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Ultimate UNF: Titãs # 9















Sobre Pais e Filhos - Parte 1

Os russos também tem seu próprio projeto de Super-Soldados Meta-Humanos. Mas algo deu errado, e um acidente faz com que os Titãs unam forças com os Sovietes Supremos em busca de sobreviventes!








































Russia

Base subterrânea de Stravinsky

Com a temporada de caça ás bruxas no final da década de 60, muitas mentes brilhantes e heróis que não abaixaram a cabeça diante do governo anti-metahumano desertaram dos EUA, indo para a antiga União Soviética, equilibrando a balança de poder, impedindo que os EUA expandissem sua influencia e poder bélico por todo o mundo.

Hoje, vários cérebros importantes estão reunidos nesta sala, com o intuito de finalizarem a 3º etapa do Projeto Soyuz, iniciado meio século atrás, visando o desenvolvimento de superseres em grande escala, bem como a criação de armamentos baseados na energia gerada pelo “conversor cósmico”, outrora pertencente ao mascarado conhecido como Sideral, um dos superseres que migraram para a Rússia.
Após alguns fracassos anteriores, os cientistas envolvidos com o Soyuz vêem o dia de hoje como o próximo passo em direção ao novo mundo...
- Dr. Norton, como vão as pesquisas?
- General Yurij... é uma honra tê-lo em nosso complexo no dia de hoje.
-Fique tranqüilo, camarada... não estou aqui hoje para lhes apressar, uma vez que ouvi dizer que estão em um estágio avançado, não é correto?
-Sim, senhor, general. Pensamos que até o final do dia de hoje, teremos um resultado satisfatório esperado a anos. Creio que o resultado que iremos obter será ainda mais impressionante que o que conseguimos a oito anos atrás, senhor.
- Ótimo, Dr. Norton. Pois aguardemos, então. Digo que desde já, aprecio muito a colaboração de todos os camaradas americanos que se prestaram ao desenvolvimento deste projeto.
- Vejo também que os protótipos das armaduras já ficaram prontas e em pleno funcionamento, não? – diz Norton enquanto observa com olhar clínico as armaduras dos dois homens que acompanham o general.
- Sim, Dr. Nós os denominamos os Sovietes Supremos. As armaduras estão em seu estagio de testes, mas garantimos que não há dubialidades quanto ao seu funcionamento.
Yurij, um homem robusto pela adiposidade, cerca de 60 anos de idade, caminha á passos curtos em direção ao lado esquerdo da sala, que guarda 4 tanques repletos de um líquido esverdeado, ligados a estranhos fios e tubos contendo em seu interior o que parecem ser homens e mulheres, soldados voluntários do Projeto Soyuz, visando a perfeição humana afim de defender com maior eficácia o seu país. Ao lado das câmaras, Sovietes Supremos fazem a guarda, para assegurarem a segurança de todos os participantes do projeto e de quem estiver no recinto.
- Faça valer este experimento, Norton. Estes são bons homens...valorosos soldados... faça valer, doutor. Todos eles passaram por vários e rigorosos testes de aptidão física e mental, se esforçaram porque realmente queriam fazer a diferença. Essa é a chance deles. Essa é a nossa chance.
- Riram de mim na América, general. Mas não mais isso irá se repetir... eu prometo.
-Dr. Norton!
-Estou aqui, Dra. Antipof, o que deseja?
-Dr. Norton, os outros o estão aguardando.
- General, permita que eu me retire.
- Pode ir , doutor...pode ir.
Enquanto Norton caminha ao lado da Dra. Antipoff, o general e os dois Sovietes Supremos se retiram

*****T*****
Deserto Mojave.
Base da Agência Titã


Um homem negro, alto e forte se exercita na academia do Complexo Mojave. Seus músculos se contraem enquanto levanta pesos acima do nível humano, fazendo ruídos que soavam como pistões e juntas mecânicas. O Homem mal começa a suar, quando chegam ao seu lado um rapaz de cabelos compridos e olhos púrpuras, ao lado de uma linda morena de olhar frio e profundo.
- Olá, Vic! Podemos partilhar de sua companhia e dos aparelhos?
-Claro, Garth. Fiquem a vontade. Essas drogas aqui não fazem nem cócegas em mim. Vou pedir pros manda-chuvas dessa espelunca melhorarem estes aparelhos. Afinal, eles acham que estão lidando com quem?
Um esforço maior de Victor rompe o que parecia ser uma espécie de pele sintética, revelando próteses mecânicas reluzentes diante das luzes da academia.
- Droga! Meu pai tem de melhorar essa porcaria de pele sintética. To de saco cheio de fazer um esforcinho qualquer e essa droga se romper.
- Calma Victor. Seu pai está se esforçando pra te ver feliz e...
- Feliz? Quem é feliz?? O que sabe de felicidade, sua maluca? - Victor se levanta do banco do aparelho onde se exercitava e caminha em direção aos dois - Acha que eu vou ficar feliz simplesmente por que me prometeram minha pele de volta? Como acha que eu me sinto nessa droga de corpo de plástico e metal?
- Calma Vic, ela não falou por mal... Seu pai...
- Meu pai? Meu pai não liga pra mim, Garth.. Ele só liga pra essa merda de experiência. Eu sou isso pra ele, uma experiência... Um robozinho que ele brinca toda hora de desmontar e montar...
- Acalme-se Victor, nós sabemos como se sente... – Donna coloca a mão esquerda sobre o ombro de Victor, que olha com desdém, esse dirige-se em direção a porta de saída.
- Vocês têm sorte de não terem conhecido seus pais...
Garth e Donna cruzam seus olhares, e um deles, por mais forte que seja , deixa verter uma lágrima. Garth senta-se e ampara a garota em seus braços, afagando seus cabelos e dizendo palavras de conforto.
Victor sai em disparada em direção ao laboratório de seu pai, o Dr. Silas Stone, quando esbarra em uma criatura enorme e de coloração amarela, que seguia rumo á academia.
- Vic..tor... Academia...
- Fala, grandão... a academia fica pra lá, ok?
- Obrigado...
O gigante dourado adentra ao recinto e vê Donna nos braços de Garth, e caminha vagarosamente em direção a eles.
- Donna... chorando...
- Olá, Mite. O que quer aqui?
- Porque ... Donna... chorando...?
- Não é nada, Mite.
Donna levanta sua cabeça e olha pra o gigante, vendo que sua face está entristecida devido a cena que ele estava presenciando.
- Fique tranqüilo, amigo Limite. Victor e nós estávamos discutindo sobre pais...
- Pais... Limite tem pai... Onde está ...pai do Limite?...
- Grandão, seu pai viajou a trabalho, não se lembra?
- Limite... lembra... cadê pai do Limite?...
- Está trabalhando muito, cara, mas logo ele vem te ver.
- Eiiiihhh... e aí galera... malhando ou batendo papo?
Roy Harper, O líder de campo dos Titãs. Cabelos ruivos, molhados, carregando uma toalha nos ombros e um sorrisinho besta no rosto.
- Olá, Roy. Estamos conversando.
- Conversando? Com essa coisa? Ele mal sabe falar!
Limite se enfurece e rosna para Roy.
- Ei, ei , ei, grandalhão... vai pra lá...
Limite se acalma, e deixa de cerrar os punhos e os dentes, e volta a olhar para Donna.
- E aí, sobre o que estavam falando?
- Sobre nossos pais... eu e Donna não temos, ou não os conhecemos...
- Limite... tem pai...
- Fica na tua, monstro. Teu pai é um doido. E um doido traidor ainda por cima.
Os olhos de Limite se inflam de sangue, e ele rapidamente se coloca em posição de ataque e parte pra cima de Roy, agarrando-o pelo pescoço.
- Calma , Mite! Solta ele. – Garth inutilmente tenta dialogar com o Limite, que começa a pressionar o pescoço de Roy contra a parede , amassando o revestimento metálico que se rompe diante de tal pressão.
- Porra, alguém tira esse monstro de cima de mim, urhg...!!
Rapidamente, Donna se refaz e voa pra cima de Limite, agarrando-o com os dois braços, tentando arrasta-lo para trás, ainda em pleno vôo.
Limite a agarra e arremessa contra os aparelhos da academia, sem soltar o pescoço de Roy... Donna vai ao chão em meio aos aparelhos... Garth insinua ir par cima de Limite quando Donna se levanta e dirige-se a Limite com voz macia, fazendo com que o gigante solte Roy.
Limite olha nos olhos da guerreira, e vê novamente o semblante triste de outrora. Limite lembra-se do pai, e esquece das ofensas de seu “parceiro” de equipe.
- Limite... tem pai...
- Claro que sim , garotão, claro que sim... – Donna toca no queixo de Limite, que relaxa os músculos e se senta.
- Droga... vou mandar o general tirar essa coisa da equipe, e vou é agora mesmo.
Roy se limpa e ajeita sua roupa, e segue em direção a porta, mas é interrompido por Garth.
- Roy, sei que você é nosso líder de campo, te respeito e o tenho como amigo... mas estas atitudes o tornam fraco... espero que se desculpe com Limite.
Roy se esgueira pela porta , deixando o recinto sem ao menos olhar para trás.

*****T*****

Rússia

- Dr. Norton! Os doutores Brad Bedlam e Ivan Borodin estão apurando os últimos testes nos voluntários, o senhor deseja acompanhá-los?
- Mas é claro, Dra. Antipof. Do resultado desses testes dependem minha carreira, meu futuro... e até agora tudo caminhou confortavelmente bem, pois seu governo não me pressionou, como acontecia quando eu fazia parte dos projetos americanos de desenvolvimento de super-seres.
- Olá, Dr. Norton. Então quer dizer que não era bem visto na América?
- Não é isso, Dr. Bedlam. Eu tinha muitos recursos, mas tinha de operar com um tempo pré-determinado para a finalização, e os projetos nem sempre tinham um desenrolar favorável quanto a prazos... e sempre ameaçavam cortar custos quando as pesquisas começavam a consumir tempo demais. Você, como americano, deveria saber disso.
- Tempo é dinheiro, Dr. Norton. Tempo é dinheiro.
- O Projeto Soyuz original culminou em 5 espécimes incríveis, mas o poder deles se mostrou um tanto quanto voláteis, e não são confiáveis. Com o tempo e freqüência de uso, afetaria sua saúde, e perderíamos tempo e dinheiro valiosos.
- Creio que esta falha será corrigida no novo projeto, Dra. Antipof, e se formos bem sucedidos, consideremos uma nova reavaliação dos primeiros soldados Soyuz e realizaremos uma tentativa de realinhar seus poderes, para que possam servir sua pátria conforme seu desejo inicial. Lembrem-se que o nosso primeiro projeto em parceria com os E.U.A concluído a 2 anos se deu maravilhosamente bem, com resultados satisfatórios para vocês, camaradas.
- Satisfatórios para nós, camarada Norton, porque os americanos não se deram por satisfeitos com o resultado que obtiveram por lá, visto que o espécime não saiu aos moldes do esperado.
- Aquilo foi conseqüência de um erro externo, do qual eu não tinha controle ou responsabilidade alguma, Dr. Borodin. Algo afetou a câmara onde estava o voluntário,e danificou alguma etapa do processo.
- E isso quase destruiu seu prestígio diante da comunidade cientifica a 2 anos atrás.
Limpando seu suor levando um lenço á testa, o Dr. Norton encara seus companheiros de trabalho, e com uma das mãos, aperta o pedaço de pano como quem está prestes a enervar-se.
- Isso jamais irá acontecer. O mundo se lembrará do Dr. Ramsen Norton como um dos maiores geneticistas do mundo.
- Com certeza, Dr. Norton. E nos levará com o senhor para a fama, não?
- Claro, Dr. Borodin, é claro que sim.


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Base Titãs
Complexo Mojave

Roy Harper caminha em direção á ala onde se encontram os aposentos de toda a equipe principal dos Titãs. Ele retira sua camiseta e a joga ao chão ao entrar em seu quarto.
Suando e um pouco pálido, seus olhos percorrem todo o quarto, até que avista o que procurava. Uma maleta escondida embaixo da sua cama. Roy pega a maleta, e desbloqueando a fechadura por meio de uma senha codificada, ele a abre e retira o que parecia ser instrumentos de primeiros-socorros. Ele prepara uma seringa com um estranho composto de substancias preparadas previamente. Ele amarra o “garrote” e inicia a aplicação. Após o termino, ele pressiona o local aplicado com o dedo polegar e descarta o material dentro de uma caixa e a joga em um incinerador.
Em seguida, Roy se deita e fecha os olhos, e balbucia algo.
- Cara, como eu tava precisando disso...
Roy apaga.

*****T*****

Rússia

Dr. Norton, Dra. Antipoff, Dr. Bedlam e Dr. Borodin contemplam os estágios finais de seus experimentos: a criação da 2ª geração do Soyuz. Quatro soldados russos voluntários para o aperfeiçoamento genético em prol da defesa territorial de seu país.
Enquanto Norton e Antipoff fazem os ajustes finais pra a retirada dos soldados de suas câmaras de sustentação, Ivan Borodin e Brad Bedlam se dirigem á sala de resíduos químicos, e pra isso, utilizam de uma máscara, pois gases tóxicos podem contaminá-los e leva-los a morte.
- Dr. Bedlam, os tonéis irão suportar os resíduos resultantes da abertura das câmaras? Não há riscos de se romperem?
Bedlam olha fixamente para os tonéis, e para os 2 Sovietes Supremos que fazem a segurança do local, e afirma com a cabeça.
- Com certeza, Dr. Borodin. Embora o material esteja geneticamente energizado, já foram feitos os testes necessários pra assegurar que tudo corra de acordo com o planejado. Digam que podem prosseguir com o processo, e dêem o sinal assim que as comportas forem liberadas.
- Sim, Dr. , irei avisa-los de que está tudo pronto.
Dr. Borodin se dirige ao salão principal onde estão localizadas as câmaras de suporte vital, onde se encontram Dr. Norton e Dra. Antipoff, vislumbrando o que pode se tornar o caminho da riqueza e o reconhecimento de toda a comunidade científica mundial. Na sala de resíduos, Bedlam deixa cair de seu jaleco o que parece ser uma pequena cápsula, que desaparece dentro de um dos tonéis de resíduos químicos.
- Não... minha cápsula... meu projeto... Soviete, é possível resgatar a cápsula?
- Receio que não, doutor. Não é seguro tentar mexer no tanque, pois poderia causar um acidente de grandes proporções.No salão principal, Dr. Borodin dá luz verde para a liberação dos quatro novos membros do Soyuz.
Súbito, uma explosão é ouvida pelos membros do projeto, que causa uma pequena fissura em uma das câmaras.
Uma alavanca é acionada, enquanto botões são pressionados, liberando gradativamente os líquidos das câmaras. Os corpos outrora inertes, agora dão vislumbres de movimento, enquanto os compartimentos se abrem. Uma fumaça se exala no local enquanto os doutores contemplam como que hipnotizados, os três soldados, dois homens e uma mulhere, caminhando em sua direção. Uma equipe de apoio leva toalhas aos três, que se enxugam enquanto médicos os examinam para averiguar se seus corpos estão bem.
O doutor Norton se pergunta se será possível salvar a quarta Soyuz, cuja compartimento não foi desativado pela alavanca, devido ao abalo da estrutura de sua câmara.
Enquanto isso, na sala ao lado, ouve uma explosão. Um barulho ensurdecedor faz com que todos parem e olhem em direção da sala de resíduos. As paredes são destroçadas, e os Sovietes Supremos correm até la´para ver o que estava acontecendo.
Uma segunda explosão arremessa um dos Sovietes que ainda não havia atravessado a porta de volta pra trás.
O Soviete, ferido, se levanta e grita.
- Fujam todos. Rápido!
Em segundos, a sala é tomada por gases tóxicos. Os doutores, assistentes, e médicos colocam máscaras de gás e se dirigem para a saída.
- Não!! Esperem, me ajudem. O Soyuz não está pronto. Me ajudem a retirá-los daqui! Céus... soldados, vocês estão bem?
Ele não obtém nenhuma resposta. Os soldados se entreolham, e parecem não entender o que estava acontecendo naquele local.
Dr. Norton logo leva as mãos á garganta e sente sua boca secar. Ele olha para trás e vê seu tão sonhados Soyuz morrer com ele.
Um a um, as pessoas, começam a cair. Seus corpos começam a arder e seus pulmões se recusam a respirar. Eles retiram as máscaras de gás na esperança de conseguirem ar. Logo constatam o engano, pois apenas abreviaram suas mortes.
Os Sovietes, aparentemente resistentes, começam a desfalecer dentro de suas poderosas armaduras. Alguns tentam retirar o capacete em vão, pois o ar está contaminado. Suas armaduras se transformam em luxuosos caixões reluzentes.
Alguns minutos a mais, e estão todos mortos no complexo


Continua...
*****T*****

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+ comentários + 6 comentários

9 de junho de 2010 às 08:08

Valeu, marcelo!!
Espero que tenha gostado desse capítulo!
O único probleminha é que já é o cap #9, mas acho que dá pra identificar bem cada personagem... abração!!

9 de junho de 2010 às 15:39

Esse arco é muito foda... Você deu uma profundidade aos personagens que dificilmente a gente vê por ae...
Um arco simplesmente sensacional!!!
Meus parabéns e até mais!!!

10 de junho de 2010 às 00:42

Valeu João!! Sempre curto os seus comentários na minha fic... Abração!
Espero continue acompanhando, pois tenho material inédito pra mais pra frente. Abraço

10 de junho de 2010 às 15:07

poisé... eu fico lendo com um sabor egoísta, pensando em como poder me aproveitar do arco prum futuro cross. superboy ia se amarrar... mas me diz, onde cê fez essas figuras da capa???

11 de junho de 2010 às 00:43

Fála, Caldeira!! Você que usar o arco pra um cross? Explica direito..rsrsr..quanto ás figuras, são umas montagens que eu faço usando um editor de personagens de um jogo antigo pra PC chamado Freedom Force. A versão mais moderna dele seria o City of Heroes, que é mais recente.
Abração!

5 de setembro de 2010 às 07:36

Aqui quem fala é o Gustavo Antimonitor, colaborador da Torre Titã, e cara parabéns...simplesmente ADOREI...já comecei a ler os capítulos anteriores..parabéns mesmo cara continue assim!

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