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Revenge - Parte 1 de 4 - Malditas recordações


Revenge é uma assassina de aluguel. Ela mesma se considera a melhor... e ninguém diz que não é. Afinal, ninguém ficou vivo para dizer o contrário. Mas o que a leva a decidir fazer seu último trabalho? Quais foram suas motivações? Lembranças e as ações da assassina afloram e te transportam não para apenas mais um, mas para o último trabalho de Revenge.





Revenge - Parte 1 de 4 - Malditas recordações
por Tebhata Spekman



18:10 h

A porta de acesso ao telhado do prédio é aberta. Os passos são lentos, silenciosos, apesar da bota de couro preta de salto alto 10cm, anos de experiência em camuflagem lhe fornecem esse “luxo”. A temperatura é fria e acima dos prédios essa sensação é ainda pior, sua roupa não seria suficiente para isso, mas apesar disso, ela caminha como se nada estivesse errado. Na verdade, ela estava mais do que acostumada.

A mochila escorrega de forma graciosa do ombro ao braço, do braço as mãos e finalmente toca o chão, sem fazer o mínimo ruído.

Ela se agacha, em frente à mochila repleta de “utilidades”, coisas das quais uma mulher moderna não pode viver sem: Um par de pistolas automáticas, uma besta com flechas e mira eletrônica, dois sais - ah, como ela adorava usar os sais – sua adaga, algumas outras “surpresas” e claro, muita, mas muita munição. Todos estes“mimos” presentes de um velho amigo...

Com cuidado começa a retirar suas preciosidades de dentro da bolsa, analisando sua pistola e carregando, enquanto observa a mira, apontando para uma janela um tanto distante – apenas do outro lado da rua – vê um casal, aparentemente recém casados, se beijando, algo que lhe remeteu diretamente ao passado.

Distraída na cozinha, preparando o jantar após um dia exaustivo no trabalho, pensando nas crianças que ensinava a bela arte da música, cortando tomates para o ensopado...
Sua mente estava longe dali, cantarolando uma música infantil.

Quando, sem ao menos esperar, sente mãos escorregando por sua cintura abraçando-a, dando um susto. Ele ri, enquanto sussurra alguma palavra em seu ouvido. Ela fecha os olhos, tenta se esquivar deixa a faca em cima da bancada virando para beijá-lo...

Ela balança a cabeça desfazendo a miragem e pensa que está ficando mole, impossível, um erro fatal talvez, hoje é seu últimoserviço. Coloca a automática presa no cinto, enquanto procura os sais, revira a bolsa inteira, como podia estar se tornando tão desorganizada?

Beijos, mãos percorrendo corpos, os dois não conseguiam se esquivar enquanto caminhavam muito mal da cozinha para a sala, impossível foi chegar ao quarto. Ele a empurra contra a parede, continua a beijá-la, lábios, braços, pescoço, esbarram no interruptor desligando a luz.
Um barulho abafado.
Os dois estavam no chão, ela por cima dele, os cabelos que ainda eram longos caindo no rosto, ela sorri de forma maliciosa, a iluminação era feita apenas pela luz de fora. A cidade não imaginava estar vendo aquela cena, eles, de longe se importavam com as cortinas abertas...
Ele desliza a mão pelas costas dela, segura a nuca e puxa para um beijo. Ela morde seu pescoço. Os corpos se misturam, rolam pelo chão, soltam gemidos, risos...


_ Droga! _ ela espeta o dedo na ponta de um dos sais acordando mais uma vez do “delírio” _ Fica esperta garota, fica esperta! Hojevocê não pode falhar!

Ela gira o instrumento rapidamente nas mãos, apenas para verificar seus reflexos. Uma, duas, três vezes, perfeito, continuava tão boa – ou até melhor – quanto antes. No ultimo giro prende as duas armas cada uma de um lado. Estava pronta, e totalmente satisfeita com o resultado.

Retira um papel do bolso e estica pelo chão. Acendendo uma pequena lanterna. Era o plano de sua invasão. Primeiro precisava entrar pela janela do escritório, passar...

... pelo corredor enrolada apenas no lençol, jurava ter escutado um ruído estranho. Olhou para o lado na cama e não encontrou ninguém. Pensou logo que ele tinha ido “assaltar” a geladeira, mas já tinha meia-hora, e nenhum outro barulho ou luz aparecia na casa. Chega na sala pés descalços, sentindo o frio da madrugada, solta um riso inocente ao lembrar do início da noite. Adorava ser pega de surpresa por ele. Continua caminhando para a cozinha olhando para o chão da sala, lembrando os movimentos de horas atrás, quando finalmente para, deixando o lençol cair, sem qualquer outra reação. Afinal, o corpo do homem que amava estava ali, tombado ao chão com um tiro na testa...

Uma lágrima cai na folha esticada no chão.

_ Malditas recordações...

Continua..











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+ comentários + 6 comentários

22 de junho de 2010 às 11:23

AêÊÊÊÊÊÊÊ!!!

Agora a Tebh também tá no time do UNF!

Já vim pra ler esta fic com muita expectativa devido ao seu excelente trabalho com Réquiem lá no CP. Gostei muito como você misturou lembranças e o presente. Ta bem legal!

Agora quero ver o que ela vai fazer nessa última missão.

Parabéns Tebh, aguardando os próximos capitulos!

Abraços

23 de junho de 2010 às 14:21

Eu já sabia!! Eu já sabia!!

Quando eu vi a capa, eu já sabia que seria uma história fantástica. Curta, de fácil leitura e em nenhum momento fica chata ou enfadonha. O leitor é conduzido até o final de um modo muito legal, e quando chega até as últimas linhas lendo as "malditas recordações" de Revenge, já sente um gostinho de "quero mais".

Muito bom, Tebh! Já tô ansioso pelas próximas partes...

23 de junho de 2010 às 16:10

Fazia muito tempo que não relia esta fic. Estou muito feliz com o seu retorno ao grupo dos escritores e torço para que não pare apenas em Revenge. Sei que tem muitos outros trabalhos na gaveta que deveriam ser mostrados. Parabéns pelo capítulo. Sucesso! Beijo.

26 de junho de 2010 às 06:13

estreia absurdamente espetacular. tou no aguardo das próximas!

30 de junho de 2010 às 07:26

Oi Renan!
A verdade é que ela realmente vai ficar nesse recordatório. Gosto deste recurso! kkkkk
E bem... não vou contar tudo ou estraga! kkkk

Sobre Requiem... to pensando em trazer para cá tbm, o que acha de eu propor aos meninos?

Obrigada Renanzito! =*

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Resgate!
Obrigada por sempre estar apoiando... mesmo achando q eu nao sirva para isso kkkk
Sim, gosto muito da Revenge pois para mim ao menos ela tem motivo para ser o que é. Optei por uma leitura rapida (se bem que a cada cap vai aumentando um pouco) pois acho q assim facilita e deixa a pessoa com a pulga atrás da orelha kkkk
Obrigada pelos elogios a capa, apesar de eu mesma achar que tem falhas diversas kk (motivo que não publiquei no DA :P )
Valeu Resgate!

30 de junho de 2010 às 07:40

Matrix,

meu Deus não sabia q se empolgaria tanto! kkkk
Pois é... eu acho que as coisas tem q ter o tamanho certo ou assustam!kkkk
E as recordações nem começaram ainda kkkk *carinha diabolica*
Obrigada pela força querido!
Beijão!

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Oi amor,
pois é... ainda não sei se to voltando mesmo a escrever... agora to em uma vibe "revisão"... talvez traga alguma outra coisa antiga reformulada...
mas nao sei... preciso conversar com os chefões ainda kkkk
Obrigada por sempre me apoiar ^^
=***

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