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Star Wars: Guerras Clônicas

clone trooper com botton

 

“A todos aqueles que sacrificaram suas vidas nas guerras clônicas”

 

O saguão estava cheio. Clones iam e vinham levando caixotes, carregando armas e sinalizando para que as naves de batalha X-Wings decolassem. A armadura branca dos clones dava um toque de monotonia no hangar. Os caças estelares estavam a postos, assim como as canhoneiras. As canhoneiras levavam os clones para a batalha. Sua capacidade máxima era de dez homens.

 

O almirante do cruzador estelar estava em sua sala, junto com o General Crinson e o capitão Jackfly, renomado capitão do esquadrão Alfa. Ele tinha seu cabelo ralo e seu olhar era severo. Não gostava muito de brincadeiras na hora de trabalhar e por isso era considerado o melhor no que fazia. Obi-Wan Kenobi mesmo confessou que este homem era o melhor clone para se trabalhar. Eles estavam à frente de um holograma que tinha como imagem um cruzador separatista, à frente do planeta Duro. Há mais ou menos três horas atrás, uma mensagem de resgate foi enviado ao cruzador da República.

 

— Ouçam a mensagem. – disse o almirante Junkar.

 

Nossa canhoneira caiu próxima à uma base separatista.” Uma pausa breve de vinte segundos. “Três homens de meu esquadrão estão feridos! Precisamos de resgate agora! Um droide de batalha acabou de avistar a nossa nave. Estamos nas coordenadas 15º 25’ 13 S 45º 75’ 12 W. Aqui quem fala é o comandante Norlan.”

 

Todos ficaram quietos por alguns segundos, até que Junkar olhou para Jackfly e disse:

 

— Chamei você aqui, capitão, para nos ajudar nessa missão de resgate.

 

— Senhor, o quê pudermos fazer para ajudar, faremos.

 

— Ótimo. Quando encontrarem o comandante, entrem em contato com o nosso cruzador e enviaremos imediatamente uma nave de busca. E como diz nossos amigos jedis, “Que a Força esteja com Você”.

 

Jackfly sorriu e colocou seu capacete. Pegou sua metralhadora blaster e se dirigiu para o encontro com o seu esquadrão. Ele estava confiante, assim como estava em qualquer outra missão.

 

Seus passos eram apressados, cada minuto perdido era muito tempo para aqueles clones perdidos no planeta hostil de Duro. Desde que as guerras clônicas tinham começado, qualquer ambiente tinha se tornado hostil. Os planetas como Felucia tinham um terreno de muito difícil acesso. Os imensos cogumelos, e as enormes plantas eram como se cada passo fosse uma armadilha para os clones. E ainda tinham que tomar cuidado com os Rancors, criaturas gigantescas e com sede de sangue. Tudo isso tinha que ser bem analisado. Uma tropa especial estava em Felucia, juntos com a Cavaleira Jedi Aila Secura. Duro não era um planeta tão conhecido, mas todo o cuidado era pouco. Ele continuou a andar rapidamente até que chegou ao dormitório dos clones. Assim que eles viram, gritaram:

 

— Oficial no recinto! – colocando se em posição de sentido.

 

— Senhores, estão querendo ação? – perguntou Jackfly, sem medo da resposta.

 

— Sim, senhor! – todos responderam.

 

— Ótimo. Estou enviando para seus capacetes agora a missão. Estude ela enquanto se arrumam. Preciso de vocês para hoje!

 

Havia oito clones no dormitório. Gunfire estava sem seu elmo, seu cabelo era o mesmo do capitão, porém tinha uma tatuagem no lado esquerdo do rosto. Era um tipo de tribal azul. Sua especialização era assalto.

 

Heavy Duty sempre estava com seu elmo na cabeça. Poucas vezes o tirava, sendo então possível ver sua face somente na hora de almoçar. Sua especialização era assalto também.

 

Will era o médico do grupo. Olhar sério, porém tímido. Não gostava de falar muito, porém era um ótimo combatente.

 

Brow era o sniper do grupo. Armadura branca com listras vermelhas, customizada com um alvo em seu capacete. Ele usava um tipo de saia traseira que chegava até a altura da patela.

 

Stein era o intérprete, porém também era de assalto. Carregava consigo uma bolsa do lado esquerdo, suspensa por uma alça que não a permitia cair. Por mais que parecesse, isso não tirava a sua agilidade e destreza de combate.

 

Dwin era o engenheiro antibombas, porém não tratava apenas de desarmar, e sim de armar também.

 

Os outros soldados eram recrutas. Todos com a armadura branca. Bright e Skin eram seus nomes.

 

Todos se arrumaram e pegaram suas armas. Logo depois se dirigiram para a canhoneira que os levaria. Segundo o almirante, eles seriam escoltados por caças X-Wings. Isso não causou nenhum alívio em Gunfire, que odiava voar. Eles entraram na nave e esperaram três minutos pelo capitão. Ninguém sabia o seu paradeiro. Depois de um tempo ele apareceu, trazendo sua arma.

 

— Estão prontos? – perguntou ele entrando na nave.

 

— Sim, senhor! – todos responderam.

 

— Ótimo. Prestem atenção. Não conhecemos muito bem o ambiente do planeta Duro. Eu quero extrema atenção. Os soldados estão nas proximidades de uma base separatista.

 

As portas da canhoneira se fecharam e o clone piloto falou:

 

— Temos permissão para decolar, senhores.

 

A nave decolara e eles saíram do cruzador. Nas frestas protegidas por vidros, para evitar que os soldados fossem sugados para o espaço, eles puderam ver os caças circularem sua nave. Jackfly pôde ouvir do rádio do piloto da nave:

 

— Senhor. Capitão Krin aqui. Droides abutres foram liberados do hangar dos separatistas.

 

— Positivo Capitão Krin. – disse o piloto.

 

— Opa, teremos batalha no ar? – perguntou Jackfly para o piloto.

 

— Tentaremos não entrar nessa batalha, senhor. Agora, por favor, sente-se.

 

Jackfly não gostava de ser chamada a atenção, mas decidiu se sentar. A nave passava rapidamente, e Gunfire podia ver pelas frestas, os tiros verdes dos caças.

 

No espaço, o som não se propagava, então ele só pôde ver um caça explodir ao lado da canhoneira. Por mais que a nave canhoneira não pudesse, o piloto começou a girar como se fosse um caça. Jackfly e seu esquadrão foram jogados de um lado para o outro com extrema força. Quando todos pensaram que já havia acabado, a nave começou a se jogar para os lados.

 

Eles não podiam acompanhar a batalha. Então só tinham que torcer para que não fossem atingidos. A nave deu mais três piruetas e começou a voar normalmente por um bom tempo. Jackfly suspirou aliviado e Heavy Duty comentou:

 

— Por isso que odeio voar.

 

— Vamos nos concentrar na missão, deixem que os pilotos façam o trabalho. – Gunfire disse, por mais que estivesse temeroso por voar.

 

—— “Estou, entrando no inferno!” – cantava Stein.

 

—— Silêncio, Stein. – advertiu Jackfly. – Acho que estamos chegando à atmosfera de Duro.

 

—— Ei recrutas! Dizem que nesse planeta, há seres gigantescos. – disse Brow.

 

—— Ah, cale a boca Brow! – disse Dwin.

 

—— Só estou querendo amedrontá-los. – explicou Brow.

 

Todos estavam felizes, pois estavam chegando ao destino. E foi quando um enorme tranco os atingiu, jogando todos para frente. A parte de trás da canhoneira estava em chamas.

 

— O quê aconteceu, soldado? – perguntou Jackfly assustado.

 

— Fomos atingidos! Estamos perdendo o controle. – gritou o piloto.

 

— Perdendo o primeiro motor! – disse o piloto que estava mexendo no computador de bordo. – E lá se foi o segundo! Se preparem para o impacto!

 

A nave começou a cair com extrema velocidade. O fogo na frente da nave mostrava que eles estavam ultrapassando a atmosfera do planeta. Seria uma forte queda, eles tinham quase nem uma chance de sobreviver àquele impacto. O piloto que estava à frente tentou levantar o volante da nave. Quando ele viu que o impacto era inevitável, disse:

 

— Temos paraquedas, peguem os seus e pulem agora!

 

O grupo de Jackfly colocou seu paraquedas e ajudou aos outros. O piloto da nave abriu a comporta da nave e ordenou que todos pulassem. Primeiro foi Jackfly, depois foi Gunfire, Heavy Duty, Dwin, Will, Bright, Skin, Brow e Stein. Os pilotos pularam também, tendo muita sorte. O vento batia fortemente na cara dos clones, e quando perceberam que já estavam próximos ao chão, abriram seus paraquedas e caíram suavemente no chão. A nave era apenas uma bola de fogo que caía do céu agora.

 

Jackfly se soltou de seu paraquedas e se pôs em posição de defesa. Logo todos estavam no chão. Inclusive os pilotos, que carregavam pequenas pistolas. Eles estavam voltados pela mata. Árvores gigantes e vários cipós estavam por todas as partes. Jackfly rodou seu pulso, em sinal para que checasse o perímetro. Gunfire se se encostou a uma árvore e vagarosamente olhou com a arma apontada para a selva. Quando ele percebeu que não havia nada, disse:

 

— Chamamos a atenção dos separatistas. Isso não é bom.

 

— Calma, garoto. Estamos naquela nave ainda. Eles são apenas robôs. – disse Jackfly – Vamos prosseguir.

 

O grupo se reuniu e foram em direção à nave, que estava à duzentos clicks dali.

 

Eles caminhavam vagarosamente, para não chamar muito a atenção. A grama balançava com o toque leve da brisa. E foi quando uma movimentação numa moita pareceu suspeita para Gunfire, que alertou seu capitão:

 

— Não estou gostando daquela moita ali, senhor.

 

— Posição de defesa alfa. – disse Jackfly.

 

Eles apontaram para a moita e esperaram mais um movimento. Longos minutos se seguiram até que de trás da moita, um tigre com uma carapaça verde e dura, dentes afiados e olhos famintos saiu, de cabeça baixa, esgueirando seus oponentes. Ele rugiu e Bright estremeceu. Brow preparou sua arma e Jackfly disse:

 

— Quando estiver pronto.

 

Brow fez um movimento que o tigre considerou brusco e este pulou sobre o grupo. Foi um tiro certeiro, o tigre caiu morto ao chão, com um furo em sua cabeça. Jackfly se aproximou para examinar o animal e viu que não era um animal de verdade, era um robô. Com certeza dos separatistas.

 

— Isso não é um tigre. Prestem atenção no caminho. Os separatistas podem estra armando uma emboscada. – disse Jackfly.

 

Eles caminharam até que o sol se posse.

 

E foi nesse tempo que eles encontraram os primeiros droides. Eram cinquenta, dentre eles, dez droidekas, dez super droides de batalha, vinte droides normais e dez snipers. Gunfire atirou e acertou dois droides normais, porém eles continuavam a avançar. Brow atirou contra um droideka, porém sua bala foi parada pelo campo de força do robô. Os tiros azuis e vermelhos estavam por toda parte. Os clones pilotos se levantaram e atiraram contra os super droides de batalha, porém foram acertados em cheio no peito e na cabeça, caindo com violência no chão. Jackfly ordenou que recuassem para as árvores e aproveitou que os droides estavam se aproximando para jogar uma granada anti-droide. Dez deles caíram destruídos, porém o resto continuava a avançar.

 

— Eles não desistem nunca! – reclamou Will.

 

— Você desistiria se estivesse vencendo? – disse Gunfire.

 

Gunfire estava certo, eles estavam perdendo. Jackfly precisava tomar uma atitude e rápido. Ele pensou e disse:

 

— Recuar!

 

Bright e Skin se levantaram rapidamente para fugir. Porém Bright recebeu um tiro no braço e caiu no chão. Will correu até o parceiro de equipe e ajudou-o a levantar.

 

Todos corriam enquanto os droides avançavam ferozmente. Jackfly parou e deu cobertura aos amigos para que fugissem. Sua precisão nos tiros mostrava que eles eram realmente experientes nisso. Droides começaram a cair, não o suficiente para ele pensar que a batalha estava ganha.

 

Dwin pediu um momento até que ele pudesse implantar uma bomba em uma árvore. Enquanto isso, Brow, Gunfire, Heavy Duty e Jackfly davam cobertura para o amigo, que fazia de tudo para ser rápido ao implantar a bomba. Will e Bright continuavam caminhando, junto com Skin.

 

Um tiro quase atingiu a cabeça de Jackfly, obrigando-o a procurar abrigo. Ele se escondeu do lado de uma árvore, porém não parou de atirar. Heavy Duty jogou uma bomba termal e droides foram para os ares. Os droidekas eram a maior preocupação deles. Durante sua carreira,

Jackfly já tinha matado muitos droidekas, porém nunca enfrentou dez droidekas num terreno de pura selva. Eles eram perigosos, eram rápidos e mortais, podiam dar vários tiros por segundo.

 

Dwin disse que estava pronto para partir e

Jackfly não esperou ele dizer novamente. Saíram apressados enquanto os droides avançavam. Heavy Duty foi o último a se retirar, continuava a dar apoio aos companheiros que fugiam. Ele correu, quase sendo atingido pelos tiros. Dwin se escondeu atrás de uma árvore e os outros o imitaram. Ele pegou o detonador e disse:

 

— Tchau! Seus pedaços de lata-velha!

 

Ao terminar de falar, ele acionou o detonador e a árvore explodiu. O enorme tronco caiu sobre os droidekas, porém os super droides de batalha conseguiram escapar, pelo menos cinco escaparam da morte certa. Jackfly ordenou que eles exterminassem os droides e foi o quê aconteceu. Todos foram destruídos e a batalha havia terminado. Jackfly jogou seu capacete no chão e se sentou satisfeito, logo depois dizendo:

 

— Descansar. Vamos cuidar de nossos feridos.

 

Ele respirava ofegante. Sua testa estava soada. Fazia muito calor ali. Heavy Duty do mesmo jeito que chegou, ficou. Não tirou seu elmo, não parecia cansado, estava apenas parado, checando sua arma. Will colocou Bright no chão e examinou seu braço, ele era forte, para um recruta.

 

— Está muito feio, senhor? – perguntou ele.

 

— Bom, nada que uma tala e uma faixa não resolva. Aconselho a não movê-lo por um bom tempo. – disse Will, logo depois pediu para que Skin pegasse dois pedaços de madeira.

 

Skin sem pestanejar, obedeceu. Correu por um tempo entre a mata, para poder achar dois pedaços de madeira. O que era para ser uma coisa simples se tornou difícil. Parecia que nenhum galho caía daquelas árvores. A mata começou a ficar escura, já estava anoitecendo. Frutas estavam caídas ao chão. A selva era muito amedrontadora.

 

Enfim ele achou pedaços de madeira e conseguiu levar para Will. Will já tinha enfaixado o braço de Bright. Quando ele pegou as madeiras, fundiu-as com fita, transformando-as numa muleta. O médico ajudou Bright a se levantar, que ainda estava com dificuldade, por causa da forte dor. Jackfly estava encostado em um tronco de árvore, com os olhos fechados. Porém ele ainda estava acordado. Era mania de soldado dormir com um olho fechado e outro aberto.

 

— Está pensando no que, capitão? – perguntou Heavy Duty.

 

— Estamos nos arriscando por pessoas que nem sabemos se estão vivas.

 

— Somos clones. Vivemos por isso. – se intrometeu Gunfire.

 

— Eu sei. Eu só não quero morrer, me entende? – Jackfly estava respirando calmamente agora.

 

— Nós te entendemos. – disse Heavy Duty.

 

E a noite passou. Eles tinham escapado graças à ideia de Dwin. Precisavam ser cautelosos.

 

Próximo Capítulo

 

Resgate à caminho

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+ comentários + 1 comentários

20 de agosto de 2010 às 11:40

Uma história bem interessante... No aguardo pelos próximos capítulos...

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