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Na Biblioteca: O Código da Vinci

Busca-se com essa leitura, a confrontação com dados apresentados no filme, para posterior avaliação sobre seus itens faltantes. Com isso, analisar a profundidade do livro em decorrência do filme, e seu conteúdo.

Visamos analisar do ponto de vista católico as informações, em confronto com a fé dita e participativa, e se realmente o livro pode ofender a fé cristã, ou firmá-la perante o criador.

Também, no decorrer do trabalho, apresentar a visão do autor para algumas falácias apresentadas, questionando sempre se a obra de Deus pode ser seguida a risca, ou ao coração dos homens.

O CÓDIGO

Alguns fatos que são mostrados no início do livro, reproduzo aqui com exatidão:

O Priorado de Sião – sociedade secreta européia fundada em 1099 – existe de fato. Em 1975, a Biblioteca Nacional de Paris descobriu pergaminhos conhecidos como Os Dossiês Secretos, que identificavam inúmeros membros do Priorado (...), inclusive Sir Isaac Newton, Boticelli, Victor Hugo e Leonardo da Vinci. (BROWN, p.9)

A prelazia do Vaticano conhecida como Opus Dei é uma organização católica profundamente conservadora, que vem sendo objeto de controvérsias recentes, devido a relatos de lavagem cerebral, coerção e uma prática perigosa conhecida como “mortificação corporal”. A Opus Dei acabou de completar a construção de uma Sede Nacional em New York, ao custo de aproximadamente 47 milhões de dólares (BROWN, p.9, grifo nosso).

As primeiras 78 páginas do livro são contadas com razoável fidedignidade no filme. Como não poderia deixar de ser, o pecado cometido foi na caracterização da buscar de Robert Langdon, pois no livro ele estava no quarto, e no filme dando autógrafos.

Algo que me chamou muito a atenção, mesmo no filme como nas páginas iniciais do livro, foi o uso do silício por Silas, e também por vários outros adeptos. Aqui, se me permitem, quero abrir um parêntese sobre a auto flagelação. É sabido de todos como a auto flagelação é uma maneira que as pessoas acham que podem ficar mais próximas de Deus. Eu questiono esse fato. Como eu posso acreditar que o Deus que prega ao amor abnegado ao próximo, um Deus que deseja que perdoemos nossos inimigos, e mesmo nossos inimigos não nos perdoando, que ofereçamos a outra face, pode ser o mesmo Deus que deseja que seus seguidores, seus filhos, ofendam ao próprio corpo, que se castigue, que sofram para estar mais perto dele. Nesse ponto sou bem sincero em dizer, que não acredito em auto flagelação. Quem recorre a essa técnica para ficar mais perto de Deus, é uma pessoa mesquinha, egoísta e burra. Eu acredito piamente que, para ficar mais perto de Deus, basta praticar o amor e a fraternidade. E fecho parênteses.

No transcorrer da história, somos apresentados a duas sub-tramas, desde seu inicio. Sophie e Langdon no museu, e Silas em sua busca. Cada uma delas contidas em si, mas sabendo que se ligarão em determinado momento. A independência delas, mas ao mesmo tempo essa ligação extremamente forte que possuem, prende a leitura de forma a imaginar o que o outro está fazendo ou descobrindo nesse momento. E ainda mais, força nosso imaginário a tentar vislumbrar em que momento os fatos vão se unir para que tudo fique mais claro.

O Malles Maleficarum, chamado de Martelo das Feiticeiras é citado no livro, o que remete a muitos filmes e livros de caça às bruxas. Novamente nos é apresentado uma face da Igreja Católica intolerante, que julgou o feminino como arma do demônio, e assim baniu de todos os lugares da igreja. Mulheres que louvavam a Mãe Terra, ou a Deusa, foram julgadas e queimadas como bruxas, e não como as sacerdotisas da natureza que eram.

Jô, 38:11, que diz:

“TU CHEGARÁS ATÉ ESTE PONTO E DAQUI NÃO PASSARÁS”

Achei muito interessante essa mensagem, pois ela também pode motivar como elemento motivacional, ou seja, ela é claramente um desafio a quem lê e a quem chega até este ponto.

Obviamente, sabemos que o filme retira vários pontos do livro e não os mostra, mas uma passagem interessante ocorreu o contrário. Quando Langdon e Sophie estão no carro forte, ela “cura” a claustrofobia de Robert colocando as mãos em suas têmporas, fato esse que não consta no livro. Essa é a primeira prova palpável do filme, informando que o Sangreal, ou comumente chamado, o Santo Graal é, na verdade, Sophie.


Outra passagem interessante, que no livro fixa extremamente fora de contexto é, nos momentos finais, quando a policia invade a sede do Opus Dei, e atinge Silas, que por sua vez atinge com uma bala Aringarosa. Como fica explicado o fato que é Silas que leva o Bispo para o hospital, se haviam policiais ali? Infelizmente, acaba sendo uma passagem do livro que ficou desastrosa, se formos pensar em continuidade.

Com isso, vemos as discrepâncias entre o livro e o filme. Analisando friamente pela indústria do entretenimento, vemos que o filme é algo extremamente comercial, sem ater-se com fidedignidade ao livro. Muito me espanta em ver um autor concordar com mudanças na sua obra, mas sempre lembramos que o dinheiro compra tudo.

QUEBRANDO O CÓDIGO

Paralelo a isso tu, foi analisado também o livro de Darrel Bock, intitulado Quebrando o Código da Vinci.

A comparação dos dois livros foi extremamente gratificante, pois nada mais é que o contra-ataque do segundo com o primeiro.

Dan Brown mostra um igreja que veio corrupta desde o começo, e Darrel mostra que os estudo de Brown são falácias.

Dan acusa a igreja de esconder a verdade sobre Jesus, e Darrel mostra que a Biblia não fala nada sobre o casamento ou a família de Jesus.

Sem nos atermos muito às comparações, fica a dúvida para o leitor, sobre quem fala a verdade. Será que realmente a igreja nos mantém no ostracismo com o intuito de nos governar melhor? Sendo assim, porque a igreja católica perde seguidores ano após ano?

Será que a Igreja fala a verdade, e Brown nada mais é que um fomentador de inverdades? Alguém interessado em minar a base católica do planeta?

Alusivo a isso, lendo os dois livros, o autor desse artigo tem a seguinte conclusão. A obra de Dan Brown é uma delicia de ser lida, assim com a de Darrel enfatiza o poderia da Igreja desde seu inicio.

Independente às conclusões dos livros, vemos que a família é algo santificado, lindo e poderoso, e sentimos muito o fato que Jesus, caso não tenha sido casado e constituído família, tenha perdido esse aprendizado maravilhoso. Ter um filho e vê-lo crescer é o melhor e mais poderoso aprendizado, e a mais forte benção que um casal pode receber de Deus.

Deus, infinito em sua misericórdia, NUNCA mandará uma alma para o inferno, mesmo que numa vida inteira de pecado, ela só se arrependa nos segundos finais, afinal ele prega o perdão, e como pregador é o Primeiro seguidor.

Com isso, Cristo, casado ou não, com filho ou não, nos deixou um ensinamento, de amar e perdoar, ser honesto e bendizer as pessoas, com humildade e fraternidade.

O resto é história.



REFERÊNCIAS

BROWN, Dan. O Código da Vinci. Ed Sextante, RJ – 2004.

BOCK, Darrel L. PH.D. Quebrando o Código da Vinci. Ed Novo Século, SP – 2004.


Quer saber mais sobre a vida de Maria Magdalena e sua filha com Jesus?
Leia The Magdalena, aqui no UNF.
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+ comentários + 2 comentários

8 de junho de 2010 às 08:28

Legal o texto, Moro.

As diferenças entre livro e filme, apesar de existirem, não são tão grandes como em Anjos e Demônios, o que faz de O Código da Vinci melhor filme que o outro, mas não melhor livro.

Eu li Quebrando os Código da Vinci, na época eu ainda me considerava católico... agora não mais, pois descobri um "segredo" muito maior que as igrejas não dizem (a verdade é que a maioria nem conhece) mas que está cravado na História, nos textos sagrados de todas as culturas, e no nosso próprio código genético.

Mais detalhes sobre isso em Sagrada Justiça.

8 de junho de 2010 às 09:38

Estou lendo Sagrada Justiça
E vendo várias coisas...
thanks

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