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UNF Retalhos #1: O Matador.




UNF Retalhos . Um novo projeto onde os escritores se unem para contar uma One-shot. Uma página cada um. Sem nenhuma outra restrição. E seja o que Deus Quiser.
Nessa edição de estréia, João, Anderson, Nery e Renan trazem a história derradeira de um terrível assassino.

















I
Sangue quente. Suor frio. Vento cortante no rosto. A velha cicatriz parecia doer novamente. Já não tem os seus vinte anos. Seu coração quase explodindo o fez lembrar isso. Chove. E ele corre.
Seu sapato encontra violentamente uma poça d'água. Um palavrão esboça sair de sua boca, mas o que saiu foi sangue coagulado. O joelho toca o asfalto. O peito arde. Ao longe, o som de sirenes. Pode ouvir em sua cabeça as suas vozes. Pode sentir suas balas cortando seu corpo. Ele precisa se esconder. Rápido.
O beco fedorento. Atrás da Unesp da Barra Funda. Lama para todos os lados. Um velho galpão de ferramentas das obras da faculdade. Ele pula a mureta e encontra seu abrigo. Pelo menos até a maldita chuva passar. Ele se senta num canto seco. Precisa respirar. Descansar. Se fosse nos velhos tempos tudo estaria resolvido. Tudo seria mais simples. Mais limpo. Ah, os velhos tempos. A vida noturna. A fama entre os marginais. Dinheiro e mulheres. E onde começou sua desgraça.
Bairro da Vila Matilde, São Paulo, 1982.
A roda de samba ainda estava animada no velho bar do Buda. Do outro lado da rua, um homem mascava um palito de dente encostado a um Fusca branco. Seus olhos estavam fixos na bela morena sambando e se insinuando provocadoramente. Seus seios saltitavam a cada passo, no embalo da música. Ela tinha todos os olhares. Todas atenções.
O rapaz de camisa branca amava Regina, a morena. O rapaz era Celso. Jovem demais para ela. Ele sabia. Jovem demais também para estar ali. No meio da gangue. Trabalho novo. Mercadoria na sua lambreta. Cinco quilos. Assim se aproximaria de Regina. Ela era linda. Mas não conseguia pensar em mais nada. Entre um gole de cerveja e outro, Celso viu do outro lado da rua o sujeito estranho. Olhos fitando sua bela Regina. Não era o único, ele sabia, mas aquele sujeito era diferente. Tinha algo mais em seu olhar. Algo mais perverso, algo sinistro. De repente o homem do fusca o encarou. Um frio na espinha. Mais um gole da bebida. Tinha algo errado com aquele homem. Seria meganha? Esperava que não.
O homem jogou o palito no chão. Lentamente cruzou a rua, um passo de cada vez. Casaco preto, uma touca de lã. Mas estava calor. Celso o via se aproximando. Seria o álcool que o fazia pensar besteira? Ou algo dizia que era pra não cruzar o caminho daquele cara? Deu de ombros. Nada poderia acontecer ali. Seus amigos estavam por perto. Olhou ao redor. O samba continuava. Pandeiros, cavaquinhos. Sorrisos e vozes embriagadas. No outro lado do bar, Celso viu o velho Juca. Bandido safado. Não gostava dele. Juca estava com medo nos olhos. Medo de quem sabe demais. E Celso percebeu isso quando viu que Juca tinha mesmo é medo do homem estranho.
— Cadê o pó do Ariguetto. — o homem estranho disse secamente. O samba parou. Juca suava frio. Todos ali sentiram a tensão. Policia? Ou capanga do carcamano Ariguetto? Os cinco quilos. Estava atrás dos cinco quilos. O velho Juca olhou para Celso. O homem também olhou. Um olhar delator. Maldito Juca.
O homem estranho sacou sua arma. Agarrou Regina pelo pescoço. A arma na sua cabeça. O olhar para Celso. Descobriu seu ponto fraco. Os que estavam em volta se levantaram. Quem tinha arma a tirou do cinto. O homem sorriu. Engatilhou a arma. Esperava uma reação. Esperava saber onde estava o maldito pó. Era essa a missão. Achar o pó, matar quem estivesse com ele e devolvê-lo para o italiano. Trabalho limpo, rápido e depois grana no bolso. Um bando de bêbados não seria problema.
— Te trago a coca. Mas larga ela. — disse Celso. Olhares nervosos. O garoto não sabia com quem estava lidando.
— Anda logo, moleque. Não tenho o dia todo. — o homem jogou Regina na calçada. Ela rolou pelo chão. Gritou. Celso mordeu os lábios. Tudo culpa do Juca. Ele iria pagar. Foi até sua moto. O homem de casaco foi atrás. Ele teria uma surpresa, pensava Celso. Uma surpresa daquelas. Chegou na lambreta. Revirou a bolsa dependurada no guidão. O homem com a arma apontada. Viu o garoto tirar algo da bolsa. Não era coca. Mas que merda. Moleque burro. — Filho da puta! — Cinco tiros. Pelas costas. Celso caiu como um saco de batatas. O homem pensou que ele sacaria uma arma. Maldito erro. Se agachou e tirou da mão do rapaz um documento. — Puta que pariu! — no documento o nome: Celso Ariguetto. Filho do carcamano.

E isso o trouxe ao beco, na Barra Funda, vinte oito anos depois.
II
Uma leve pontada no lado esquerdo do peito. O médico já tinha avisado. “Assim não dá, senhor. Vai ter que parar de beber e fumar.” Nenhum bandido ou general dava ordens para o grande matador. Não seria um médico de merda que lhe diria o que deixar de fazer.
Mas o orgulho não ajuda nessas horas. O grande matador estava velho, e a arma sem balas.
Um último galope até o metrô. Tentou correr, mas o corpo se mostrou traiçoeiro. Caiu logo na saída do beco. Os carros voltaram. Hora do acerto final.
Se tivesse que morrer, morreria de pé. Usou o resto do fôlego para se levantar. Um trapo de homem.
Os carros viraram a esquina, estava próximo. Pensamentos de morte invadiram a mente do velho.
- Porra nenhuma! – Disse para si mesmo. Terapia própria.
Então, os faróis cegaram sua visão. Os homens do Ariguetto chegaram.
- Velho durão... Agora entra no carro. – Disse um dos capangas abrindo a porta de trás.
- N-não col... cof... cof... – Cuspiu sangue.
- Tá tentando dizer alguma coisa? Entra no carro logo...
O matador limpou a boca.
- Tô sim. Tô dizendo que não coloco minha bunda velha nesse carro nem a pau!
Os capangas gargalharam.
- Então a gente vai ter que te obrigar.
- Fique a vontade.
Novas gargalhadas.
O capanga insensato pensou que poderia arrastar o velho com as próprias mãos. Aproximou-se tranquilamente, como quem prova algo diante dos amigos. Riu da cara do velho. Uma cara grande, feia e rasgada.
Antes que o jovem capanga fizesse alguma coisa, um soco com a força de um trem empurrou a sua cara arrogante para a parede. O sangue espirrou longe. Foi o soco louco mais forte que aquele capanga conhecera na vida.
Os outros apontaram as armas.
- Agora chega! – Disse o capanga superior.
O velho rosnava de cara fechada.
- O senhor vem com a gente, se não o coro vai cumê. – Disse o chefe.
- Não vou com ninguém. Se chegar perto, leva porrada. Igual o mauricinho ali.
- Cê ta de brincadeira, vovô? Ta vendo essa pistola na minha mão?
- Vai atirar em um velho desarmado? Já não se fazem capangas como antigamente...
- Vou explodir sua cara se não mexer essa bunda e entrar no carro!
- Cê usa uma arma porque é um bosta. Um bosta qualquer que não consegue nem impor respeito a um vovô. Bosta de merda... Hum!
- Velho, não fode! Estou te fazendo uma caridade não brigando com você. Vê se tu tem condições de bater em alguém...
Os capangas gargalharam.
- Pergunta pra sua mãe. – O velho retrucou.
Silêncio.
- Hê! – O velho riu de forma sucinta e irritante.
A moral do líder dos capangas estava ofendida. Ele não podia simplesmente atirar no velho. Tinha que provar aos outros que não temia ninguém. Agora era uma questão de honra.
Os capangas já estavam se entreolhando. Será que ele iria correr do pau?
- Velho babaca! É isso que você quer? Tomar porrada? Eu vou te esmagar, velho imbecil!
O capanga colocou a arma sobre o capô do carro, retirou o terno e a gravata e desabotoou as mangas. Se alongou por alguns segundos e ficou em posição de combate.
- Cê viu isso nos filmes? – Perguntou o velho matador.
- O que?
- Essa posição de fruta. Fruta querendo lutar...
- Vai engolir essa língua. Vai mesmo!
- Eu fui batizado no sangue, garoto. – Disse tocando a longa cicatriz em seu rosto. – Vamos lá!
III
- Tu é marrudo, velho – disse o capanga – Bora ver qual é a tua... Vou te moer de pancada. O seu Ariguetto te quer vivo, mas não precisa ser inteiro.
- Te dou meu pau inteiro, quer, vagabundo?
- Se tu me derrubar, tu vai poder sair daqui – disse o capanga irritado.
Os demais homens do grupo esboçaram protestar contra a decisão do líder, mas permaneceram calados. Desafiar uma ordem do chefão era morte certa, mas o jovem à frente do grupo possuía regalias.
O capanga avançou furioso. Era um homem jovem, com cerca de vinte anos, e com corpo atlético, um sinal de que praticava algum tipo de exercício. Exatamente o oposto do velho.
O punho do capanga cortou o ar e acertou o rosto do velho criminoso de raspão. Foi o suficiente para desequilibrar o idoso, que não havia conseguido se desviar o suficiente. Ele escorregou e caiu. O jovem tentou chutá-lo enquanto estava caído, mas o velho ainda possuía mãos fortes e agarrou seu pé, torcendo-o em seguida.
O capanga gritou. Os demais criminosos ergueram suas armas e apontaram para o velho, mas daquela distância era quase certo atingirem também seu comparsa. Ninguém atirou.
Com a torção da perna o capanga recuou procurando se reequilibrar. O velho levantou-se rapidamente e não perdeu tempo: valendo-se de seu peso, jogou-se contra o capanga esmagando-o contra a parede do beco. O moleque bufou, expelindo o ar dos pulmões. Logo, mãos treinadas em anos de luta na prisão começaram a socar seu estômago, fígado e rins como um bate-estacas, ritmado e implacável.
Porém a juventude lhe dava vigor extra. Agarrou o velho pelos ombros e empurrou-o para o lado. O velho bateu ruidosamente no carro e pôde-se ouvir nitidamente o som de uma costela se partindo.
O capanga rosnou como uma fera e correu até o velho.
O velho puxou a arma que o capanga havia deixado sobre o capô do carro e deu-lhe três tiros no meio do peito.
O capanga foi empurrado de volta como se colidisse com uma parede. Seus braços se mexeram desordenadamente e suas pernas bambearam como se tivessem perdido as forças. Caiu de costas pesadamente sobre o solo e logo o sangue começou a se espalhar pelo beco.
Os outros marginais ficaram estupefatos. Ergueram suas armas e apontaram para o velho, que puxava o ar com dificuldade, pois a cada inspiração a costela quebrada doía mais.
- Arf... eh... eu avisei... – resmungou o velho – Algum outro de vocês, seus filhos da puta, quer tentar a sorte?
Os dois capangas restantes tremeram. Aquele velho era o demônio. Entreolharam-se indecisos, todos esperando que alguém tomasse a iniciativa.
Foi um erro.
E nessa profissão, um erro era o que bastava. O velho disparou e acertou o primeiro em cheio na testa. O segundo ainda conseguiu mover-se lateralmente, mas recebeu um tiro no joelho que fez sua perna explodir, espalhando pedaços de ossos e sangue pra todo lado. O capanga caiu gritando.
- Tu é novato, né? Só um novato grita assim... tem pouca tolerância à dor... vou te fazer um favor...
O velho disparou mais um tiro. Um tiro certeiro na cabeça do capanga ferido. A massa cinzenta do criminoso misturou-se ao seu sangue no chão.
O velho encostou-se no carro e permitiu-se um instante de descanso. A adrenalina do combate o havia mantido vivo, mas ele sabia que seu corpo logo iria reclamar do esforço. Respirou profundamente e olhou em volta. Viu o corpo do capanga líder caído e andou devagar até ele. Agachou-se e moveu o rosto do cadáver para cima. Olhos vítreos o encaravam.
- Tu tinha os olhos da tua mãe, moleque - disse o velho – A minha maninha Estela... O Ariguetto me mandou pro inferno e deu sumiço nela. Isso eu até entendo. Mas só um doente como o Ariguetto ia criar meu único sobrinho pra mandar ele atrás de mim tanto tempo depois... Desculpa, moleque. Queria que houvesse outro jeito...
Levantou-se e, mais uma vez, achou que já havia vivido o bastante.
IV
Mesmo sentindo finalmente o peso da idade, o matador ainda não iria se encontrar com o Caronte, não enquanto não conseguisse uma moeda para entregar ao barqueiro dos livros que ele lera tanto.
A moeda, ele acabara de decidir, seria lavada com o sangue do maldito Ariguetto, em retribuição à toda dor que o maldito já havia lhe causado desde aquele dia infernal, a vinte e oito anos.
Ele voltou mancando até o corpo do sobrinho, mesmo sabendo que a polícia provavelmente já havia sido acionada, e se deu ao luxo de revirar os bolsos do corpo, se levantando apenas quando pegou na mão esquerda uma moeda de um real.
“Essa vai servir.” E como se nunca estivesse estado naquele beco, o matador caiu na noite paulistana, chamando a atenção de poucos transeuntes, por causa de seus ferimentos.“Pro inferno com o gado...” Era assim que o matador se referia às pessoas que se contentavam em viver uma vidinha ordinária, que jamais sentiriam a adrenalina que corria pelas veias dele, a mesma que agora o mantinha de pé, caminhando tropegamente, exibindo uma careta para uma ou outra pessoa que tencionava se aproximar para ajudá-lo “Não preciso de nenhum de vocês... Hoje é minha última noite no mundo e vou embora da maneira como vivi... Causando dor... Clamando por vingança... E de forma intensa e espetacular.”
Ele realmente cumpriu sua vontade, o que aconteceria naquela noite acabaria por se tornar uma lenda entre a bandidagem paulistana e até em alguns circuitos mais elevados de criminosos.
A noite do Matador.
Dom Ariguetto era um homem de hábitos, confiando em seus vários capangas para protegê-lo onde quer que fosse, nunca acreditando que alguém seria louco o suficiente para chegar perto dele com qualquer outra intenção a não ser bajulá-lo.
Por isso todas as quintas ele mandava fechar um restaurante italiano, só para ter exclusividade no atendimento, além do “bônus extra” de poder ficar com uma de suas amantes, sem a preocupação da esposa descobrir. “E se Gioconda souber...” Ele pensava “Que se dane...”
- Quer o de sempre Don Ariguetto? – um garçom novo, procurando agradar ao chefão do crime, cometeu um erro, que só percebeu ao ver o olhar do criminoso. – Hã... Bem... Eu...
- Pronto Senhor Ariguetto... Sua entrada está pronta... – O maitrê se adiantou, praticamente jogando o novato para o lado, tentando evitar que o mafioso, que detestava clichês como ser chamado daquele jeito, desse um fim no seu funcionário. – Peço que perdoe o rapaz... Ele começou a apenas uma semana e... Não sabe bem como se portar... E-eu...
O chefão apenas esticou o olhar na direção de um de seus capangas e este entendeu na hora o que tinha de fazer, indo vagarosamente na direção do rapaz, que começava a chorar, prevendo o que o destino lhe reservava só por causa de um erro tão idiota.
Quando o jovem sentiu a calça se aquecer, com a urina que sua bexiga não conseguiu segurar, uma explosão ocorreu do lado de fora do restaurante, fazendo a imensa vitrine do restaurante se desintegrar numa chuva de vidro, o que derrubou metade dos capangas do mafioso. Este mandou o restante ir imediatamente lá fora, procurar o responsável, enquanto os funcionários do restaurante fugiam pelo fundo, por uma porta que o Ariguetto encontrou fechada, o que havia rendido alguns trocados para o jovem garçom que escapara com vida.
Sem outra opção, vendo os capangas sendo mortos, com tiros certeiros em suas testas, o mafioso se trancou no banheiro masculino, mantendo-se agachado sobre um vaso sanitário, rezando para todos os santos por uma chance de escapar com vida, prometendo até deixar a vida de crimes.
Ele ouviu a porta do banheiro se abrir e passos pesados entrando, alguém parecia arrastar uma perna, e pouco a pouco as portas dos lavabos iam sendo abertas violentamente, até que o mafioso percebeu que só faltava a dele.
Silêncio. Ariguetto acreditou que havia se salvado, voltando a respirar normalmente, quando vários tiros atravessaram a porta, atingindo-o violentamente, fazendo com que ele ficasse caído sobre o vaso, numa posição cômica e ridícula.
A última imagem que ele viu foi a de um homem, que parecia mais morto do que vivo, passando a mão sobre uma cicatriz no rosto e se aproximando com uma moeda na mão.
Depois tudo caiu na escuridão.
Fim.
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+ comentários + 5 comentários

6 de agosto de 2010 às 16:04

Ficou fantástico. Construir esse personagem com os camaradas foi uma experiência bacanona!

Gostei muito de cada parte! Parabéns amigos! Conseguimos deixar esse Matador com uma fibra e tanto.


Escrever sem saber o que outro fará em seguida, ou sem saber o que vem pra gente continuar foi muuuito legal. Aguardem os próximos Retalhos.

6 de agosto de 2010 às 17:46

Parabéns aos camaradas do projeto.

Curti demais participar e fiquei ansioso pelas partes dos demais. Acho que a história ficou coesa e funciona como um conto.

Já deu saudade do Matador... quem sabe ele não volta outro dia, hein?

Fica aqui o convite para os leitores descobrirem o autor de cada capítulo delimitado acima.

Abraços, povo. Valeu.

6 de agosto de 2010 às 18:55

Ficou muito bom esse conto! Vocês me enganaram com aquele papo de duendes, anões, aliens e o diabo a quatro! Ahahaha!

A maior apreensão foi minha, já que só agora pude ver todo o resultado!

Que venha mais Retalhos!

7 de agosto de 2010 às 04:25

muito legal o projeto, a iniciativa, enfim, parabéns ao grupo. história bacana, pena que eu sei quem escreveu qual parte, mwhahaha! que venham outras dessa!

8 de agosto de 2010 às 16:50

Muito legal mesmo o projeto! Os textos ficaram muito bem costurados, e perfeitos! Cenas de ação, diálogos, e todo o resto, tudo ótimo!
Parabéns galera, vocês criaram um projeto um incrível e estrearam com um texto igualmente incrível!!

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