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Ultimate UNF: Titãs #2



A Iniciação - Parte 2

Mergulhe de cabeça em vislumbres do passado de Rachel Roth e tente desvendar os mistérios que ela guarda dentro de sua alma!
Um estranho tiroteio em uma boate é o palco para a Tropa Titã entrar em ação!!

Titãs #2
Iniciação - Parte 2

Por Black Raven

*****T*****

Sexta- Feira, 15/05

Em algum lugar, no Deserto Mojave
– Base da Agencia Titã (Tropa de Interceptação Tática Avançada)

A base.
Um local tão frio quanto suas paredes metálicas o sugerem.
Homens vem e vão de um lado pro outro, todos muito ocupados, sem tempo ao menos de cumprimentar-se uns aos outros. Alguns deles armados. Alguns, mal-humorados o suficiente para que os outros nem cheguem perto deles. Com exceção de um.

- ...e então eu virei e falei pra gatinha: “ ei, cê ta pisando no meu pé, pô!”
-Ah, ah, ah...!
- Pára, Harper!Ah, ah... A gente não agüenta mais tuas histórias!
- Eh, caras, não são histórias. É tudo sério mesmo!
- Há, há,.. hã...glup! er...

Se gabando muito, o jovem Harper não repara na figura de rosto semi-reluzente se aproximando por detrás dele. Cada passo soa como trovões seguidos pelo tilintar do que seria o próximo trovão que se anuncia. Os amigos de Harper com o qual compartilha suas histórias de baladas inesperadamente se calam.

- Er... bom dia sr. Stone!
- Bom dia, soldados. Harper! A chefia... digo, o General Eiling tá te esperando para reportar sobre o Espécime 34.
- Que Espécime 34?
- Anda logo, Harper! Não faça eu ter que refrescar tua memória!
- Calma latinha! Eu tô brincando!
- Um dia eu arranco esse teu risinho besta da tua cara, Harper...

*****T*****

Sala do General Eiling

- Bom dia, General Eiling!
- Sente-se, Agente Harper. Muito bem, o que temos sobre o Espécime 34?
- General, eu investiguei o indivíduo, mas, sinceramente, não vi nada de errado com ele. Se tem algum tipo de poder extranormal, não o manifestou na minha presença.
- Fique de olho, Harper. Sabemos que não somos nós apenas que estamos de olho no Espécime 34, e temos motivo para desconfiar que trata-se de um indivíduo especial.
- Tem o metagene, senhor?
- Acreditamos que não, seus dons não são devido a diferenças genéticas. Provavelmente, seus dons são mais... profundos.
- Putz, e sobrou pra mim.
- Está realizando um bom trabalho, Harper. Mantenha seus olhos abertos, filho. Se notar algo estranho, sinta-se a vontade para chamar auxílio.
- Sim, senhor, general.

*****T*****
Sábado, 23/05

Rachel está a horas em uma van. Parece drogada, não consegue mais pensar direito. Sua visão tona-se turva novamente e ela se lembra do rosto de sua mãe. “Será que um dia eu fui feliz?”. Ela fecha os olhos, e pensa. “ O que é felicidade?” Ela volta a se lembrar do dia em que tudo em sua vida mudou, onde, a muito tempo atrás, a menina reprimida ficou feliz.
Ninguém sabe o que realmente aconteceu naquela cidadezinha do interior. A menina vagou sozinha até sua casa, mas não tinha mais ninguém lá. Não tinha ninguém na cidade toda. Uma população inteira sumiu. Na época, o caso foi abafado. Não queriam turistas, nem ufólogos malucos tentando descobrir qual raça alienígena abduziu uma cidade toda.
Ela passou 2 anos em um orfanato, até ser adotada pelos Hudson. Eles eram uma família normal, com boa situação financeira,e tinha também 1 irmão mais velho. Ela nunca mais quis saber de parque de diversão. Se tornou uma menina mais tímida, e parecia ter medo de tudo. Não olhava diretamente nos olhos das pessoas. Seus pesadelos haviam cessado, mas o medo de tê-los de novo era grande demais. Ela decidiu se isolar do mundo.
Quando completou 15 anos, sua mãe adotiva lhe deu mais liberdade. Começou a fazer curso de línguas estrangeiras. Sua nova mãe tentou incentivá-la a sair, tomar sol, passear e conhecer pessoas. Foi quando conheceu suas amigas, Trish e Cassie. As duas meninas viviam zombando de Rachel, devido às suas roupas, sempre pretas e longas.

- Parece uma velha, Rachel!
-Para de rir de mim! Suas chatas!
-Vem com a gente Rachel! Vamos dar um trato nesse visual!
As meninas sempre pintavam o rosto de Rachel, que preferia tons escuros.
- Hoje a gente vai pra balada, meninas! O Josh vai passar de carro mais tarde pra pegar a gente.
- N.. não... eu não posso...
- Porque Rachel? Não quer se divertir um pouco?
-Minha mãe não deixa...
-Acorda menina! Não vê que está perdendo tempo? Você precisa viver!

Sim, realmente, Rachel se divertiu pra valer naquela noite. Dançou um pouco, tentou se soltar, e suas amigas a deixaram bem a vontade. A menina introvertida, lentamente começou a apreciar a vida. Todo final de semana tinha balada, e Rachel, cada vez mais alegre.
Numa dessas baladas, ela conheceu o Roy. Um rapaz ruivo, sorridente e galanteador. Ele a ensinou alguns passos de dança, e ela gostou muito do rapaz. Ela só lamenta por ele não aparecer toda semana na boate Neo Wave, que ela freqüenta com suas amigas. Às vezes aparece, as vezes, não. Na semana anterior, Roy não apareceu. Ele era misterioso, e isso a agradava.
Tudo isso nos leva à noite de hoje, sexta-feira. Rachel estava dançando com um garoto. Não lembra do nome. Ela estava gostando, mas ela achou que o rapaz estava ficando um pouco saliente pra cima dela.

- O que é isso, gatinha??? Não ta gostando, não?
- Sai...me larga, seu..nojento!
- Calma, calma! Não precisa se debater, não queremos chamar a atenção das pessoas, certo?
Subitamente Rachel grita. Num movimento rápido, o homem torce o braço de Rachel e lança um tapa em sua face, nitidamente mostrando um sorriso no rosto de satisfação, dando a entender a ela quem é que manda ali.
- Escuta aqui, sua piranha. Ninguém diz não ao velho Charlie aqui, compreendeu?

Ele tentou arrastá-la pra longe da vista das amigas, e quando dobrou o corredor dos toaletes, começou a agarrá-la. Ela lembra de sentir algo estranho, uma energia querendo saltar pra fora. Seu suor começou a ficar gelado, e lembra de sentir seus pêlos ouriçarem. Ela começou a chorar, e suas lágrimas se tornaram luz.

-Droga..parece que já senti isso...de novo não... nunca mais quero que isso se repita... tenho de manter a cabeça fria...calma...

Ela sabia o que estava acontecendo, e não queria aquilo de novo. Não queria sofrer de novo. Tentou se controlar. De repente, ela viu os olhos. Não os 4 olhos fumegantes, zombando dela, mas sim, o do engraçadinho que estava tentando pegá-la à força. Ele foi atingido por uma caneta. Atirada bem no olho. -“Não foi pra machucar. Foi só um aviso. Tira as mãos das garotas protegidas pelo Harper”. Era ele. Roy, o garoto das outras noites.
Seus olhos pararam de emanar a luz, seu corpo voltou a ficar quente, seus pêlos se inquietaram novamente. “Será que ele notou?”

- Oh.. obrigada, Roy! Não precisava machucar o menino. “Será que ele notou algo?”
- Calma, gata! Se quiser, eu mesmo remendo o infeliz. Não que ele mereça, é claro.
- Oh, Deus, obrigado por estar aqui. Como posso te agradecer?
- Pelamordedeus, não pergunta isso, gata, pois já estou pensando numas 5 ou 6 maneiras de cê me retribuir o favor.

Roy pode não ter notado nada, mas parece que mais alguém estava vigiando Rachel. E eles notaram.
- Aquela energia... é ela. A Escolhida.
- Atenção, todos a seus postos. Equipes 2 e 3, preparem o transporte. Achamos o alvo.
- Entendido. Equipe 1, atacar!

A boate, escura como deve ser, se vê agora iluminada por tiros, que servem de caminho para 3 homens mascarados,que estão indo ao encontro de Rachel.
- Rachel, abaixa!
- Oque está acontecendo, Roy?
- Ainda não sei.

Uma saraivada de tiros começa a desfazer as paredes acima de Harper.
- Meu comunicador não funciona. Droga. Estes caras vieram preparados. Eles devem ter algum equipamento de bloqueio. São profissionais. E justo hoje que eu dispensei minha equipe de apoio.

- Vermelho 2, granada de gás!
- OK, comandante!
A multidão começa a se dispersar. Gritos, fumaça, todos começam a cair.
- Cassie! Trish! Cadê vocês???
- Se abaixa Rachel!
Harper salta em cima de um dos terroristas, mas o outro o derruba e atira a sangue frio em seu peito.
- Roy! Nããoo!
- Vermelho 1, peguei a garota!
- Excelente. Equipe 2. Equipe 3. Estamos saindo!
- Entendido, Vermelho 1!
- Vamos embora.
- Esperem. Um presentinho da Madre Negra.

O terrorista denominado Vermelho 1 lança uma granada pra dentro da boate.
- Os bombeiros terão muito trabalho esta noite.
- Há, há, há...
- Vamos sair daqui.
- Rooyy!!!
E pela primeira vez, Rachel deseja que suas lágrimas se tornem luz uma vez mais.
*****T*****

Continua...

ImagemDonna e Garth
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+ comentários + 2 comentários

23 de junho de 2010 às 14:07

Curti muito essa segunda parte...

A Ravena sempre foi a minha personagem favorita dos Titãs, e o modo como você a está construindo tá ficando muito legal! E curti muito o Roy também... Personalidade forte.

Parabéns, Raven!

18 de julho de 2010 às 22:43

Eita!!! Essa fic tem muita ação, rapaz... Creio que irá gostar do desfecho, e mais ainda do arco seguinte, que envolve a personagem Lince e tambem aparece um pouquinho o Exterminador.
Abraço!

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