Ultimate UNF: Spider Man #01

Quem realmente é Peter Parker? O que aconteceria se ele só recebesse os poderes da aranha na faculdade, época de sua vida com hormônios em ebulição e garotas na cabeça?
SENSACIONAL ESTRÉIA

Ultimate Spider Man #01
Na Teia da Aranha

Homem Aranha criado por:
Stan Lee e Steve Dikto.
Por Marcelo Moro.

Universidade de Nova Iorque
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde


O Doutor Curt Connors chega ao laboratório logo cedo.

Ele ainda está deserto.

O pessoal da limpeza já tinha passado e feito seu trabalho. O acesso ao laboratório era extremamente restrito, ou seja, além de sua equipe normal de pesquisa, apenas as três mulheres da limpeza tinham acesso.

A entrada era liberada através de um scanner de retina.

A única maneira de pessoal não autorizado entrar era arrancando um olho de alguém autorizado, por isso o sistema tinha uma segunda salvaguarda, só liberava a entrada quando a segunda pessoa passasse pelo equipamento.

Somente o Doutor Connors tinha acesso individual.

O duplo acesso até protegia seus acadêmicos de entrarem desacompanhados e estarem sozinhos no caso de algum acidente.

Acadêmicos que ainda não tinham chego ao laboratório.

A pesquisa desenvolvida nesse laboratório tinha extrema importância, tanto para a universidade como para ele.

Seria seu Prêmio Nobel de Medicina.

Desde seu mestrado ele persegue uma enzima ou um composto capaz de dar ao corpo humano uma vantagem.

Uma nova habilidade.

Nesse momento ele investigava vários animais e pesquisava qual era a parte de seu DNA que desencadeava suas habilidades.

Seu fascínio era pelos lagartos e sua capacidade de regeneração de suas partes perdidas.

Ele encosta no toco que um dia segurou seu braço e suspira.

Queria ser inteiro novamente. E esse dia estava chegando. Sua pesquisa já tinha dado um salto enorme com a chegada desse novo grupo de pesquisa.

Principalmente a Srta. Stacy, acadêmica do curso de Medicina.

Ela tinha um profundo fascínio sobre a pesquisa e um sonho de aplicar essa técnica aos menos afortunados.

Crianças que nasceram com má formação.

Pessoas que tiveram membros amputados por estarem envolvidos em acidentes, cujo causador estava bêbado demais para entender as consequências de seus atos.

Pessoas que sofreram crimes contra sua vida e ficaram presas a uma cama ou a uma cadeira de rodas.

Ela se dedicava com afinco nessa pesquisa e com isso consegui notável progresso.

Outro acadêmico importante para a pesquisa cursava Engenharia Química.

Harry Osborn era importante para o projeto, pois com sua entrada a quantia de dinheiro para essa pesquisa foi aumentada em dez vezes, graças às doações vultuosas de seu pai, Norman Osborn.

Agüentar o moleque mimado era um preço muito pequeno a se pagar em troca do que o pai dele proporcionava.

Mimado e arrogante.

Eles foram os dois primeiros que chegaram naquele dia.

- Bom dia, professor. Cumprimentou a Srta. Stacy.

- Bom dia, Srta. Stacy, Harry.

- Por favor, professor. Quantas vezes já falei para me chamar de Gwen? Ela flertava descaradamente com o professor.

- É verdade, Srta. Stacy. Na próxima vez eu vou lembrar. Agora preciso de vocês em seus postos de trabalho. Vamos tentar inocular novamente o extrato nas cobaias para ver como elas vão reagir a esse novo composto.

O projeto avançara muito nos últimos dias, graças ao seu aluno mais promissor.

Infelizmente, também era o mais relapso, e só aparecia quando lhe dava na telha.

A irresponsabilidade daquele moleque só era tolerada pela genialidade dele.

Peter Parker.

Acadêmico brilhante do Curso de Engenharia Genética. Ainda no inicio do curso e já tinha entendimento necessário para o trabalho. Foi dele a descoberta da enzima no lagarto que acelera o processo de regeneração. Agora ficaria mais fácil descobrir a cadeia no DNA que possibilitava a regeneração dos membros perdidos.

- Professor – chamou Harry – a cobaia x3 apresentou anomalias.

- Que tipo de anomalia, Harry?

- Nós arrancamos um dedo dela na semana passada e estava crescendo um dedo normalmente. Conferimos na sexta feira. Hoje ela apareceu com dois dedos a mais.

- Droga. Proceda a dissecação da espécie e vamos ver o que deu errado.

- Certo, professor.

- Professor – chamou Gwen – a cobaia z12 apresentou o processo inicial.

- Somente hoje? Faz vinte dias que injetamos o composto.

O Doutor Connors sabia desses problemas desde o inicio. As cobaias denominadas com x eram os porquinhos da índia, enquanto as denominadas com z eram os ratos. Ele deveria descobrir um composto que fosse único e desse certo para as duas espécies diferentes.

Somente com o avanço nessas espécies é que ele arriscaria os primatas.

- Proceda a dissecação dessa espécie também e vamos ver o que deu errado.

Poucos minutos se passam.

- Acredito que sejam os hormônios, professor. A cobaia estava grávida. Posso fazer a coleta e iniciar os testes?

- Sim – responde o professor – proceda dessa maneira.

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Do outro lado da cidade

- Olá Tia May. Peter ainda está dormindo?

- Olá Mary Jane. Sim, ele ficou estudando até tarde ontem.

[- Estudando? Sei... deve ter ficando na internet em site pornô novamente] – pensou MJ.

- PEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEETER – gritou tia May – MJ está te esperando. Quer uma xícara de café, querida?

- Quero sim, Tia. Eu sei como ele demora para se arrumar.

- Pois hoje você se enganou, princesa. Eu já estava de pé. Vamos? Peter deslizava pelo corrimão da escada enquanto conversava com ela.

Peter morava no subúrbio de NY e MJ era sua vizinha. Após o falecimento de seus pais ele viera morar com seus tios. Inclusive tio Ben já tinha levantado e ido trabalhar, pois ele era engenheiro civil e tinha um projeto para discutir com o cliente logo cedo.

Peter já segurava a mão de MJ e a puxava, enquanto ela terminava de tomar um café de pé e na corrida. Ela deixou a xícara na mesinha ao lado da porta da cozinha.

- TCHAU TIA MAY – gritou.

- Agora está com pressa? Por que não acordou mais cedo?

- Não enche, boneca. Só apressa o passo.

- E estamos nervosinhos também? Quer um beijinho para passar essa braveza toda?

MJ olha para Peter e piscava os olhos, fazendo pose de modelo.

Ele parou na caçada, olhando fixamente para ela.

Peter tentava conseguir alguma coisa de MJ desde que começaram a nascer os primeiros pelos pubianos... nele.

Ficava à espreita durante a noite na esperança que ela se esquecesse de fechar as cortinas quando se trocasse.

Ou saísse do banho sem a toalha.

- M... mas é claro que eu quero.

E Peter já se inclinava na direção dela para arrancar um beijo.

- Pois vai ficar querendo.

E saiu de lado. Ela também adorava o Peter, mas ele era um mulherengo que cantava todas as alunas da universidade. Ela não queria e nem seria mais uma. Se ele fosse namorar com ela, seria somente dela e de nenhuma outra.

- Mer...

- Que boca suja, Peter. Como espera me conquistar? E como espera ganhar um beijo me tratando mal desse jeito. Comece o dia me tratando bem que só ai eu penso seriamente se deixo você encostar em mim... ou não.

Ambos entraram no ônibus e Peter sentou-se ao seu lado e ficou calado até a universidade.

No banco da frente uma aranha tecia sua teia.

Ele logo pegou um saquinho plástico que tinha na mochila e a colocou dentro.

- O que você esta fazendo, Peter?

- É uma Loxosceles[1]. Não é fácil achar uma dessa espécie dando sopa por ai.

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[01] São aranhas pouco agressivas, dificilmente atacam pessoas. As picadas ocorrem como forma de defesa, quando macho ou fêmea (ambos peçonhentos) são comprimidos contra o corpo, durante o sono, no momento do uso das vestimentas (calçando um sapato, por exemplo) ou no manuseio de objetos de trabalho (como enxadas e pás guardadas em locais escuros).

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Na próxima edição: Progressos

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