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Ultimate UNF: Capitão América #2.

Durante uma perseguição nos esgotos, o Capitão América descobre uma garota presa em um laboratório... Será uma nova aliada? Ou não?













“Meu nome é Mari, Mari Jiwe McCabe, sou, ou melhor, era uma grande modelo, nível internacional, estilho Büchen... Isso surpreendeu não só meus pais, como todos na pequena vila onde eu havia nascido, bem no interior da África.

Meu agente, Charlie, era ótimo e em poucos meses eu já figurava entre as mais bem pagas modelos do mundo, ainda era ofuscada por uma ou outra, mas no geral eu já recebia o suficiente para garantir o futuro de meus pais.

E o meu também.

Eu estava super animada, pois logo que um desfile em Milão havia acabado, meu agente me procurou, falando que eu tinha recebido um convite para o Victória Secrets daquele ano.

Fiquei eufórica, totalmente doida e finalmente fiz algo que não devia e que eu havia passado muito tempo evitando.

Iria usar drogas pela primeira vez.

Não queria arriscar levar uma bronca do meu agente, afinal na época eu já me sentia superior a todas as pessoas que estavam ao meu redor e detestava quando me tratavam como criança.

Pior, quando me tratavam como uma criança burra.

Sem outra escolha, excitada como eu estava, dei um jeito de me “disfarçar” e ir até um bairro onde uma das modelos do desfile havia me dito que eu poderia arranjar drogas sem chance de ser pega.

Não pensei duas vezes e cerca de uma hora depois eu já estava diante de uma porta branca, sem nenhum detalhe relevante, a não ser a maçaneta dourada, que acabava por diferenciá-la de todas as demais daquele andar.

Assim que estendi a mão, percebei que estava tremendo... Excitação ou medo?

Não tive tempo de pensar na resposta, pois logo uma mão enorme e forte agarrou meu pulso... Pensei que fosse um dos meus seguranças e que o Charlie havia me descoberto...

Antes tivesse sido isso.

Senti outra mão no meu ombro, me fazendo virar... Foi quando percebi que não era nenhum segurança...

Meu Deus... Aquele rosto horrível, todo vermelho... Nunca vou esquecer, mas logo senti uma dor no pescoço e senti tudo escurecer.

Minha memória do que aconteceu depois ficou fragmentada...

Lembro de ter despertado dentro de algum lugar cheio de um líquido grosso, não lembrava água, era quase como um gel fixador... Tentei olhar para fora do vidro e quando estava começando a discernir algumas formas, senti um choque pelo meu corpo todo e desmaiei novamente...

Isso se repetiu por mais vezes do que eu me lembrava... E todas as vezes eu me pegava rezando por uma ajuda que nunca vinha...

Então, por algum motivo tudo mudou um dia.

Numa das infinitas vezes em que eu despertava, percebi que não havia ninguém do lado de fora e eu fiquei acordada por tempo suficiente para ver o lugar além do vidro.

Parecia um laboratório daqueles filmes de ficção, mas não pude prestar muita atenção, já que algo parecido com uma explosão aconteceu ali perto, agitando o líquido...

Achei que finalmente ia morrer e aquele tormento ia acabar...

Não foi o que aconteceu...

Ele surgiu, atravessando o que parecia ser uma parede, olhando surpreso para mim, se esforçando para me libertar e terminando por quebrar meu vidro...

Quando finalmente estava livre, percebi que mal podia ficar em pé e ele me tomou nos braços...

Era um homem num uniforme vermelho, branco e azul, mas não importava quem era...

Eu estava livre...

Era isso que importava.

Logo depois desmaiei.”




“Merda... Eu realmente detesto isso.”

Apesar do pensamento, o Capitão América não hesitou, saltando no esgoto e pousando no meio da água imunda, agradecendo pelo fato de seu uniforme conseguir evitar que aquela nojeira tocasse sua pele.

“Pelo menos assim eu chego em casa, destruo esse uniforme e tomo um banho, torcendo pro fedor sumir...”

Ele andou por cerca de meia hora, tentando identificar alguma pista do tal “mostro” que deveria estar ali e quando já estava se sentindo um idiota por ter seguido as palavras de um garoto, o Capitão ouviu um som que o fez se virar, apontando o facho de luz de sua lanterna, que terminou por iluminar um pequeno rato.

- Ora essa...

Quando ele ia começar a reclamar mais uma vez, algo saltou para fora da água e antes que o herói pudesse se virar, sentiu garras tentando se cravar em seus ombros, conseguindo apenas arrastá-lo para debaixo das águas.

- AAArrrggghhh!!! - Com muito custo o Capitão se livrou do oponente, procurando o ar, ainda que fétido, colocando-se de pé, apoiado a uma parede coberta de limo. - Cusp... Eeeccaaa...

Por puro instinto ele ergueu seu escudo a tempo de evitar um novo ataque e então começou a medir forças com a criatura. Aproveitando que seu braço esquerdo estava livre, ele pegou algo no cinto e, após fechar os olhos, jogou contra a parede.

O pequeno som de uma esfera metálica, acertando as pedras da parede oposta do esgoto, mal foi ouvido, pois logo em seguida a bomba luminosa explodiu, fazendo nascer algo como um pequeno Sol ali dentro.

- IIIIIIISSSSSSSSSS!!!!!! - O guincho de dor e ódio preencheu o ambiente e o Capitão América teve um vislumbre de seu inimigo, antes desse cair nas águas e se levantar rapidamente, tentando fugir.

- Nem ferrando cara... - O Capitão ainda conseguiu jogar outra esfera nas costas do oponente, que estourou, deixando um pó se espalhar nos pelos dele.

A luz da bomba foi se esvaindo e então o Capitão acionou a visão noturna de sua máscara, agradecendo aos técnicos responsáveis pelo seu uniforme, que pensaram em todas as situações pelas quais ele teria de passar.

“Depois peço pro papai mandar uma cesta bem grande nesse Natal para eles.”

O pensamento foi deixado para trás, quando o túnel finalmente mergulhou na mais completa escuridão e um rastro esverdeado brilhada sobre as agitadas águas do esgoto, mostrando o provável caminho que o inimigo havia tomado.

A caçada tinha início.

A mente do Capitão se voltava para o monstro que acabara de ver, enquanto ele avançava, tendo cuidado com tudo ao seu redor.

Parecia um cruzamento entre rato e ser humano, o que lembrou o herói de um péssimo filme trash que ele havia assistido com seu amigo Clint, um especialista no assunto.

O monstro usava calças rasgadas, o que o deixava muito parecido com o tal Crocodilo de Gotham e que provavelmente indicava que algum humano deveria ter sido usado nas mesmas experiências genéticas.

Alguém estava criando monstros.

Pior, transformando humanos em monstros.

Era algo que o Capitão América tinha decidido acabar a qualquer custo.

Em pouco mais de meia hora de perseguição o herói teve de se manter escondido. Após uma curva ele percebeu a criatura entrando por uma porta de metal, que se destacava em meio à podridão do esgoto.

Esperou mais alguns instantes e quando a porta começou a se fechar, ele correu, entrando por pouco no que parecia ser um elevador, provavelmente um segundo, já que a criatura não estava lá, indicando já ter descido por um.

Ignorando seus instintos, que gritavam sobre a provável armadilha para a qual ele estava seguindo, o Capitão permaneceu ali, aguardando as outras portas se abrirem, ou algo o atacar.

Nada aconteceu e o herói percebeu que estava descendo cada vez mais, aquele laboratório, caso fosse mesmo isso, estava ainda mais escondido do que o de Gotham.

Em minutos as portas se abriram e então ele teve a certeza de ter alcançado seu objetivo.

As luzes piscaram alguns instantes e logo se acenderam, o que fez o Capitão desativar a visão noturna e observar atentamente onde ele estava.

O maquinário extremamente avançado se estendia por um espaço que parecia ter quilômetros de extensão, tudo parecia ainda estar funcionando e logo ele percebeu que a criatura podia estar em qualquer lugar.

- Ei! - O Capitão não pretendia entrar naquele literal jogo de gato e rato, por isso ficou no centro do corredor. - Vamos lá! Não tenho a noite toda!! Cai dentro... Seu monstrengo!!

- Mons... Trengo... Não... - As primeira palavras não passaram de um sussurro, sem que o Capitão pudesse identificar de onde elas partiam, mas logo um rugido se fez ouvir às suas costas. - RRRAAAATTTUUUSSSSSSSSSSS!

O ódio fez a criatura se mover mais rápido do que antes e uma dor lancinante explodiu nas costas do Capitão, onde era visível quatro rasgos de tamanho considerável.

Graças ao seu uniforme, os cortes não foram tão profundos.

- Desgraçado... – O herói olhava insistentemente ao seu redor, tentando descobrir de onde viria o próximo ataque, mas era quase impossível ver onde o monstro se escondia.

- RRRAAAARRRR!!! – Dessa vez o rugido mostrou exatamente de onde Ratus atacava, permitindo que o Capitão conseguisse girar o corpo e se proteger. – Desssgraçado!

O herói acertou um soco certeiro no queixo do monstro, que foi lançado contra uma aparelhagem, cuspindo sangue e dentes, mudando as feições de ódio para um medo irracional.

- Volta aqui! – O Capitão viu seu inimigo correr desesperadamente por um corredor, sem nem tentar se esconder como antes. – Não vai fugir tão fácil!!

O Capitão começou uma perseguição e mesmo sem tirar os olhos do monstro, não deixava de conferir o local, tentando registrar o máximo de informações visuais que conseguia, usando uma micro-câmera embutida na máscara.

Assim que Ratus dobrou uma esquina a atenção do herói foi atraída para algo que ele viu do seu lado direito.

Através de um vidro estava uma mulher, presa dentro de algo que parecia um tubo de vidro e antes de ele decidir o que fazer, todo o complexo foi sacudido por uma violenta explosão.

“Merda! É como em Gotham!!”

Sem outra opção, o Capitão deixou Ratus à própria sorte e libertou a garota, que acabou desmaiando em seus braços.

Ele, então, correu até o elevador pelo qual entrara, torcendo para que o mesmo funcionasse e deu sorte. Logo depois ele já se encontrava nas ruas da cidade, percebendo que, graças a Deus, a auto-destruição, por ter sido num local tão profundo, não causou nenhum dano na cidade acima.

A mulher não apresentava nenhum ferimento aparente, nada que precisasse de cuidados médicos, então o Capitão a levou até sua “casa real”, na esperança de conseguir informações quando ela acordasse.

Uma vez em sua base James finalmente deitou, após deixar sua hóspede bem instalada, reunir as informações obtidas, dar um fim no uniforme malcheiroso e tomar um longo banho. Tudo o que ele mais queria era uma boa noite de sono.

Claro que não foi o que ele teve.

Um estranho movimento na cama fez com que James despertasse, já preparado para um combate.

Mas nada o prepararia para o que aconteceu.

Sua hóspede estava engatinhando sobre a cama, indo languida e sensualmente em sua direção, totalmente nua, mas não foi isso que mais surpreendeu o herói.

Suas pupilas haviam assumido uma forma felina e seus dedos terminavam em longas e afiadas garras. Ela ronronava e seu rosto deixava claro quais eram suas intenções.

Apesar da surpresa James não pôde segurar o pensamento.

“Disso eu tenho certeza de que vou gostar!”

Continua.
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+ comentários + 4 comentários

8 de junho de 2010 às 22:58

Rááá... Vixen sapequinhaaaa....
Muito boa a perseguição nos esgotos... a descrição foi perfeita, e quase dava pra sentir o cheirinho do lugar... coitado do uniforme do Capitão Bucky... aliás... ele não será chamado de Bucky em nenhum momento, né? Ou será que só o Steve tem esse direito?
Abração, cara!

10 de junho de 2010 às 15:15

capitão é esse, rapaz? mwhahaha! como falei antes, sem patriotismo excessivo, mas ativo! bem legal o começo, narrativa em primeira pessoa... gosto disso. parabéns!!

26 de junho de 2010 às 12:40

Grande, João!

Essa Vixen tem atitude, hein? Gostei da garota... E o resto da história também tá perfeito. As perseguições, a descrição do soco do Capitas e tudo mais tá ótimo!!

#Indo ler a parte 3

5 de julho de 2010 às 18:11

Eu tentei mesmo dar um destaque prá Víxen nesse capítulo 2 Matrix! Parece que acertei a mão!
Valeu mesmo os vários comentários e desculpa a demora em respondê-los!
Um abração e até mais!!

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