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Ultimate UNF: Superboy #2


Dentre todos os poderes que Clark adquiriu por um motivo ainda desconhecido – por todos – ele escondeu vários…

Superboy #2 Surpresa!
Por Pedro Caldeira

Smallville

Era mais um fim de aula. A correria tomava conta dos corredores, mas um vão sempre se abria quando Clark caminhava até a saída. Isso porque ou os alunos tinham medo, ou porque ele mesmo empurrava quem estivesse em sua frente, acertando com o ombro.

Foi na sexta-feira que isso aconteceu…

Percebeu uma movimentação estranha de alguns colegas, que cochichavam pelos cantos, ou na frente dos armários onde guardavam o material escolar.

Afastou-se das meninas mais eufóricas, fingindo beber água no bebedouro, e se concentrou, fechando os olhos – ignorando o ato de matar a sede:

- Lana não quer Clark lá, entenderam?
- Certa tá ela! Que dia é a festa?
- Hoje de noite mesmo tá tudo sendo feito em cima da hora pra não correr o risco do super-chato aparecer por lá.

Seguiu-se o som da risada. E um peteleco, que arrebentou o botão de pressão do bebedouro.

Os óculos cobrindo os olhos vermelhos de raiva, peito estufado, ombros abertos, e nerds, atletas e patricinhas sendo jogadas às paredes.

Rancho Clark

A música entoada era inaudível. Clark podia até ter muitos dons, mas cantar não era um deles; muito menos enquanto se ensaboava sob a ducha.

- Let’s stay togetheeeeeeeeeer…!

Saiu enrolado na toalha, parou frente ao espelho e mexeu cada músculo.

- Rapaz, você é forte pra caralho!

A calça jeans deitava sobre a cama, junto com a blusa, meias, o par de tênis e a cueca, onde havia um S de “super” bordado.

A porta do quarto é aberta bruscamente. Um susto. Um ciclone.

- Já disse que tem que bater antes de entrar?
- Meu filho, me perdoe, é que está na hora do…
- Eu nem pude terminar meu processo de pré-festa, Martha! – disse, terminando de se vestir: só lhe faltava a camisa.
- Você vai sair?
- Claro, não tá vendo?
- Para onde?
- Aniversario de Lana. Hoje e vou dar uns pegas nela.
- Estive com a mãe dela mais cedo, e ela não me contou nada sobre isso.
- Eu ouvi uns comentários, por isso eu vou.
- Vai sem ser convidado?
- Qual o problema?
- Bom, se alguém quisesse sua presença em algum lugar, certamente o convidariam.
- Esqueceram de m chamar.
- Clark!
- Tá dizendo que Lana não quer que eu vá na festinha dela?
- É o que parece.
- Ela vai ter que dizer isso na minha cara!

A costumeira lufada de vento, que deixou o quarto mais bagunçado, e uma mãe preocupada.

Sim, ele já estava na casa da aniversariante, arrumando os cabelos no espelho da parede.

Ao abrirem a porta, Clark caminhou sacudindo o corpo ao ritmo da música que embalava a festa. Também, foi fuzilado pelos olhares dos convidados, que não acreditavam – ou entendiam – que Clark tava lá.

- Ele foi ou não foi convidado?
- Lana tá maluca, é?

Esses e outros comentários ecoavam baixinho pela sala, mas foram todos, sem exceção, captados pela audição super desse jovem…

Assim que soube da presença do penetra, Lana correu atrás dele.

- Parabéns, gatinha! Trouxe seu presente: eu!

O silêncio foi acompanhado por expressões de curiosidade dos convidados, e pelo olhar furioso da anfitriã.

- Imagino que eu tenha saído cedo do colégio daí você esqueceu de…
- Esqueci de nada, Clark. Você não é bem-vindo na minha festa.
- Qual seu problema, menina? Eu vim te alegrar um pouco.
- Cai fora, antes que eu ligue para seus pais.

Nesse momento, até o rádio fora desligado.

- Lana… - respira profundamente – se sua casa pegar fogo hoje, nem você, nem seus amigos… ninguém deve esperar que eu venha ajudar!

Novamente os empurrões se repetem, mas desta feita não eram na escola…

Voando rasante, sentia seu perfume – colocado caprichosamente - se desfazendo em contato com o sereno.

- Festa chata. Gente chata. Música chata

Ouviu gargalhadas.

Olhou para baixo e viu três pessoas, sentadas na rua, segurando sacos de papel e fumando cigarro.

Pousou.

- Ih… olha se não é o “cara”!

Stewart, Dan e Wesley.

- Tão fazendo o que aí?
- Nada que te interesse, super-cara!

Clark segura Stewart pela gola da camisa.

- Não me faça repetir!
- Ok, ok! – ressabiado – Tâmo de bobeira… em busca de diversão.
- É, super! Se você é o cara, deve saber onde tá rolando uma festinha legal!
- Hum…

Um sorriso sarcástico.

- Tão a fim de perturbar?
- Claro! – resposta em coro.
- Vamos nessa!

*****************

Os quatro davam risada frente ao letreiro chamativo em neon rosa, dos homens bêbados escorados nas paredes, e das mulheres, com roupas sumarias, desfilando pela calçada: BHNight.

- Tá maluco, cara?
- É, a gente não pode entrar aí!
- Calem a boca e venham comigo.

Ao chegarem na porta, foram barrados pelo segurança.

- De menos não entra.
- Qualé, leão de chácara?!
- Sabe quem ele é?
- Hein? Sabe?
- Sabem quem eu sou?
- Não quero saber. De menor não entra. Agora deem o fora.
- Se eu quebrar seu dedo – pergunta Clark – você deixa a gente entrar?
- Moleques… é proibido o acesso de menores. Qual a dificuldade em entender isso?
- Sabe – diz Wesley – é aniversário do bróder aqui… ele nunca dormiu com uma mulher…
- Ele é filé, saca?
- Então, deixa a gente ajudar o cara!

O segurança olha para Clark.

- Isso é verdade?

Resposta: um olhar sério.

- Se cês aprontarem alguma coisa, mato todos e enterro no estacionamento.

Os três gritam, alegres, mas Clark bate com o ombro no ombro do segurança. A consequência? Ele se bateu contra a parede e desmaiou…

- Isso que é festa!

Foi a primeira coisa que Clark disse ao entrar na “casa de show”. Seus olhos viajavam nas mesas de sinuca, nas máquinas de caça-níquel, nas pessoas bebendo e, principalmente, nas mulheres fazendo strip tease no palco, em postes.

- Cara, toma isso! – uma garrafa de cerveja voou na sua direção. Depois de pegá-la, abriu com os dentes, o que deixou muitos espantados, inclusive um grupo de motoqueiros mais afastados.

Tempo isso, a bebida já rolava sem preocupação. Com ela, vieram também os primeiros tragos de cigarro. Algumas tosses, claro, e a descoberta da “fumaça congelada”. (Outro “dom” a ser explicado noutra edição…)

Gritos vindos da mesa dos motoqueiros chamaram a atenção dos “novos amigos”: tava rolando quebra-de-braço. Clark, cambaleando, chegou lá e apoiou a mão no ombro de um dos homens barbudos e tatuados.

- Posso?

Gargalhadas. O que recebeu o toque falou:

- Isso aqui é coisa de homem!
- Se você ganhar de mim, eu pago toda a cerveja que conseguir beber.
- Rárárá! Fechado.

Um motoqueiro joga Clark na cadeira.

- Espere! E se eu ganhar?
- Isso não vai acontecer.
- Se eu ganhar?
- Tá, tá. Se você ganhar eu pago aquela belezura ali pra você se divertir – e aponta pra uma dançarina vestida apenas de biquíni.
- Fechado!

Mãos postas, braços preparados.

Enquanto o motoqueiro suava, se esforçando, Clark, com a outra mão, abria uma cerveja e bebia o conteúdo.

O que se ouviu em seguida foi uma combinação de ossos quebrados, mesa partida ao meio e garrafas de vidro estilhaçando no chão. Incrédulos, os motoqueiros ajudavam o amigo caído, humilhado, enquanto o vencedor ia com a mulher para o quarto, sorridente.

O sol mal havia raiado e o galo começava a cantar. Se mexendo na cama, Clark, com a mão dentro da cueca, resmungava, querendo dormir mais…

- Levante!

A voz de Jonathan era como um trovão.

- Levante, Clark! Agora!
- O que é? – reclamava, enquanto colocava as mãos na cabeça, sofrendo com a forte dor. Com a ressaca.
- Você bebeu?
- Não.
- Fumou?
- Não.
- Foi a um clube de strip tease?
- Não.
- Fez sexo com uma garota de programa?
- Não.
- Então, como me explica isso?

Ao abrir os olhos, realmente, viu um policial na porta, que, por sorte, era amigo da família e, com certeza, aliviaria a crise. Viu também, nas mãos do pai, um papel.

- Isso aqui é do hospital, Clark. Você está sem mesada até completar 21 anos.
- O que? Como assim?
- Você quebrou o quadril de uma prostituta. Entrou num bar proibido para menores. Bebeu,fumou, deixou o segurança desacordado, um motoqueiro com a mão esfarelada, e, na volta pra casa, jogou o carro do pai de Lana praticamente dentro da casa dela.
- Nada a ver!
- Acha o castigo pouco? É, eu também…
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+ comentários + 6 comentários

29 de julho de 2010 às 08:59

poisé, nery... odeio esse babaquismo, saca? é ser uma pessoa muito chata pra ter super-poderes e ser exemplar, mwhahahaha! mas aos poucos vou construindo essa nova versão, né?
e as cosas vão se intensificar, ainda mais depois daquele vídeo que me mostrou, mwhahaha!

29 de julho de 2010 às 12:41

Nossa... Esse Clark realmente é um adolescente detestável... Quero só ver o que vai acontecer prá ele tomar jeito...
um ótimo capítulo cara!
Parabéns e até mais!!

29 de julho de 2010 às 15:02

nem eu aguento escrever esse porre, mwhahahaha! desculpe por estar em falta com a leitura de vocês, mas esse fim de semana lerei tudo e comentarei todos!!

30 de julho de 2010 às 09:47

Cara, que Clark mais chato!! Acabei de ver Samllville e vim ler seu Superboy... Putz que contraste xD Tomara que esse irresponsável se dê muito mal na vida...
Parabéns e até a próxima!!

30 de julho de 2010 às 10:20

mwhaha! viu o contraste? porra, se eu tivesse esses poderes todos nem seria todo certinho, pode apostar...
agora vou ler bloodrayne, porque o filme que vi ontem à noite na band me deixou traumatizado, mwhahahaha!

13 de agosto de 2010 às 17:42

mwhahahahahaha! poisé, lelecoaa... isso é só o começo!! valeu pela leitura!!

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