Alemanha Nazista. As agentes BloodRayne e Mynce, foram enviadas para investigar estranhos acontecimentos num pântano, no interior no país. Os habitantes estavam infectados com uma espécie de vírus, que foi propagado por estranhas criaturas encontradas no local. Agora, no meio desses seres, Rayne e Mynce devem sobreviver e ainda cumprir seus objetivos secretos.
Bloodrayne #1
Parte 1 – Sangue, monstros e ruivasPor Matrixbrazilbh
Alemanha Nazista – Anos atrás
Ela caminhava sob o pântano. Ao longe todas aquelas criaturas conseguiam vê-la. Não vampiros. Não demônios. Mas criações absurdas de uma mente humana deturpada.
Bolhas subiam nas águas lamacentas do lugar. A mulher via tudo aquilo do alto. O vento batia em seus cabelos ruivos, e criava uma sinfonia macabra naquela noite. As folhas das árvores balançavam, os galhos caíam sob as águas e ela simplesmente andava.
Os postes usados para levar energia elétrica para os moradores do pântano serviam de passarela para ela. Ela caminhava sob os fios, como se fossem largas ruas, com um perfeito equilíbrio.
Então, usando sua visão aguçada, ela avista as criaturas que caminham sob terra firme. Ela ativa suas armas, denominadas Twin Blades, que são uma espécie de espada equipadas em cada um de seus braços. Então ela corre. Sem perder o fôlego, ela chega no local onde avistou seus alvos.
Ainda do alto, ela observa, para ver quando e onde terá vantagem e gastará menos tempo para eliminar todos. Ela ativa uma de suas habilidades, a Visão Dilatada. Ela consegue pensar e agir mais rápido, o tempo parece desacelerar, e muitas vezes até mesmo parar. E racionando tudo, ela salta. Realiza vários giros com seu corpo. Seu fino salto de metal fura o ar, garantindo maior velocidade, então, ela atinge o primeiro alvo em cheio, passando por dentro do corpo dele, dilacerando-o.
-Isso, foi nojento – disse ela.
Se levantando rapidamente, ela viu outros correndo em sua direção. Com suas Blades, ela cortava e dilacerava todos que se aproximavam, sem dó. As criaturas soltavam ruídos de dor, o que agradava ainda mais Rayne e a deixava com mais vontade de matar.
-Hitler fez mesmo um bom trabalho criando vocês – disse ela com sarcasmo – Mas é claro que eu faço um bem melhor os matando.
Rayne escuta o barulho de um barco de aproximando. Não um barco muito grande, mas um barco feito para andar em pântanos. Nele, alguns soldados nazistas armados até os dentes se aproximavam.
-Da ist sie! – gritou um deles.
E assim, todos prepararam suas armas, as novíssimas Sturmgewehr 44[1], miraram na mulher e começaram a atirar.
-Oh, que medo – dizendo essas palavras, Rayne ativa sua Visão Dilatada, para desviar das balas, e corre em direção barco – Cuidado com a água garota – pensa ela.
Com um salto, ela alcança o barco, e se esquivando em uma velocidade extremamente rápida para os olhos soldados, corta alguns ao meio horizontalmente e alguns verticalmente, de baixo pra cima, dividindo-os até o topo da cabeça. Indo mais pra trás no barco, ela avistava os soldados faltantes. Desativando sua Visão Dilatada, ela diz:
-Hey, nazis... Vocês querem realmente fazer isso? – falou em tom provocante – Se quiserem podemos ir ali dentro e fazer algo muito mais... interessante – lambia seus lábios vermelhos.
Os dois nazistas que estavam vivos se entreolharam. Pensaram e se viraram para matar a damphir. Mas quando olharam novamente, ela não estava mais à frente deles.
-Meninos malvados – Rayne decapitou um dos soldados, o mais velho, e deixou o mais jovem tentar acerta-la.
Ele tenta dar-lhe um soco, mas ela bloqueia, segurando a mão do rapaz. Aproveitando a chance, ela abraça-o com suas belas pernas e acerta-lhe o pescoço, para amaciar a carne, e assim, dá uma forte mordida e suga todo o sangue dele. Ao terminar, para evitar a transformação do soldado na raça que ela mais odeia, ela o solta e dá um chute giratório, que o deixa caído ao chão, e depois, corta-lhe a cabeça.
-Mais fácil e mais prazeroso que insultar Hitler – disse ela de forma sarcástica.
-Soldaten? Respond, Soldaten? – uma pausa – Visual Bestätigung der US-Truppen im Ort, senden wir die Königin der Unterwelt – era o radio-comunicador do barco.
-Confirmação de soldados americanos? – estranhou Rayne – Mas a Sociedade me garantiu que eles não viriam – parou pra pensar e traduzir as últimas palavras do rádio-comunicador do barco – Rainha do Submundo? Mas como? O portal foi fechado há anos!
Rayne não teve mais tempo de pensar. Ouviu barulhos de hélices, e um contêiner caiu nas águas lamacentas do pântano.
-Merda – disse com desprezo – Chegou tão rápido assim?
Barulhos começaram a sair do contêiner. Batidas fortes na porta do mesmo. Tudo parecia ceder.
Então, a porta foi arrancada, e arremessada na direção do barco.
-Vadia – disse Rayne, pulando para os galhos de uma árvore próxima.
De lá, ela viu a criatura sair do contêiner. Era como os seres que ela tinha acabado de enfrentar, só que bem maior. Seu corpo era parecido com o de uma aranha, mas de coloração amarela. Suas patas possuíam garras, que eram feitas para cortar e auxiliar na alimentação. Suas presas eram venenosas, e faziam das vítimas fáceis alvos para a criatura. Seu ferrão era protegido por uma espécie de armadura, indicando na percepção de Rayne, um provável ponto fraco. Seus olhos pareciam dar ao ser uma visão bem aguçada.
E a criatura urrou. Saliva voou para todos os lados, acertando as luvas de Rayne, que começaram a derreter.
-Ah, merda. Essa coisa é ácida – disse tirando a luva acertada – Vamos lá, é hora de acabar com essa vaca.
Rayne pula em direção à ela, que se vira e abre a boca para tentar engolir a damphir, que rapidamente desvia o trajeto de seu salto e acaba caindo em pedaço de terra que estava por ali. Rayne corta as patas dianteiras dela, que ainda continua de pé. O lugar cortado começa a se regenerar, indicando que só alguns cortes bem localizados de nada adiantariam, precisava ser algo de maior escala.
Então, desativando suas Blades, ela salta em direção ao ferrão, que parecia ser um ponto fraco e arranca a armadura fora.
-Ah, corta essa!
Ela vê que debaixo daquela armadura, não era o ponto fraco, mas sim uma espécie de útero, onde criaturas como aquela, eram geradas. Eram muitos ovos, cobertos por uma gosma verde, que parecia uma proteção. Rayne ativa suas Blades e tenta destruí-los, mas a criaturas se balança e a joga pra longe, num dos destroços do barco nazista que ela havia acabado de enfrentar.
-Oh, droga – disse ela em voz baixa – Onde será que é o ponto fraco dela?
Ao dizer essas palavras, Rayne via a criatura devorando os corpos dos nazistas que ela havia acabado de matar. Conseguia perceber as granadas nos cintos e coletes dos soldados. Seria essa uma chance pra ela?
-Preciso tentar – dizendo isso, ela saltou em direção a soldados que boiavam e pegou um cinturão de granadas. Então foi na direção da Rainha, ativando sua Visão Dilatada para facilitar a mira e dificultar ser pega pela criatura, Rayne retira o pino de uma das granadas e lança em direção à grande boca que devorava os soldados. Ela ingere o corpo juntamente com o cinturão de granadas, que após cindo segundos causa uma explosão – Ótimo! Ela já era!
A fumaça levanta. Seria esse o fim da Rainha do Submundo? Tudo indicava que sim.
Então Rayne virou as costas e se comunicou com seu objetivo. Pelo menos tentou, pois a Rainha, usando sua língua amarou-a pela cintura e levou-a até sua boca. Rayne não podia se soltar, pois seus braços estavam presos à cintura.
-Não acredito que vou morrer assim. Isso é humilhante.
Mas Rayne passou as pernas sobre a língua na Rainha, o conseguiu corta-la, usando seu salto com ponta de ferro. Um grito de dor pôde ser ouvido. A Rainha não estava feliz o que acontecera há pouco. Mas Rayne estava satisfeita. Ela conseguiu irritar a Rainha do Submundo. E agora iria mata-la, para conseguir chegar em paz ao seu objetivo.
Então ativou novamente suas Blades e agora, usou sua Visão Áurea, capaz de identificar corpos, vivos ou não, e seus pontos fracos.
-Eu te dei uma colher de chá vadia – gritou Rayne – mas agora é pra valer!
Assim, partiu correndo, e percebeu o ponto fraco da Rainha.
Ah, então você TEM um coração, sua filha da--
Mas os pensamentos de Rayne são interrompidos por um ataque da Rainha, que acerta o busto da damphir, jogando-a longe. Ela bate em uma árvore, e cai ao chão, apoiada em seus joelhos. Ela cospe sangue.
Franzindo a testa, e afiando suas presas em um sentimento de raive, ela desativa a Visão Áurea e ativa a Visão Dilatada. Agora ela já sabe onde é o ponto fraco da aberração. Então corre, salta pelas árvores para evitar contato coma água e se agarra na parte debaixo da Rainha. Lembrando-se de onde era o coração, ela levantou uma de suas Blades, e acertou-lhe certeiramente no local.
-Chupa essa, vadia!
Rayne volta para terra firme, e vê a criatura se dissolver nas águas lamacentas do pântano. Dando as costas, ela volta a seu trajeto anterior, para chegar ao seu objetivo. Ela salta pelos galhos das árvores para ter uma visão mais ampla do que está pela frente. Ela observa as águas do pântano e vê algumas casas construídas com alicerces sobre elas.
-Será que tem algo útil dentro dessas casas? – disse ela enquanto descia para entrar em uma – Não custa nada conferir.
Ela entra, e se depara com mesas, cadeiras e camas, tudo de madeira. Os colchões já estavam podres, como se ninguém dormisse ou cuidasse daquele lugar há anos. Ela ouve barulhos e se aproxima de uma das paredes, era de estrutura fraca, já estava um pouco quebrada. Então um estranho ser quebra aquela parede e se joga pra cima de Rayne, desprevenida, ela cai ao chão e o ser cai em cima dela, e começa a babar. Sua face é deformada assim como toda sua pele, repleta de bolhas que estouravam e delas escorriam uma espécie de pus que grudava nos braços da Rayne. Se ela não matasse logo aquela criatura, seria devorada.
-Saia de cima de mim! – Rayne observava como era a criatura – Então você deve ser um dos infectados, huh? – Dizendo isso ela ativou suas Blades, usando de toda sua força, atirou o ser longe, e assim que levantou, pulou sobre ele, cortando-lhe a cabeça – Então é assim que são os Enfermos.
Rayne pega o rádio-comunicador que está em seu cinto, um avanço tecnológico que tem o alcance de três quilômetros e mede aproximadamente quinze centímetros, e se comunica com seu objetivo.
-Agente Mynce? Sou eu, Agente BloodRayne.
-Rayne, sabe que não precisa me chamar de “agente” e eu não preciso usar se codinome. Ninguém nos conhece por aqui, além disso, nem existimos oficialmente – disse a voz do outro lado do comunicador.
-É hábito, Mynce. Enfim, achei alguns Enfermos, enfrentei a Rainha do Submundo e alguns Maraisreq.
-Rainha do Submundo? – espantou-se Mynce – Tem certeza?
-Sim, eu lutei contra ela e venci.
-Impossível! – disse mais espantada – Ela era vermelha?
-Vermelha? Não, era amarela.
-Sinto muito, Rayne. Você só enfrentou mais uma Maraisreq.
-Não! Tinha um útero, e era gigante! Não era um Maraisreq. E os nazistas disseram pelo comunicador que estavam enviando a Königin der Unterwelt.
-Existem Maraisreqs produtores, eles se alimentam de corpos humanos e depois os regurgitam, e esses se tornam os Enfermos. E mais um motivo para você não ter enfrentado a Rainha do Submundo...
-Diga...
-A maldita está vindo na minha direção agora. Consigo vê-la de longe. Rayne, preciso de sua ajuda. Te treinei, mas você desenvolveu muito mais suas habilidades de damphir do que eu. Essa criatura é muito poderosa, e têm a costela de Beliar em sua possessão. Venha rápido!
A comunicação foi cortada.
-Oh, droga! – Rayne socava a parede para descontar sua raiva – Costela de Beliar? Filha da Puta!
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[1] A Sturmgewehr 44 foi o primeiro rifle de assalto, similar às modernas M-16 e Kalashnikov AK-47. O ZG 1229, também conhecido pelo nome código vampiro, poderia ser utilizado por sinppers à noite, através da sua visão por infravermelhos.
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muito louco!! mwhahaha! mas li de um a vez só!!! parabéns, meu caro!! siga em frente!!
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