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Esquadrão M #7



O Esquadrão M vai para o Rio de Janeiro! Mas nada de praia e sol para nossos heróis. Em uma festa indiana o ataque de estranhos inimigos revela que um dos membros do grupo está em perigo.



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Universo Nova Frequência
Anderson “Aracnos” Oliveira
Versão definitiva.

Episódio 7. O rapto do Garoto de ouro - parte 1.


É uma noite de gala no Copacabana Palace Hotel, pois o Embaixador da Índia quis celebrar o aniversário de sua filha. A festa é um acontecimento de importância mundial, já que muitos países estão apreensivos com os trabalhos da Índia com energia nuclear. O excêntrico Embaixador pode ser alvo de terroristas iranianos interessados em trocá-lo por material bélico. Toda a segurança do Hotel e mais reforços internacionais estão de prontidão. Mas algumas fontes creem que só isso não será suficiente.
— Eu queria que minha mãe me visse agora! — exclama Simon Smith, entrando no rol do Hotel, de smoking preto, de braços dados com as beldades Ângela Oliveira e Sandy Alves.
— Deixa de ser engraçadinho, Simon! — diz Sandy, vestida com um vestido tomara-que-caia branco e com luvas que cobrem totalmente seus antebraços. — Bom... entramos, e agora?
— Agora temos que ficar atentos a qualquer movimento suspeito. — diz Ângela, com um exuberante vestido vermelho frente única. Delicadamente ela leva a mão direita ao ouvido, revelando haver um ponto eletrônico nele: — E aí, Paulo? Como estão as coisas aí fora?
No outro lado da Avenida Atlântica, uma van de comida permanece estacionada:
— Aqui fora tá frio, essa maresia tá me fazendo mal e eu quero ir ao banheiro! — responde Paulo dos Anjos, ao microfone, enquanto opera um computador portátil dentro da van. — E como se não bastasse, a Mônica tá comendo o último pacote de salgadinho!
— Que foi? Eu tô com fome, ué! — responde Mônica Muniz, sentada no banco do carona com os pés no painel da van.
— Desse jeito vai ficar enorme! — diz Paulo.
— Quê?! Tá me chamando de gorda?! — Mônica levanta e pega o microfone de Paulo: — Ângela... cê acha que eu tô gorda?!
— Olha, Mônica... Esqueça isso e vamos voltar à missão! — responde Ângela do hotel.
— Acontece que quando eu me transformo eu queimo muitas calorias... literalmente... Por isso eu preciso--
— Tá, tá, tá... — Paulo toma o microfone de Mônica. — Falando sério agora, aqui fora tá tudo normal. E aí? Já encontraram o Igor?
— Ainda não, tem certeza de que ele estaria aqui? — responde Simon.
— Espera... olha ele lá! — diz Sandy indicando um grupo de militares, entre eles, de farda de gala da marinha, Igor Moreira. — Eu vou até lá. — Sandy cruza meio salão até se aproximar de Igor. — E então, marinheiro, se esqueceu dos amigos?
— Sandy?! Só um momento... — Igor se despede dos militares e acompanha Sandy até onde esperam Simon e Ângela. — Não pude encontrar vocês antes. Tenho pistas sobre sua irmã. — Sandy se anima com a informação, mas continua em silêncio. — Depois te conto com detalhes, precisamos falar com o Simon.
— Tudo bem, sabe de alguma coisa? — diz Simon.
— Ouvi dizer que o alvo pode não ser o Embaixador. Os militares acham que os terroristas querem outra pessoa que está na festa. — Responde Igor em voz baixa.
— Outra pessoa? — diz Ângela.
— Quem poderia ser? — pergunta Sandy.
— Talvez a filha dele, afinal, é o aniversário dela. — diz Simon. Nisso, no palco, onde um grupo folclórico indiano tocava, o mestre de cerimônias pede a atenção de todos. — Falando nisso, lá estão eles.
O Embaixador sobe ao palco, vestindo trajes cerimoniais de seu país, trazendo pela mão sua filha, também vestida com roupas indianas. Ele diz algumas palavras enquanto os convidados se aproximam do palco, incluindo Simon e os outros. Do lado de fora, na van, Paulo escuta o que pode pelo comunicador enquanto Mônica come o último farelo do seu salgadinho.
— Humm. Acabou. E eu ainda tô com fome.
— O dia que você não tiver fome eu irei ganhar na loteria. Duas vezes.
— Mas que coisa! Essa é uma van de comida que não tem mais comida!
— Você comeu tudo! Agora fica quieta. Preciso ouvir o que rola lá dentro.
— Uma van de comida. Isso não é certo. Precisamos de um veículo melhor. Os X-Men têm um avião! A Liga da Justiça tem um satélite! O Batman tem um carrão maneiro... Até o Homem-Aranha já teve um bugue!
— Hahaha... o bugue do Aranha... — Paulo abre um largo é nérdico sorriso. — Ei, agora faça silêncio, ok? — Mônica levanta a sobrancelha em ar de revolta, mas prefere não dizer nada. Depois de alguns momentos em silêncio a menina olha de relance pela janela e avista algo:
— Ei choquinho, olha aquilo lá!
— Espera Mônica, tô tentando ouvir alguma--
— Olha aquilo lá, caramba!
— Que é?! — Paulo chega até a janela. — Caraca! — ele vê um grupo de dez pessoas vestidas de preto dos pés à cabeça descendo pelas paredes do hotel. Rapidamente Paulo avisa os amigos: — Simon! Ângela!! Os caras chegaram! — dentro do hotel, o grupo que escuta o chamado de Paulo se afasta da multidão com olhares apreensivos.
— O que está havendo aí, Paulo? — pergunta Simon.
— Ou fazer rapel em prédios em noite de festa é a nova moda, ou teremos confusão aí. — responde Paulo — Eles desceram até o andar do salão de festas. Peraí, os seguranças que estão do lado de fora chegaram atirando... mas os caras jogaram alguma coisa neles... perece... shurikens!! Os guardas caíram! Eles.. eles vão entrar! Preparem-se!
— Ok... — diz Simon. — Pessoal... agora que a festa vai começar!
Nesse instante, as janelas do rol são estraçalhadas e as pessoas de preto entram no salão. A multidão grita e corre assustada enquanto seguranças se aproximam e tiram o Embaixador e sua filha do lugar. Outros seguranças atacam os invasores, mas estes caem da mesma forma que os do lado de fora caíram. Enquanto as pessoas tentam sair da festa, Simon e os outros permanecem parados, atentos aos acontecimentos.
Esquadrão M!! É hora de agir!! — diz Simon que avança contra os invasores colocando no rosto seu Display Cronal, enquanto Igor tira sua farda, Sandy se dissolve em areia e Ângela levanta voo, fazendo surgir de suas costas grandes asas de metal.
Antes que os invasores pudessem reagir, Simon e Igor golpeiam com socos dois deles. Uma massa de areia se move até os pés de outros dois, então a areia se condensa na forma de Sandy, mas ainda com aspecto arenoso. A mulher põe suas mãos sobre as cabeças dos inimigos e faz com que elas se dissolvam cobrindo toda a cabeça e logo se solidificando na forma de barro, impedindo os dois de respirar.
Enquanto isso, outros quatro atiram shurikens contra Ângela em voo. Ela se protege fechando as asas formando um escudo, em seguida ela desce ao chão, jogando suas asas de lâminas afiadas contra os invasores. Ao mesmo tempo, Igor derruba um inimigo, mas outros dois o cercam, ele então os segura pelo pescoço dizendo:
— O corpo humano é 70% água, não? — nesse instante os invasores começam a sentir seus corpos ferverem. Por baixo das máscaras sentem sangue sair pelos seus narizes. Então Igor os solta. — Isso deve doer!
Ângela, Sandy e Igor derrubam seus adversários, restando apenas dois para Simon. Ele luta contra um enquanto outro lhe lança uma shuriken. Percebendo isso, Simon paralisa o tempo, fazendo tudo congelar ao seu redor. Assim ele sai da rota da shuriken e faz o tempo voltar ao normal. A arma atinge o homem com o qual lutava, para o espanto daquele que jogou o objeto.
— Aí... — diz Simon atrás do último invasor de pé, para sua máxima surpresa, pois Simon, um segundo atrás, estava bem a sua frente. — Pra quem você trabalha?! — Simon o puxa pela camisa enquanto todos do Esquadrão se aproximam.
— Tira a máscara dele! — diz Sandy que logo puxa a máscara do homem. — Credo! Que coisa feia! — ela exclama ao ver o rosto do homem, que é azul e em carne viva, sem pálpebras ou lábios.
— Vocês não são os únicos que têm truques! — diz o invasor com uma voz esganiçada. Imediatamente os outros que jaziam no chão se levantam e tiram suas máscaras revelando serem todos iguais. — somos Necrobióticos a serviço do grande Mestre K!
Todos os nove necrobióticos que levantaram cercam o grupo, enquanto Simon ainda segura o décimo deles. Assustados, Igor e as moças se veem sem saída frente aos inimigos zumbis. Então um deles tira do bolso um objeto esférico com luzes vermelhas piscantes que emite um som de relógio. Nisso, Simon diz ao comunicador:
— Paulo... Precisamos de ajuda!

A explosão chega a abalar a estrutura do prédio do Hotel. As janelas do salão estouram e a fumaça e o fogo sobem pelo resto do edifício. Paulo e Mônica observam tudo com medo nos olhos. Pois afinal seus amigos mal teriam tempo para escapar. Acontece que, às vezes, eles esquecem as capacidades de Simon Smith:
— Essa foi por muito pouco! — diz Simon, ao lado da van, com Sandy e Igor ao seu lado e Ângela no teto do veículo. Simon conseguiu parar o tempo antes que a bomba explodisse, tirando seus amigos de lá, assim como os seguranças que estavam desmaiados. Porém o esforço de transportar outras pessoas o deixou exausto.
— E os caras?! — pergunta Paulo saindo da van, seguido por Mônica.
— Ficaram lá. Com certeza explodiram na própria bomba. — responde Igor.
— Eu vou tentar controlar o fogo, ainda há pessoas do hotel! — diz Mônica tirando sua jaqueta e correndo até o hotel. Chegando lá, seus olhos verdes se tornam vermelhos e chamas de fogo começam a sair deles. Seu cabelo ruivo se torna puro fogo. De suas mãos, pés e outras partes naturalmente mais quentes surgem chamas. Mônica começa a flutuar no ar. Ela exerce poder sobre o fogo que consome o hotel e o faz diminuir, mas o esforço é enorme. — Ai... Alguém... pode... me... ajudar?!
— Espere! — diz Igor correndo até a praia. Lá ele estende os braços e uma grande massa de água sai do mar, formando uma bolha. Ele conduz a bolha até o hotel e a faz cair sobre o foco do incêndio. Em pouco tempo o fogo diminui. Mônica desce ao chão e faz as últimas chamas sumirem.
— Bom... acho que a missão acabou, não? — diz Ângela descendo do teto da van.
— Também acho. O Embaixador e sua filha devem estar a salvo... — dizia Simon quando viu em sua frente algo que o fez perder a fala. Em meio a fumaça, os necrobióticos, com suas roupas queimadas, andam em direção ao meio da Avenida. — Essa não!
Mônica, que estava mais próxima aos inimigos, levanta voo e recua. Ângela faz surgir suas asas e também levanta voo. Igor se põe em posição de luta. Sandy converte seus braços e pernas em areia. Paulo faz raios elétricos saírem de seus olhos e mãos. E por fim, Simon, muito cansado, respira fundo e diz:
— Alguém tem alguma ideia?
— Nos filmes de zumbis... eles só morrem quando se corta a cabeça fora... — diz Paulo.
— Vale tentar! — diz Igor.
— Certo... Então... É hora de lutar! — diz Simon, assim, o grupo se divide e ataca os zumbis.
— Ei! Que tal usarmos nossos codinomes agora?! — diz Paulo enquanto solta raios contra um zumbi.
— É! Acho que é o momento apropriado! — diz Mônica soltando uma bola de fogo contra um dos inimigos.
— Acabamos de sair do incêndio, acha que esse fogo irá nos machucar, menina? — diz o zumbi.
— Pra você, meu nome é Flamy, seu... seu... presunto! — responde Mônica, a Flamy, voando mais alto enquanto dispara mais bolas de fogo. Porém o fogo não surte efeito contra o zumbi. — Saco!! E se eu aumentar a potência? — se esforçando mais, ela cria uma labareda muito intensa e concentrada que atinge a cabeça do zumbi. Após alguns instantes, sua cabeça se torna puro carvão e se dissolve em pó. Flamy, cansada, desce até a rua.
— E você, — diz Paulo. — pode de chamar de Máximo! — Enquanto o zumbi avança, Máximo catalisa um novo raio elétrico o atingindo nos olhos. Aumentando a força, ele consegue queimar a cabeça do zumbi até que só reste seu corpo inerte.
— Nem pra ser criativo! — diz Flamy se aproximando. — Usou o mesmo golpe que eu!
— Ah, não enche! — responde Máximo.
Sandy atrai dois zumbis para a areia da praia. Lá, ela se mistura com toda a extensão da praia. Perdidos, os zumbis não sabem por onde a mulher vai surgir. Então ela faz uma enorme mão capturar os dois que ficam presos. De frente pra eles, ela surge na forma humana, tendo apenas seu braço em forma de areia que desce até o chão:
— Meu nome é Sandy mesmo. Não gosto de nicks! — com força, ela pressiona os zumbis com sua areia. Eles gritam. Sandy pode sentir seus ossos sendo quebrados, inclusive o pescoço. Os gritos cessam e Sandy os solta. Os zumbis caem inconscientes no chão. — Menos dois!
No céu, Ângela voa enquanto vê Simon e Igor lutando juntos contra seis zumbis. Então ela faz um rasante e captura dois deles com as mãos, os jogando contra o calçadão em seguida. Eles se levantam rapidamente, mas Ângela os atravessa voando, os cortando em dois com suas asas afiadas. Os zumbis ficam rastejando com a parte de cima do corpo.
— Que coisa nojenta! — diz ela pousando e recolhendo as asas. Calmamente ela anda até eles. — Se quiserem saber... Eu sou a Harpia. — da palma de cada mão emerge uma lâmina de metal. Num único golpe, Harpia degola os dois zumbis. — Argh! Nojo...
Simon e Igor ainda lutavam no corpo a corpo contra dois zumbis cada, porém Igor decide conduzir seus adversários até a praia, chegando cada vez mais perto do mar:
— Agora vocês saberão por que me chamam de Maritimus! — concentrando-se sem se esquecer da luta, Maritimus faz que as águas do mar se condensem formando uma grande onda que se eleva até a altura de três metros. Os zumbis se assustam com a visão, mas antes de reagirem a onda cai sobre eles os acertando em cheio. Como se não bastasse, a água sobre seus corpos começa a congelar até que os dois estão totalmente paralisados. — Vamos ver se levantam depois dessa! — por fim, Maritimus esmaga suas cabeças congeladas pisando sobre elas.
Resta apenas Simon em combate. O esforço realizado a pouco o impede de usar novamente seus poderes que, sabemos, é controlar o tempo. Por isso ele é chamado de:
Temporal! — diz um zumbi.
— Como me conhece? — responde Temporal enquanto se defende dos socos.
— Como não interessa...
— Então... Quem mandou vocês sequestrarem o Embaixador?
— Embaixador?! — responde com ironia o zumbi. — Ainda não entendeu, Temporal... Nosso mestre não procura nenhum Embaixador... Ele quer você! — nesse momento, os zumbis param de atacar e Temporal também fica parado. Os demais membros do Esquadrão se aproximam para ajudá-lo, porém um estranho vento passa por todos eles fazendo levantar poeira e lixo obrigando-os a fecharem os olhos. Quando novamente os abrem, têm uma terrível surpresa:
— Onde está Simon? — diz Sandy, que expressa toda a dúvida do grupo.


Continua...



EXTRAS: MICRO-HERÓIS


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