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Prelúdio para Sociedade da Justiça #4: Lanterna Verde

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Seu nome é Alan Scott, e ele era o Lanterna Verde da década de 60. Ser um herói em tempos de desconfiança e medo era uma boa ideia? Iremos descobrir nesse especial.

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PRELÚDIO PARA SOCIDADE DA JUSTIÇA #4: LANTERNA VERDE


Por: Anderson Oliveira

Em muitas casas de Gotham, sempre existia um velho rádio sintonizado na GBC, a emissora de rádio mais ouvida da cidade. Entre músicas de Frank Sinatra, Elvis Plesley, Roy Orbison, Jive Five, Del Shannon, Bobby Vee, Sue Thompson, Ray Charles, Ricky Nelson, Connie Francis entre outros, se destacavam as rádio-novelas e o plantão jornalístico na voz do próprio dono da rádio, Alan Scott:

— Estas sãos as últimas notícias do país e mundo. — diz o apresentador com ênfase na voz. — Os preparativos para o lançamento da sonda Ranger-1 seguem a todo vapor pela Nasa. O lançamento é previsto para o próximo dia 23 de agosto; Na Alemanha, a construção do Muro é acompanhada e discutida por todo o mundo. Analistas internacionais veem na atitude um passo à frente para uma possível Terceira Guerra; Em Keystone foi anunciado a construção de uma ponte que ligará a cidade a sua vizinha recém inaugurada, Central City; Autoridades de Gotham ainda investigam uma briga de bar envolvendo agentes da KGB e uma cantora local. O caso ainda é cercado de muito mistério. — com uma força exagerada na última palavra, Scott encerrou seu bloco jornalístico. Uma vinheta gravada anunciou a próxima atração.

No prédio da GBC, Scott deixou o estúdio em silêncio enquanto um de seus locutores assumia o microfone. Scott pegou um copo d'água no bebedouro e afrouxou sua gravata. Ele era um jovem na casa dos vinte e cinco anos, cabelos loiros penteados para trás, queixo quadrado e semblante sério que lhe envelhecia alguns anos. Herdara a empresa do pai e vinha tocando com a tradicional programação que há anos fazia sucesso.

Após terminar sua água, subiu para seu escritório. Em sua mesa, uma máquina de escrever e um rádio sintonizado na frequência da polícia, por onde obtinha as notícias locais. Já preparava o próximo boletim quando ouviu uma chamada que particularmente chamou sua atenção:

“Todas as unidades se dirijam ao Primeiro Banco de Gotham onde um assalto está em andamento. Meliante é mulher com roupas coloridas...”

— É ela. — disse Scott, que rapidamente deixou tudo de lado e abriu uma gaveta de sua escrivaninha. Dela tirou um anel verde que ao ser usado emitiu um brilho esmeralda.


Enquanto isso, em frente ao banco sob assalto, viaturas da polícia cercam a rua. O capitão de polícia organiza seus homens enquanto observam capangas armados se espalham pelas janelas do banco. Lá dentro, uma mulher de cabelos vermelhos, vestida com uma roupa de bailarina listrada em azul e branco, com um chapéu pontudo à moda dos palhaços e óculos de vidro azul ameaçava os funcionários do banco com um velho bandolim.

— Nada de gracinhas, meus queridos. Só queremos o dinheiro e logo iremos embora.

— Chefe, a polícia cercou a rua, como iremos sair daqui? — disse um dos capangas.

— Deixei isso comigo, Manny, meu velho. Agora vocês, mais rápido, encham essas sacolas!

Enquanto isso dizia, a mulher não percebeu quando um brilho verde envolveu a fachada do banco.

— Aonde vai com tanta pressa, Espinho? — perguntou uma voz forte atrás de si. Se voltando com um sorriso cínico, a moça chamada de Espinho viu um homem alto, loiro, vestido com uma camisa vermelha que ostentava o desenho de uma lanterna, calças verdes e botas vermelhas além de uma capa esvoaçante, verde por dentro e roxa por fora. Seus olhos eram cobertos com uma máscara na mesma cor externa da capa. Em sua mão esquerda, um anel verde brilhava e emitia uma radiação envolvente. A lanterna em seu peito também era verde.

— Ora, ora, ora... vejam se não é o protetor de Gotham. Como vai, meu adorável Lanterna Verde?

— Espinho mandou um piscar de olhos para o herói, porém ele não vacilou e disse:

— Parece que você não consegue ficar longe de encrencas, Espinho. É hora de voltar para a prisão.

— Irei discordar, querido.

— Não me faça machucá-la.

— Me machucar?! Hahahahahaha!! Agora você faz piadas também, chuchu? — depois de desatar a rir, Espinho, com um olhar sério, gritou a seus homens: — Peguem-no!!

Os seis capangas então cercaram o Lanterna Verde. Um deles disparou sua arma. Porém seu tiro foi bloqueado por um escudo energético verde que saía do anel do herói. Em seguida, o mesmo desferiu um potente soco no bandido que foi ao chão. Os outros resolveram então atirar também. O Lanterna Verde criou uma esfera energética ao redor de si, bloqueando todos os tiros até os capangas ficarem sem munição. Em seguida o herói distribuiu socos e chutes derrubando mais um.

— Vamos rapazes, não precisamos disso. — ele dizia, enquanto jogava um dos bandidos sobre o balcão da agencia. Nisso um dos que restavam lhe golpeou pelas costas. Aproveitando a deixa, um outro lhe deu um soco. — OK... se é assim que querem... — o Lanterna Verde então usou seu anel e criou uma luva de boxe de energia e com ela fez um bandido se lançado pela janela. Depois fez uma enorme marreta e abateu outro capanga. E com uma mão de energia, deu um “peteleco” no último bandido. Este bateu no teto e caiu no chão de mármore.

O Lanterna Verde recolheu sua energia e se voltou para Espinho, que observava a luta resignada e sem ação. Se aproximando vagarosamente, o herói estendeu a mão, mas para sua surpresa, recebeu um golpe de karatê e quando viu já estava no chão.

— Pela última vez, Lanterna Verde: saia do meu caminho e não se meta nos meus negócios! — disse histericamente a vilã, pegando a maior quantidade de sacolas de dinheiro que conseguiu e esboçando uma fuga. Ainda no chão, o herói ergueu sua mão e lançou uma corda de energia contra Espinho, mas ela a rebateu com seu bandolim. Na mesma hora o construto perdeu o efeito e ela fugiu subiu as escadas nos fundos da agência.

— Maldito violãozinho de madeira! — exclamou o herói se levantando e correndo na mesma direção da vilã. — Por que ela está subindo? O que será que a Espinho está tramando dessa vez?

Ouvindo seus passos apressados sempre adiante, o Lanterna Verde segue o rastro de Espinho decidido a não deixá-la escapar. Após a árdua tarefa de subir os dez andares do prédio, o Lanterna chegou ao terraço onde, para sua total assombração, viu Espinho entrar em um estranho avião, revestido com metal e com o símbolo de uma estrela negra.

Assim que a máquina levantou voo de forma barulhenta e expelindo muita fumaça, o Lanterna Verde criou ao redor de si uma áurea verde e também se pôs a voar, seguindo o avião que cortava os céus de Gotham em alta velocidade.

— Ela não pode ter conseguido um desses sozinha. A Espinho deve estar trabalhando com alguém... ou para alguém... Ei, o que é isso?! — o herói de repente viu vindo em sua direção rajadas de tiros vindos do avião. Rápido como um pensamento, criou um escudo para se proteger, mas com isso deixou de avançar em seu voo e o avião se perdeu na distância. — Não pense que escapou, Espinho... amanhã um cuido de você.

Voltando para o local do crime, o Lanterna Verde aterrisou entre as viaturas da polícia. Viu os capangas da Espinho sendo levados para o camburão. Logo o capitão de polícia veio até o herói.

— Obrigado, Lanterna Verde, graças a você os danos foram minimizados e esses meliantes foram presos.

— Não foi nada, capitão eu só--

— Ele a deixou fugir! — gritou alguém na multidão. — ele acobertou sua fuga, isso sim!

— É mesmo! — disse outra voz. — Veja só, essa camisa vermelha dele! Porque o Lanterna VERDE usaria uma roupa VERMELHA?

— Comuna! Comuna!! — gritaram alguns em uníssono.

— Ora, não tenho tempo pra isso. — indignado, o Lanterna Verde alçou voo e deixou a rua coberto de gritos. Um ano atrás, quando a bateria com o anel energético veio á ele, o jovem empresário Alan Scott só tinha em mente boas intenções. Só queria ajudar os cidadãos, pois sabia que a bateria veio a ele para esse fim. E agora recebe em troca desconfiança e ofensas. Tudo graças ao clima paranóico que tomou o mundo. Maldita Guerra Fria...


Mais tarde, encontramos o Lanterna Verde entrando pela janela do escritório de Alan Scott. Ele mal chegou e alguém batia euforicamente na porta. Rapidamente ele tirou o anel e magicamente sua roupa de herói deu lugar ao terno preto do empresário. Pondo o anel no bolso do paletó, ele foi atender a porta.

— O que foi? Será que não posso tirar um cochilo?

— Desculpe incomodá-lo, senhor, mas tem alguém que quer vê-lo. — disse o funcionário da GBC com um olhar nada agradável. Descendo até a sala de reuniões, Scott viu um senhor de terno e óculos escuros.

— Sr. Scott? Muito prazer, sou Jacob Doyle, oficial de justiça, preciso de assine esta intimação.

— Intimação? O que está havendo, meu senhor?

— O senhor foi convocado a comparecer no Comité de Atividades Anti-Americanas para esclarecimentos quanto a posição política de sua emissora.

— Humpf... que absurdo... — Scott reclamou, mas mesmo assim assinou o papel.


A audiência foi dois dias depois. Todos os empresários das telecomunicações, além de artistas e outras personalidades estavam sofrendo a mesma sabatina. Durante horas a fio Scott respondeu as perguntas dos agentes sem titubear, deixando claro seu compromisso com a nação – ainda que no fundo não deixava de ter ideais esquerdistas. Após sair da comissão, Alan Scott tomou um taxi, que aparentemente estava esperando por ele.

— Como foi, Sr. Scott? Deu tudo certo? — perguntou o motorista assim que Alan entrou no carro.

— Acho que sim, velho Doiby Dickles. Nada que eu já não esperasse.

— Para onde vamos agora, senhor?

— Vamos para o centro de Gotham. Tenho negócios inacabados para tratar.


Algum tempo depois, o taxi parou num beco deserto quando a noite já caia. Alan saiu do carro e adentrou no beco, Doiby Dickles continuou lá dentro. Alan não fez questão de se esconder, e colocou o anel se transformando na frente de Dickles. O taxista era o único que conhecia o alter ego do herói.

Agora o Lanterna Verde entrava em um prédio velho e abandonado. Flutuando envolto em sua energia verde, ele subiu as escadas sem fazer barulho. Ao subir oito andares, começou a ouvir vozes. Então desfez o campo energético para que seu brilho não o denunciasse, e ficou a escutar a conversa:

— Mexam-se, rapazes. Nosso benfeitor misterioso entrou em contato. Temos uma nova missão. — a voz era de Espinho. — Ele marcou um encontro

— Como suspeitei. Ela está trabalhando para alguém... — pensava consigo o herói.

— Não gosto disso, chefa. — Resmungou um dos capangas. — Sou ladrão, mas ainda sou americano... trabalhar para os vermelhos é--

— Cale-se, estúpido! — Espinho o interrompeu. — Isso não tem a ver com política, mas sim com grana. Se o nosso pagador bebe vodca em vez de uísque não é problema nosso.

— Hmmm... Espinho tem negócios com os soviéticos. Isso está me intrigando cada vez mais. — o Lanterna Verde deu um passo atrás e respirou fundo. — Acho que é hora de agir.

— Então mexam esses seus traseiros gordos e vamos ao trabalho-- Mas que diabos?! — Espinho foi surpreendida quando uma corrente verde e brilhante laçou seus braços e rapidamente a amarrou com completo. Seus capangas logo sacaram suas armas, mas o que parecia ser uma rolha verde surgiu no cano de cada uma. Espinho não precisou de nenhum esforço para saber o que estava acontecendo: — Maldito Lanterna Verde!!

— Esse é o fim da linha, Espinho. — disse o herói, entrando na sala com seu anel irradiando sua energia. — Espero que seu camarada russo não fique desapontado.

— Na verdade eu espero que você não fique bravo comigo. Nossa relação é tão bonita. — disse a vilã com um sorriso sarcástico.

— Do que está falando, sua louca?! — disse o herói confuso.

— Bwahahahaaa!! Homens! — debochou Espinho, enquanto secretamente acionava um dispositivo em sua luva. — Meu “camarada” não terá nenhuma pena de você, fofinho.

Sem esperar, o Lanterna Verde foi atingido por uma explosão. Estilhaços de vidro para todos os lados, atingindo também os capangas de Espinho. Com o Lanterna atordoado, a vilã escapou das correntes e saltou pelo rombo na parede que ficou no lugar na janela. Vendo a cena, o herói pensou que ela iria se matar. Inconscientemente sua reação foi pular a seu encontro, porém se deteve, quando viu Espinho agarrada a um helicóptero estranho, semelhante ao jato que usou para fugir do banco.

— Meus santo Deus! — exclamou o taxista Dickles vendo a cena da rua.

— Você não vai escapar de novo! — o Lanterna então apontou seu anel para o helicóptero e logo um campo de força verde envolveu o veículo. Usando toda a sua força, o herói segurava a aeronave em pleno voo, para o desespero da vilã.

— Raios! Faça alguma coisa, seu imbecil! — Se dirigia ao piloto.

— Я не понимаю, что вы говорите, женщина! Это безумие! — disse o piloto, se esforçando para fazer o helicóptero subir, tentando resistir ao campo de força.

— Malditos russos! — gritou Espinho, que observou o Lanterna Verde conduzir o helicóptero cada vez mais perto do chão.

— Não... aguento... mais!! — suando litros, o herói usando toda sua força, com os braços trêmulos e apertando os dentes, finalmente cedeu, dobrou os joelhos e se debruçou no vão da parede.

Ele apenas viu o helicóptero bater suas hélices nas paredes dos prédios em volta, mas já tão próximo ao chão que não havia perigo de explosão. Mesmo assim destroços de concreto e metal voaram por toda a parte, obrigando Dickles se esconder atrás de seu táxi. Quando as hélices por fim pararam, já despedaçadas, o piloto russo deixou a cabine e buscou fugir. Rapidamente Dickles saiu de seu esconderijo e se jogou sobre o homem, o nocauteando.

Espinho também esboçou fugir, mas um lampejo verde a deteve. O Lanterna Verde usou sua energia para descer ao chão, ainda muito cansado, dizendo para a vilã:

— Não vai escapar dessa vez...

— Ok... eu me rendo... — Espinho ergueu os braços, e se aproximou do Lanterna Verde. — Você ganhou mais uma vez, herói. Eis aqui seu prêmio. — De súbito, Espinho puxou o Lanterna e lhe deu um beijo escandaloso. O herói não recusou o prêmio. — Uma pena que estamos em lados opostos... — disse ela quando terminou.

Da... um pena... — disse uma voz forte, carregado sotaque russo. Todos olharam para cima, e sob suas cabeças pairava uma enorme aeronave soviética, praticamente oculta na noite. — Seus serrviças serriam muito úteis, Lanterrrna Verrrde. — disse o dono da voz, de uma escotilha, com seu corpo parcialmente na penumbra. Então dois pequenos objetos caíram da nave. Ao tocarem o chão, começaram a soltar uma fumaça branca. Espinho deu uma cotovelada no Lanterna, de seu cinto tirou um lança-arpão e subiu até o misterioso vilão. Este disse por fim: — Com os saudações do Ultra-Humanóide, camarrrrada.

E pegos pelo gás, o Lanterna e Dickles caíram no sono.


Mais tarde, não sabendo exatamente quanto mais tarde, o Lanterna é acordado por uma voz feminina:

— Valente amigo. Você trabalhou bem. Pena que cheguei tarde demais.

— Q-quem... quem é você? — O Lanterna mal conseguiu enxergar. Só viu um vulto esbelto diante de si. Aos poucos, sua visão foi voltando e ele viu uma moça loira, de jaqueta preta e uma máscara sobre os olhos.

— Eu sou a Canário Negro. E tenho uma proposta para você.


Continua...

Agradecimentos ao Black Raven pela revisão!
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+ comentários + 6 comentários

5 de junho de 2010 às 16:49

Totalmente Era de Ouro.

Nostálgico. Capturou aquele mesmo clima das histórias corridas e diretas. Vi cada quadrinho.

Bom capítulo, brima.

Abraço.

5 de junho de 2010 às 17:01

Salve, brima Nery!

É isso mesmo. Quis traduzir o clima da Era de Ouro nessa fic. Ainda bem que gostou!

Abraços!

5 de junho de 2010 às 17:08

Muito legal o seu Lanterna Anderson!
Você captou o clima das histórias daquela época, o Lanterna Alan Scott original nunca havia me chamado a atenção, mas esse seu sim me fez ficar com vontade de ler mais histórias dele!
As cenas de ação, bem como o clima de perseguição aos “malditos comunas”, merecem muito destaque. Faz a gente se inserir na situação da época!
Meus parabéns cara! A SJA ganha um reforço de peso!
Um abração e até mais!!!

6 de junho de 2010 às 13:36

Fála Anderson!!!
Puxa, um ótimo capítulode estréia do Lanterna Verde! Como eu lhe falei, deve ter sido difícil de se segurar e diminuir os poderes de um persoangem tão poderoso, a ponto de ele não conseguir capturar a Espinho...Só senti a falta da origem dele, fiquei curioso se nessa nova versão ele ganha o poder de uma forma diferente do universo tradicional!! Foi um rpazer ajudar na revisão do texto, cara.. conte comigo sempre que rpecisar... Abraço!

7 de junho de 2010 às 12:50

Caraca, Anderson... Achei esse capítulo simplesmente de mais!

Capturou direitinho o espírito dos anos 60!! Como o Nery falou, é completamente Era de Ouro! As frases dos personagens, as cenas de ação e tudo mais ficaram ótimos!!

Mas o que eu mais gostei? Foi a aparição da minha loirona no final é claro! Amei essa integração que você fez.

Nota 10!! Abração, cara e até a próxima.

10 de junho de 2010 às 15:10

nem tenho o que comentar. o povo aí disse tudo já. mas posso falar que curti muito o que li. bem escrito, interessante mesmo. parabéns pela capa também!

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