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Invasores 2099 #7. Nós somos... Os Invasores. Parte 1.

O grupo reunido pelo Visão tem uma difícil missão pela frente, mas se conseguirem vencer, terão um incrível aliado:

Thor, o deus do Trovão!



O passado distante.

Em 2012 a humanidade quase foi extinta, devido a um grande cataclisma mundial que foi impedido somente quando todos os superseres do planeta, heróis e vilões, uniram forças diante de uma ameaça que não podiam enfrentar sozinhos.

O que poderia ter sido o início de uma nova era de paz logo se tornou o pior pesadelo da humanidade.

Skrulls, Shiar’s, Krees, Espectros, Ninhada, Falange e Badoons.

Uma coalizão dessas raças invadiu o planeta e em pouco mais de um ano a humanidade foi derrotada.

Na sequencia uma grande colonização teve início, com cada raça recebendo uma área do planeta para controlar conforme sua vontade.

Tem sido assim a quase cem anos.

O presente.

No ano 2099 vários focos de resistência têm surgido ao redor do planeta, ao mesmo tempo em que os atuais senhores do mundo enfrentam uma situação inusitada, tendo perdido contato com seus impérios estelares, deixando-os vulneráveis a um ataque dos rebeldes.

Finalmente a ofensiva de retomada da Terra começou.


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Nós somos... Os Invasores. Parte 1.
Por João Norberto da Silva.

Os tiros laser e as explosões pareciam cada vez mais próximos, mas o casal de namorados, que estava bem no meio do que parecia uma guerra, não se importava.

- Você imaginava que estaríamos fazendo algo assim um dia? – Fóton precisava gritar para que seu namorado a ouvisse em meio aos estrondos do ataque inimigo.

- Pau! – O Capitão América erguia o escudo de seu antecessor, reforçando o mesmo com suas energias mutantes, enquanto respondia. – Claro que não linda! Mas é demais!!

O grupo, reunido pelo sintozóide Visão, estava dentro de uma das penitenciárias alienígenas de segurança mínima, o que indicava que a guarda do local tinha poder de fogo suficiente para devastar Nova York.

Mais de uma vez.

Não muito longe do casal de namorados, outros dois membros da equipe, espantosamente, trocavam amenidades em meio ao campo de batalha.

- O que você acha Aranha? – O guerreiro demoníaco acabava de abrir um buraco no peito de um dos guardas Skrulls, enquanto se voltava para seu companheiro.

- Sobre nossas chances de sobreviver Crânio? – O outro saltava sobre dois oponentes e num movimento muito rápido quebrou o pescoço de ambos.

- Não seu babaca... Quando é que o casalzinho vai sumir prá poder dar uma no meio da luta...

- Não consigo mesmo entender o humor de vocês...

- Pau... Esquece... Cuidado com seu lado direito!

Ali perto duas mulheres atacavam os Skrulls de maneira silenciosa, usando golpes e uma energia estranha, desconhecida, que poderia facilmente ser confundida com magia.

Só que em 2099 a magia praticamente estava extinta.

Foi o que os alienígenas pensaram, pelo menos.

O Capitão América lançava o escudo contra seus oponentes apenas desarmando-os, pois acreditava nas palavras do Visão, sobre o dono anterior evitar ao máximo causar mortes com sua arma. Desse modo os Skrulls morriam apenas pelos poderes mutantes dele.

Após derrubar mais um grupo de inimigos, o Capitão deixou que sua memória o levasse até o momento que os havia trazido até ali.

XXX

O passado recente. Dois dias atrás.

- Você está bem mesmo Belle?

- Claro seu bobo... Já falei que logo, logo eu posso levantar... Só me acertaram por causa de sorte...

- Sorte... Sei...

O Capitão América e o Crânio Vermelho haviam acabado de voltar da perigosa missão que teve como resultado a retomada de dois importantes símbolos da era heroica.

Foi uma luta difícil, de onde escaparam por pouco.

Ainda assim a maior preocupação do Capitão era com sua namorada, indo conferir novamente os últimos diagnósticos que os computadores da base tinham feito.

- Já falei que tô bem seu bobo...

- E eu quero ter certeza.

- Você sim tá bem machucado... Parece ter apanhado de um Hulk...

- Isso sim não foi nada... Você precisava ver o outro cara...

- Supersrkull não é?

- Vocês precisavam ter visto o velho dando um cacete no supersapão... – Agora o Crânio resolvia entrar na conversa, tendo estado em silêncio ao lado do Aranha, apenas vendo e sentindo inveja do relacionamento dos outros companheiros de equipe. – O tal Namor foi show!

- Como ele era? Só conheço pelos arquivos que o Visão nos passou...

- Ah! O Cara foi fod...

Enquanto o Crânio roubava as atenções, o Capitão se afastava, sem tirar os olhos de sua namorada, aproveitando para sentir novamente o peso do escudo que recuperara “Nem acredito nisso... É como se tivesse ficado todo esse tempo me esperando...” os pensamentos dele foram interrompidos quando o Visão entrou na enfermaria.

- Olá a todos... Uuunnnfff.

Antes que qualquer um dos presentes pudesse sequer pensar, o Capitão já usara seu escudo para manter o Visão contra uma parede.

- Escute aqui seu Trincha... Quero saber agora quais são seus planos... Por causa deles a Belle se feriu e...

- Primeiro... – Enquanto falava, o sintozóide usava seus poderes para atravessar a parede atrás de si e voltar voando a alguns metros acima do chão. –Eu só deixei que você extravasasse sua raiva por que eu quis... Se não fosse assim você jamais teria me tocado... Agora que deixamos isso claro... Podemos conversar civilizadamente?

O Capitão baixou o escudo dando de ombros, em seguida o encaixou nas costas e foi se postar ao lado da cama de sua namorada, mantendo os braços cruzados e a expressão severa no rosto.

- Muito bem... Como eu já disse a Fóton e ao Aranha, por mais estranhas que pareçam minhas ações acreditem que tudo que tenho feito é para que possamos derrotar os Skrulls e com um pouco de sorte, libertar nosso planeta.

O silêncio do restante da equipe foi resposta suficiente, deixando claro que ele deveria ir direto ao ponto.

- Certo... Podem entrar... - Seguindo as palavras do sintozóide, um homem, usando roupas especiais entrou na enfermaria. - O Duende Verde vocês já conhecem... Antony Osborn é o atual dono da Oscorp...

- A empresa do cara que vendeu a humanidade para os sapões...

- Por favor Crânio... Já deixei claro que o senhor Osborn está do nosso lado e...

- Pode deixar que eu posso falar por mim... - O Duende retirou seu elmo, mostrando a conhecida face do humano tido como um dos mais bem sucedidos da atualidade, um título que ele abominava. - Não suporto mais receber ofensas por causa do erro de meu antepassado... Por isso eu fiz de tudo para entrar em contato com algum grupo de rebeldes, ajudando a criar um Aranha que pudesse pensar por si mesmo e vencer a programação dos demais... Parece que deu certo afinal...

Todos olharam para Miguel e voltaram a ficar em silêncio.

- Bem... A oferta de aliança do senhor Osborn foi apenas o mais recente golpe de sorte, para que eu pudesse implementar meus planos e finalmente colocá-los em ação. Mas vocês precisam, antes de tudo, conhecer a primeira pessoal que eu contatei... Pode entrar... Doutora Estranha.

Uma mulher entrou na enfermaria, ela usava uma calça de cintura baixa e uma blusa que deixava sua barriga à mostra, onde exibia um piercing em seu umbigo. As roupas tinham uma coloração acinzentada, quase preta e ao redor de suas mãos pendiam faixas avermelhadas.

Ela mexeu de leve nos longos cabelos ruivos, ajeitando a mecha rosa que insistia em cobrir seus olhos verdes e aquele simples movimento fez com que tanto o Crânio quando o Aranha ficassem como que hipnotizados, sendo necessário que o Capitão colocasse a mão em seus queixos, fazendo-os fechar as bocas.

- Bem... Imagino que realmente é esse o efeito que ela costuma provocar nos humanos... Mas existe um outro motivo que a trouxe até nós, uma vez que, quando eu fiz o convite inicial para forjarmos uma aliança ela foi enfática em me negar.

- E hoje você sabe o motivo não é? - A voz dela realmente soava como algo que pudesse ser confundido com a música dos anjos e todos os presentes voltaram a acreditar em magia. - Finalmente eu os encontrei... E somado à descoberta de seus agentes, finalmente poderemos fazer frente aos alienígenas.

- Espere um pouco... - Como ainda estava preocupado com sua namorada e também pelo amor que sentia por ela, não sendo tão afetado pela presença da maga, o Capitão foi o único homem presente que conseguiu falar. - Afinal de contas... Qual é essa coisa que vocês acharam e por que é tão importante?

- Simples Capitão... Finalmente traremos um deus de volta a 2099.

Nova pausa na conversa. Era possível sentir a tensão enquanto os presentes digeriam aquela frase.

- Espera aí Visão... Repete prá eu entender...

- Assim como todos vocês evocam nomes do passado, de grandes heróis e, em alguns casos de vilões, graças aos esforços da Doutora Estranha, poderemos reviver um dos maiores guerreiros de todos os tempos...

- Você não pode estar falando de...

- Exatamente... Estou falando do deus nórdico do Trovão. Estou falando de Thor.

- E como faremos isso? Onde ele está?

- Para explicar isso eu vou chamar nossa última aliada... Ou aliado, eu sempre me confundo...

Agora era uma morena que entrava, com roupas semitransparentes, deixando à mostra suas curvas insinuantes, uma faixa presa pouco acima de seus misteriosos olhos vermelhos e na mão direita uma lança dourada. Ela tinha o andar cheio de arrogância da nobreza.

- Conheçam... Loki, meio-irmão de Thor.

- Opa! Peraí cacete!!! - Era o Crânio Vermelho quem falava, ao sentir o demônio dentro de si se agitar por causa da mulher. - Aí vocês estão forçando demais! Eu também li sobre a era heroica e Loki é um homem!

- Não imagina, mortal, como eu gostaria que vossas palavras refletissem a realidade hoje em dia...

- Heim?

- Ela disse que gostaria de ser mesmo homem... - Novamente o Capitão parecia imune a todas aquelas revelações. - Você tem explicação até para isso Visão?

- Eu...

- Não percamos tempo com histórias sem importância mortais... O que interessa é única e apenas a missão que temos pela frente... Algo que pode realmente mudar o pêndulo da situação mundial a nosso favor.

- Realmente... Podemos deixar as histórias para depois... Assim que Fóton e o Aranha estiverem cem por cento recuperados iremos planejar nosso próximo movimento. Agora se o Capitão e o Crânio puderem me acompanhar, eu gostaria de saber com detalhes sobre esse tal SuperSkrull...

No dia seguinte, todos se encontravam na sala de reuniões, Fóton e o Aranha já não apresentavam nenhum ferimento, o que não evitou que o Capitão permanecesse ao lado de sua namorada, sua preocupação surpreendia até mesmo a ele, mas o mesmo garantia que isso não iria atrapalhar a missão de forma alguma.

O Visão acionou um aparelho no tampo da mesa e um holograma surgiu, mostrando os detalhes do que ele explicou serem de uma penitenciária Skrull, onde normalmente eram mantidos prisioneiros políticos e cuja segurança era mínima.

- E vocês acreditam que eles manteriam o Thor num lugar assim?

- Na verdade ele não é bem meu irmão... Ainda... - Loki tomava a palavra. - Thor se encontra adormecido no corpo de um mortal... O irmão dessa cujo corpo eu estou a habitar... Por isso precisamos tirá-lo de lá e fazer com que ele toque o artefato que vocês recuperaram...

- Vendo essas plantas, mesmo sendo com uma segurança média, ainda assim parece ser mais do que podemos aguentar... O que faremos quanto a isso Visão?

- Na verdade é até simples Capitão. Fóton irá derrubar a parede norte, Você, o Crânio, o Aranha e nossas novas aliadas irão atrair a guarda e mantê-la ocupada até que eu e o Duende consigamos invadir a sala de controle, descobrir onde está o jovem em questão e lhe entregar o que tem aqui dentro.

Como se estivesse em uma sala de aula e terminasse a explicação de algo até evidente, o Visão se permitiu um pequeno sorriso, enquanto dava pequenos tapinhas na tampa da caixa que estava ao seu lado.

No dia seguinte o plano foi colocado em ação.

Tudo seguiu como deveria, a explosão provocada por Fóton foi mais que suficiente para atrair toda a guarda do local, que foi até facilmente enfrentada pelos rebeldes. A garota mesmo cuidou praticamente sozinha da primeira onda de alienígenas que os atingiu.

Usando seus poderes, somados ao seu escudo, o Capitão América conseguia proteger seus colegas, ao mesmo tempo em que ele derrubava vários oponentes.

O Crânio Vermelho exultava, enquanto se sentia verdadeiramente livre, matando o máximo de Skrulls que podia, das formas mais violentas possíveis, desmembrando, perfurando e envenenando. Naquele momento ele nem se importava com o que seus colegas pudessem pensar a seu respeito e ele se entregava à carnificina com um prazer quase obsceno.

O Homem-Aranha, por sua vez, tentava se concentrar nas armas, destruindo-as com as garras das pontas de seus dedos, ou usando sua teia para pegá-las e destruir as mesmas. Muitas vezes ele enrolava os Skrulls em verdadeiros casulos, deixando-os à mercê de seus colegas.

A Doutora Estranha fazia gestos e recitava encantos em línguas já mortas, fazendo com que aqueles que ousavam atacar a maga suprema ou desaparecessem ou fossem consumidos pelo fogo místico do Vishanti.

Mas tudo isso ela fazia sem tirar um olho de sua outra “aliada”.

Loki parecia alheia a vigília da mística, que ela mesma procurara para pedir ajuda, o que deixava o deus das trapaças ainda mais raivoso “maldito seja Odin, por me rebaixar tanto... Mil mortes agonizantes seriam pouco para ti...” ele pensava enquanto fazia o corpo da mulher em que ele habitava cortar em dois, todos aqueles que ousavam lhe atacar.

- Eles não param de chegar Capitão!!

- Eu percebi Fóton! Precisamos levar a luta para fora!!

- Entendido! Saída de emergência à esquerda!!

No mesmo instante uma das paredes do local onde a luta se desenrolava explodiu, dando passagem para o grupo de rebeldes, que tentou se afastar o máximo possível da prisão, sendo seguidos de perto por um imenso contingente de Skrulls.

- Atrás do escudo!! - O Capitão erguia uma verdadeira muralha entre seus colegas e os tiros que vinham atrás de todos. - Agora!!

Ao ouvir o comando os rebeldes se voltaram para os alienígenas, reiniciando a batalha.

- Espero que o Visão aumente nosso salário depois dessa Aranha!

- Mas nós não recebemos nada...

- Me lembra de te ensinar a ter humor... Se a gente sobreviver!!!

- Menos papo! Mais porrada!! - O Capitão se colocou diante do colega de armadura vermelha, protegendo-o de um disparo laser.

- Sim “Main Kapitan”! - O Crânio fez uma rápida saudação militar e voltou a sua atenção para mais um grupo de inimigos que se aproximava.

Quase ninguém deu atenção ao fato de que o céu do lado de fora da prisão começava a escurecer, pelo menos até que o primeiro trovão ressoou mais alto que os sons da batalha, sendo seguido imediatamente por uma chuva torrencial.

Um raio partiu dos céus, indo na direção da prisão e, ao atingi-la, destruiu toda uma área da mesma.

Era a área onde os rebeldes achavam que estava o jovem que servia de receptáculo para Thor.

Mais alguns instantes se passaram, com todos os combatentes olhando atordoados para o que restava da construção, até que os Skrulls voltassem suas atenções, e também as armas, contra o pequeno grupo de rebeldes.

- Pois digo-vos que não!!! - Uma voz cheia de imponência se fez ouvida, acima do som da tempestade, como se essa se aquietasse diante de seu senhor, o que não estava longe da verdade, todos os presentes, então, se voltaram para os céus. - No dia de hoje não será sangue humano a ser derramado! Assim jura... Thor Odinson!!

Continua.

Epílogo:

- Senhor... Informações sobre a invasão em uma das nossas prisões...

- A de Nova Skrullian? - O imperador Dorreck se remexia impaciente em seu trono, antevendo o gosto da vingança. - Seriam os tais terroristas? Os mesmos responsáveis pelo atentado a minha torre?

- Acreditamos que sim majestade e... - O conselheiro levou uma das mãos ao seu comunicador auricular. - Um minuto... Sim... Certo... Irei avisá-lo... Majestade... Nossos satélites perceberam uma série de atividades atmosféricas incomuns sobre a região... É como se uma imensa tempestade estivesse para cair, mas nenhum dos nossos meteorologistas haviam previsto algo assim e...

- Hum... Abra um canal de comunicação com os demais líderes do mundo... Já! - Assim que várias telas holográficas surgiram diante do Imperador Skrull, com os rostos de todos os demais alienígenas que dominavam a Terra, Dorreck explicou a situação, terminando com um último pedido, que soou como uma ordem na verdade. - Preciso imediatamente dos Vingadores.

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