentários
Esse capítulo foi excelente... As interações entre os personagens e seus problemas pessoais, o Roy e as drogas, o Victor e seu pai, estão muito bem trabalhadas.
A ação na Rússia está sensacional também, consegui visualizar todas as cenas!
Meus parabéns e até a próxima!
Raven, eu sou muuuito a favor de que personagens de outros países ganhem mais destaque...
Valeu, João... então vou pensar melhor sobre isso!
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