Tá no Gibi: Robert Kirkman, um super escritor morto-vivo.
Estava eu pensando no que escrever nessa nova matéria e depois de pensar um pouco decidi falar sobre um dos meus autores favoritos de quadrinhos: Robert Kirkman.
Robert Kirkman, um super escritor morto-vivo.
Por João Norberto
Meu primeiro contato com suas histórias foi na excelente Marvel Zumbis. Num universo paralelo imaginado inicialmente por Warren Ellis, para uma história do Quarteto Fantástico Ultimate, Kirkman deu uma continuidade à idéia de Ellis em duas divertidas minis contando sobre as desventuras dos heróis da Marvel, agora zumbis vorazes e muitas vezes sacanas.
Cenas memoráveis como a da violência doméstica envolvendo Hank Pyn, o Gigante, e a sua esposa, Janet Van Dyne, a Vespa ganharam contornos assombrosos, indo do tapa original para uma cena de virar estômagos.
E o que dizer do Hulk que volta á forma do Banner após comer e vola a se tornar o enorme zumbi verde quando fica outra vez com fome?
Sensacional é a palavra que me vem à mente.
Logo depois de ler e curtir demais essa história fui atrás de outras e me deparei com as excelentes “Os Mortos-Vivos” e “Invencível” e The Astouding Wolfman, todos lançados nos EUA pela Image. Os dois primeiros já foram lançados no Brasil pela HQM Editora e o terceiro, infelizmente, ainda não.
No primeiro título, Kirkman volta ao tema de zumbis, mas agora criando uma ótima série que é uma homenagem aos clássicos filmes de Romero, focando um grupo de sobreviventes em uma América tomada pelos comedores de carne humana. As histórias mostram como seres humanos se portariam diante do fim do mundo.
Já tendo passado de cinqüenta edições Kirkman mostra que ainda tem gás para muito mais, pois quando o leitor começa a se sentir mais confortável, vendo que tudo começa a melhorar para os personagens, aí tudo dá um giro de 360° e desgraças, mortes, sangue e tripas voam pelo ar, deixando bem claro que para o autor, nenhum personagem é sagrado, ou imortal. Exceto os zumbis, é claro!
Invencível já é uma história que brinca com muitos dos clichês de Super-heróis contando a saga de Mark, o Invencível, filho do maior herói da terra, uma versão do Superman, descobrindo seus poderes, entrando para a comunidade heróica e descobrindo que nem tudo é tão lindo e brilhante quanto parecia.
Os personagens que Kirkman cria nesse título seguem uma vertente nos EUA, a de criar cópias genéricas de heróis já consagrados e escrevê-los como as grandes editoras jamais deixariam. Por isso temos uma Liga a Justiça, uma equipe com os moldes dos Vingadores, mas todos são muito bem trabalhados e não deixam devendo nada para os originais.
Em Astouding Wolfman Kirkman mistura perfeitamente um mundo de heróis ( que não fica claro se tratar do mesmo do Invencível) com elementos sobrenatuais como Lobisomens (é claro) e vampiros.
A revista conta a história de Gary, um rico pai de família que tem uma esposa, uma filha e um mordomo. Durante um acampamento ele é atacado por um lobo e acaba no hospital, com a vida por um fio.
Ele acaba se recuperando e logo descobre ter se tornado um Lobisomem.
O espanto inicial logo dá lugar a uma euforia, depois que ele conhece um vampiro chamado Zecheriah que começa a ensiná-lo a usar seus poderes para enfrentar bandidos, se tornando assim o Wolfman.
Nem tudo são flores na vida do novo herói, pois logo ele descobre que a cada lua cheia ele perde o controle, se tornando um perigo para todas as pessoas ao seu redor, incluindo sua mulher e filha.
As histórias seguem um ritmo ótimo e até a edição 8 existem muitas viradas quando amigos parecem se tornar inimigos, uma pessoa importante para Gary morre e ele acaba em uma situação que lembra um antigo seriado.
Não é possível colocar muitos detalhes das revistas para não estragar as surpresas, mas deixo aqui a dica: Não importa como, leia qualquer um dos títulos escritos pelo Kirkman.
É diversão na certa.
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