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Prelúdio para Sociedade da Justiça #5: Espectro

Espectro.jpg Espectro picture by matrixbrazilbhMorto injustamente por um trio de comunas, Jim Corrigan se tornou o Espírito da Vingança. Seria ele apropriado para se juntar à Sociedade? Acompanhe a resposta em Prelúdio para Sociedade da Justiça #5.

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Prelúdio para Sociedade da Justiça #5: Espectro

Por Lucas Bretas (MatrixBrazilBH)

Jim Corrigan era policial e estava fazendo sua ronda normalmente quando encontrou dois rapazes e uma moça, todos comunistas, quebrando as ruas de Nova York. Ele saiu de seu carro e tentou prende-los, mas foi recebido com tiros, socos e chutes. Para não deixar suspeitas de seu crime, os três comunas jogaram o corpo de Jim em um caixão, o cimentaram e enterraram no cemitério. O que eles não esperavam é que o jovem policial fosse voltar dos mortos e com o poder concedido por uma entidade sobrenatural para vingaria os mortos injustamente e puniria os culpados pelos crimes, se tornando o Espírito da Vingança!

Nova York – 2:30 da madrugada


Com sua longa capa e com seu calção esverdeado, o Espírito da Vingança, taxado pelos jornais de Espectro vagava pela noite fria à procura de almas desamparadas para vingar. Numa noite como aquela, principalmente numa cidade como aquela não seria difícil encontrar uma. 

Tem uma ali.
Uma voz falava dentro da cabeça do jovem.

Na esquina de Sétima com a Brokville.
Era uma espécie de guia para encontrar as almas.

Do alto de um prédio, Jim procurava a alma indicada pelo guia.

Ele a avista e se desfaz no ar, reaparecendo em frente ao espírito desamparado.

Espectro estica seu braço e encosta a mão na cabeça da mulher.

As memórias dela começam a passar para a mente dele. Os últimos minutos da vida dela, as últimas coisas que viu, todas são copiadas para a mente do vigilante.

-Não se preocupe, em breve você será mandada para descansar em paz.

Separando as imagens em sua mente, ele encontra o provável rosto que matou aquela bela mulher. Não está longe dali, talvez algumas quadras de distância. Ele não sabe exatamente onde é, mas sobrevoando a cidade pode achar o local.

O Espectro levanta vôo. Sua capa começa a acompanhar o movimento do vento frio. O resto de seu corpo, coberto apenas pelo calção esverdeado e pelas botas não reage ao frio. Quando você morre e volta à vida como um espírito vingador, a sensação térmica é a primeira coisa tirada de seu corpo. Nem o mais frio vento, ou o mais quente dia pode atrapalhar o Espírito de cumprir sua missão.

Sobrevoando a cidade, ele encontra o galpão onde possivelmente ocorreu o assassinato da garota. Ele pousa na posta do mesmo e torna seu corpo intangível, passando sem fazer barulho, ou disparar alarmes no galpão.

Usando um de seus vários poderes, ele volta sua mente no tempo para ver o que acontecera naquele local citado na mente da loira.

Estranhamente, tudo o que ele vê são carregamentos chegando e saindo. Nada de anormal. Sua mente volta ao presente e ele se depara com uma dúvida.

-As lembranças nunca estão erradas. E as lembranças da loira indicavam que ela estava aqui quando foi assassinada. Tem algo de estranho nisso.

Com sua visão aguçada, ele sonda o local à procura de pistas. Dentro de uma caixa, ele encontra uma nota escrita com canetas vermelha. Nela, está escrito:

Achou estranho a mente da loira te enganar?
Procura respostas sobre o que está acontecendo
e sobre como pode levar o espírito da moça ao descanso eterno?

Vá até este endereço, e lá procure novas pistas.

No verso da nota, há o nome de uma rua e o número da casa escritos.

Não é longe daqui. Vá voando.
Indicou o guia para o Espírito da Vingança.

Espectro sobrevoa algumas ruas da Grande Maçã até encontrar o endereço indicado. Era uma casa abandonada, uma das poucas que restavam na cidade.

Na porta havia um cartão.

Seja bem vindo, Espectro
Lembra-se dos comunas que te mataram cruelmente?
Você terá a sua chance

O primeiro está na sala
Seja silencioso, ele está com medo

Usando seus poderes, Espectro passa pela porta sem precisar de abri-la. Ele fica invisível e procura pelo primeiro comunista que está na sala.

Ao ver o rosto do homem ele se lembra. Sua mente viaja ao passado.

-Um policial americano acha que pode contra três russos, camaradas! Vamos mostrar pra ele.

Nas lembranças de Espectro, o homem é o primeiro a acertar-lhe um golpe. Com um pé de cabra, o comuna acerta o rosto de Jim e depois acerta-lhe na barriga.


Ao se lembrar da cena, Espectro começa a manipular objetos da sala. Ele deixa o local como o de onde o tal homem o bateu. A aparência dele muda, ele fica como era antes de se tornar o Espírito da Vingança.

O comunista o vê.

-V-Você? É você quem está me prendendo aqui? M-Mas você está morto!

-É essa a essência meu caro. Se eu não estivesse morto, isso não teria graça.

A mão de Espectro se transforma numa espécie de pé de cabra. Com violência, ele acerta repetidamente o comunista. O sangue se espalha pela parede e em menos de três minutos, o corpo do homem já está completamente destruído.

O Espectro sai da sala e sente alívio por ter tirado um peso de sua longa lista de vinganças. Na porta, há uma mensagem que antes não estava lá.

Muito bom, caro Espectro
Vejo que está superando nossas expectativas

Agora, experimente olhar no
cômodo de cima

Tenho certeza que vai aliviar
ainda mais o seu peso

Sem pensar duas vezes, o Espírito da Vingança voa e atravessa o teto, chegando ao andar de cima. Ele vê duas portas, numeradas em “1” e “2”.

Seguindo a ordem lógica, ele entra na porta número 1 primeiro. Dentro, um dos outros comunas que haviam participado de seu assassinato estava lá. Sentado em uma cadeira.

Novamente, sua mente viajou para o passado.

Desta vez, Jim estava dentro de seu carro de polícia. Os comunas o conduziam para perto de um rio. Devido ao sangue em seus olhos, ele via tudo em vermelho.

-Ih, olha só Nikolas, o americano acordou. Mas deixa que eu apago ele.

O comuna tira uma arma de seu paletó e dispara seguidas vezes contra o corpo do policial.

-Prontinho, acho que ele está dormindo agora. Hehe.


Espectro transforma o quarto em uma cor vermelho sangue, para simbolizar o que ele via dentro daquele carro. E transforma sua aparência na forma comum de Jim Corrigan.

O comunista reconhece Jim e sabe o que vem agora. Ele ouviu os gritos de seu ex-parceiro.

-Você merece a vingança, policial.

Usando seus poderes, Espectro suga todo o ar dentro dos pulmões do comuna e em seguida transforma o coração dele em pedra. O homem não sobrevive nem vinte segundos.

O peso agora sobre Espectro era bem menor. Só faltava um comuna agora. Na verdade UMA.

Na porta, mais uma mensagem que antes não estava lá.

Impressionante
Agora só mais um passo
e sua vingança estará completa

Cuidado com as faces familiares

Por alguns instantes ele pensa na frase escrita. Porque ele não conseguia se lembrar da mulher que havia ajudado os outros comunas a mata-lo? Para ele aquilo era estranho.

Mas ainda assim, ele entra na sala.

Espectro vê o rosto da mulher. Uma enxurrada de memórias confunde sua mente.

A volta ao passado desta vez é conturbada. Sua cabeça dói.

Na beira do rio os três jovens comunistas conversavam e riam.

Jim caído no chão olha para a moça e sussurra alguma coisa.

Ela se vira para ele e o olha como se o conhecesse.

-Rapazes, já chega. Não precisamos fazer isso com ele.
-Não podemos parar agora! Já estamos quase no final do plano.
-Então vamos terminar isso.

A garota liga a máquina de cimento.

Em poucos minutos, o corpo de Jim que estava dentro de um caixão é completamente coberto.

Espectro manipula a realidade como já fizera várias vezes aquela noite e transforma aquele quarto num lugar como o rio em que ele fora jogado.

Sua aparência novamente se torna a de Jim Corrigan. A mulher olha para ele.

-Jimmy?

A mente viaja para um passado mais distante ainda.

-Jimmy?

Deitados numa cama estavam Jim e a comunista.

-Eu te amo. Layla, quer se casar comigo?

Ele lhe mostra a aliança.

-É claro meu amor!

Os dois se abraçam.

A mente viaja um pouco para o futuro. naquela mesma noite.

O telefone de Jim toca.

Ele escuta algumas palavras e desliga.

-Quem era?
-Dois comunistas estão gritando pelas ruas e quebrando as lojas. Como sou o mais próximo do local me pediram para ir. Não se preocupe é trabalho fácil.
-Eu vou também.
-O que?
-Eu quero ir. Não tente me impedir. Quero ver se você lida direito com comunistas.
-Tudo bem então.

Os dois se trocam e entram no carro.

Um tempo depois, avistam os tais comunas. Jim sai do carro.

-Ei, vocês aí! Parem com essa baderna ou eu vou atirar.

Layla sai do carro.

-O que está fazendo querida?

Ele se coloca ao lado dos comunas.

-Atire, “querido”.
-O que?

Os três começam a rir.

Layla se aproxima de Jim. Ela o abraça e toma a arma dele. Aponte para ele.

-Por favor, querida. O que é isso?
-Não percebeu? Isso foi uma brincadeira, Jim! Todo o tempo. Nunca foi sério entre nós. Eu e meus colegas somos parte de uma equipe da KGB que engana os policiais e depois os mata. Eu te enganei diretinho. Agora só falta a parte final da missão.
-Mas o que vocês ganham com isso?
-Nós? Hum... DIVERSÃO.

Layla atira na perna de Jim. Em seguida o outro comunista vem e acerta ele repetidas vezes com o pé de cabra. Ele é jogado dentro do próprio carro.

Ao ver que o policial ainda está consciente, o outro comuna atira repetidas vezes nele.

Chegam no rio e jogam o corpo de Jim dentro de um caixão.

Na beira do rio os três jovens comunistas conversavam e riam.

Jim caído no chão olha para a Layla e diz:

-Eu te amo.

Ela se vira para ele e o olha com dó. Parece arrependida. Oarece realmente gostar do rapaz.

-Rapazes, já chega. Não precisamos fazer isso com ele.
-Não podemos parar agora! Já estamos quase no final do plano.
-Então vamos terminar isso.

Layla chega até a máquina de cimento e com uma lágrima escorrendo em seu rosto, liga-a.

Em poucos minutos, o corpo de Jim que estava dentro do caixão é completamente coberto.

-Jimmy, eu sinto muito. Eu te amava. Não era eu fazendo aquilo com você.
-Espera que eu acredite? Eu te amei, Layla! – Ele se transforma novamente no Espectro. – Agora, vou te destruir como você me destruiu!

Ele faz as água do cenário se levantarem e envolverem a moça.

-Pare, Jimmy! Eu ainda te amo!

As águas chegam até a boca dela, e começam a afoga-la. Ao ver a cena, o Espectro pára.

Layla cai no chão e começa a engasgar, cuspindo a água que engolira.

Subitamente, a loira que aparecera para Jim como espírito e o indicara a aquele lugar aparece em um viva.

Ela caminha para dentro do quarto.

Suas botas de salto alto que antes faziam barulho no assoalho agora penetram na terra.

Espectro olha para ela. As botas de salto alto, as meias arrastão, o colante preto, a jaqueta de couro e a máscara. Canário Negro.

-Olá, Espectro.

Ele permanece em silêncio.

-Como se sente depois de se vingar desses comunas? Eu sei que se sentiu bem. Sentiu um alívio. Mas deixou a última viva. Isso não é importante. Já fez seu papel. Você está sendo recrutado para a Sociedade da Justiça da América. Um grupo de incríveis heróis que querem proteger seu país. Já imaginou quantos inocentes poderá ajudar participando? Sua ajuda seria bem vinda.
-O que mais quero agora é me vingar contra todos esses comunas malditos. Mas conte-me primeiro, como você se tornou um espírito?
-Não é difícil quando você tem um mago na equipe[1].
-E quanto às suas memórias?
-Uma agente do governo tem que saber criar memórias verossímeis para passar pelo detector de mentiras. 
-E o que farão com ela?
-Vamos prender.
-Porque?
-Para termos uma informante. Não se preocupe, não a mataremos.
-Não pensei que iriam. Para onde vamos agora?
-Washington.
-Como?
-Que tal você me dizer?

Continua em Sociedade da Justiça #1

Epílogo

Jim se lembra do dia em que morreu.

A hora em que se encontrou com a entidade que o transformou no Espírito da Vingança.

A entidade o advertiu de uma série de coisas. As palavras mais significantes são as que ele mais gostaria de esquecer.

-Não se esqueça, Jim Corrigan. Se você SE vingar, não terá mais motivos para andar pela Terra como Espírito da Vingança. Sua alma cairá no descanso eterno. Não mate todos aqueles que te mataram. Para ajuda-lo, bloquearemos sua memória, mas uma vez que se encontrar com seus assassinos, se lembrará de tudo.

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[1] Edição ainda não lançada. Em breve no UNF.
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+ comentários + 4 comentários

2 de setembro de 2010 às 10:30

Achei sensacional!
as idas e vindas do roteiro, mostrando o passado do Jim ficaram ótimas, bem como o modo como o Espectro foi retratado.
E o que dizer desse final?
Demais a idéia de como recrutá-lo, executada pela Canário!
Muito, mas muito legal mesmo!!
Parabéns!
Um abração e até a próxima!!

3 de setembro de 2010 às 17:33

Grande, Nery!
Eu achei legal colocar um Espectro meio inesperiente ainda. Por que ele tem infinitos poderes, e ir descobrindo um de cada vez, é legal!
Claro! Citar o encontro da canário vai ser uma honra, cara!
Que bom que gostou, sócio!
Quero ler esse mago logo na SJA, hein? Hehe.
Valeu pelo comment, man! Té a próxima!

9 de setembro de 2010 às 23:53

Muito bom, Matrix!!!
O Espectro é um ser muito poderoso, e nos quadrinhos ele facilmente acabou se distanciando da humanidade, tanto que hoje ele não teria condição de participar de nenhuma equipe.
Parabéns,cara!

10 de setembro de 2010 às 09:16

Grande Black!
Esse novo Espectro eu não conheço muito bem, mas o antigo (Jim) eu fiz umas pesquisas e me assustei com quanto poder o cara tem! Ao passar do tempo, com certeza ele chegará ao seu máximo e vai botar todos no chinelo xDD
Valeu pelo comment, Raven! Abração!

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